Mano Menezes revela conversa sobre problema tático e usa Bale para defender Yuri e Rojas

O Corinthians amargou mais uma vez um empate, no Campeonato Brasileiro, agora diante do Atlético-MG, na Neo Química Arena. Essa não foi a primeira vez que o time conseguiu sair inicialmente com a vitória e acabou levando empates. Foi assim também contra Grêmio, Santos e Fluminense.

O empate em 1 a 1 deixa o Timão na mesma situação desconfortável que perdura há várias rodadas. Ainda em 14º lugar da tabela, o alvinegro terá pela frente partidas complicadas com adversários que estão brigando pelo título, e outros que vivem o mesmo “desespero” para sobreviver na Série A do Brasileirão.

A falta de consistência no desempenho do time entre os dois tempos mostra um problema tático do time que não consegue manter a mesma linha de intensidade. Em coletiva, Mano Menezes falou sobre essa dificuldade e revelou a conversa de vestiário com os atletas:

— A gente preparou o jogo, e iniciou como preparou. Colocou o adversário para trás, tomou a iniciativa e criou as oportunidades. Então assim, a gente precisa resolver esse problema tático, e esse foi o teor da minha conversa com os jogadores no vestiário. Ou a gente vai resolver ele com mais gás, ou a gente vai resolver ele taticamente. Porque o time não pode baixar o bloco inteiro, como a gente baixou e dá a bola para o adversário e não conseguir mais jogar, isso é muito perigoso.

Necessidade em jogar um jogo bem jogado 

A oscilação durante partidas não é novidade e vem acontecendo principalmente depois da chegada de Mano Menezes. O técnico conseguiu resolver alguns dos problemas da equipe, mas ainda assim o Corinthians tem deixado o adversário crescer dentro da partida e não volta a retomar o espaço.

— Jogos grandes são assim. Você tem o seu momento e depois o adversário também tem, não exatamente nessa ordem, mas se contrapõe em momentos um com o outro e geralmente faz o resultado quem aproveita esses momentos. A gente não conseguiu mais conectar uma saída de bola com qualidade, a gente apressou, a gente até recuperou a bola, mas duas ou três vezes vocês se puxar pela memória vão ver que nós metemos um passe muito longo, perdemos a bola, metemos o primeiro jogador que fez o movimento, que todo um adversário está perdendo quase.

Expectativa em cima de Yuri Alberto e Matias Rojas pelos valores dos atletas 

Yuri Alberto, apesar de ser o artilheiro do elenco no Campeonato Brasileiro, tem vivido momentos de dificuldades dentro do campo. Sem conseguir balançar a rede e até mesmo com dificuldades em domínios simples e erros em jogadas relativamente fáceis, e a torcida tem pegado bastante no pé do camisa 9 durante as partidas.

Mas as reclamações não são exclusivas apenas para Yuri, Matias Rojas também é alvo das reclamações. Desde que chegou, o paraguaio não atingiu a expectativa colocada em cima da sua contração.

Mano Menezes falou sobre isso, e usou um exemplo prático:

— Um dia o Real Madrid contratou o Bale por uma quantia exorbitante de libras. Lá o Zidane foi dar uma entrevista e disse que era uma aposta e todo mundo quase caiu da cadeira. Como um valor tão alto vai ser uma aposta? E ele explicou que o que determina o valor do jogador é o preço dele do mercado. Vários times querem, o preço sobe, vale mais, mas mesmo assim quando eles custam o caro, quando eles chegam no clube eles vão escrever a história deles naquele clube. É muito comum um jogador passar em dois lugares muito bem, e às vezes passa no terceiro e as coisas não andam bem. O treinador não trabalha com essas questões de valor. Não é isso determinante para um jogador jogar ou não jogar. Ele tem que fazer a função que ele recebe para fazer, e tem que fazer melhor do que os outros, porque se ele fizer melhor do que os outros vai jogar mais vezes.

Jogo com Grêmio

A próxima partida do Corinthians não é fácil. Em Porto Alegre, a equipe vai enfrentar o Grêmio que estará sob o embalo de uma virada absurda sobre o Botafogo, e lutando pela liderança do Campeonato, Mano deixou claro as dificuldades da partida com o vice-líder:

— A gente tem que continuar produzindo, tem que fazer isso em Porto Alegre, um jogo que vai ser muito duro. Você já deu uma olhadinha do que aconteceu com o Grêmio e o Botafogo? É o nosso próximo jogo. O que você acha que vai ser lá em Porto Alegre no domingo? Bem difícil. É a dureza em cima de dureza? Depois temos a parada Fifa, depois teremos o Bahia na nossa casa, depois Vasco, depois Internacional, depois Curitiba. Pensando a cada jogo em fazer o melhor e ir somando que é importante.