Brasileirão Série A
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Maluquice no Maracanã: Fluminense vira contra o Bahia com um a menos e mostra fibra

Foram muitos gols perdidos até que o Esquadrão abrisse o placar, mas o Flu buscou a vitória

O roteiro do jogo do Maracanã na noite deste sábado (24) estava bastante evidente. O Fluminense, para superar um momento de instabilidade, queria amassar o Bahia para mostrar que ainda está em plenas condições de lutar pelos títulos que disputa na temporada. Nos primeiros minutos, ficou claro que era isso que iria acontecer. Mas o placar de 2 a 1 para o Tricolor das Laranjeiras não necessariamente reflete o que foi o confronto, bastante movimentado.

Era uma jornada para redimir Danilo Fernandes, goleiro do Bahia que retorna após muito tempo lesionado. E no período que ficou em campo, o arqueiro justificou sua narrativa ao fazer defesas inacreditáveis, frustrando o ataque do Flu. Pouco antes do jogo, de frente para as câmeras, ele foi visto pedindo garra ao time, e dizendo que se tivesse de se quebrar para vencer, o faria. Infelizmente para ele, foi exatamente o que aconteceu. Após sete intervenções para manter o placar zerado, Danilo sentiu a coxa e precisou ser substituído por Klaus.

A toada do Fluminense era avassaladora. Muitos passes rápidos, chegadas à área em superioridade e tendência às finalizações. Foi por falta de pontaria que Lelê perdeu vários dos gols que lhe apareceram. Seis chutes no alvo não mudavam muito o cenário para os mandantes. De tanto chutar e nada acontecer, veio a punição: em contragolpe na velocidade, o Esquadrão puniu o Flu com a mesma moeda. Só que na hora de arrematar, contou com um oportunista Vinícius Mingotti para marcar e calar as arquibancadas.

O jogo ficou tenso para os locais, que sentiram o peso da desvantagem e da ineficiência ofensiva. Pior ainda quando, perto do intervalo, o capitão Nino foi expulso por uma entrada desleal em Mingotti. Um carrinho por trás que acertou a panturrilha do atleta do Bahia, e poderia ter causado uma lesão grave. O desfalque forçou Eduardo Barros a promover mudanças para a segunda etapa. Na cartola do assistente de Fernando Diniz estava um coelho. Ou melhor: dois.

Com pouco menos de três minutos da etapa complementar, Lelê afastou a zica e empatou. Dois minutos depois, Gabriel Pirani contou com assistência de Keno dentro da área para virar. Estava tudo normal para o Flu novamente. Incluindo mais um número relevante de gols perdidos. Ao todo, foram 17 finalizações e 10 no gol. Mantendo o pique, o time da casa viu Jhon Arias e Keno forçarem bastante em cima da zaga do Bahia.

Não é como se os baianos não tivessem tentado novamente marcar. Até os minutos derradeiros, uma grande pressão foi feita na saída, dificultando muito o Flu na hora do desafogo. E quando a bola passou da zaga, coube a Fábio, em noite iluminada, salvar. Apesar de não ter feito tantas defesas, o veterano apareceu quando foi exigido e barrou o ímpeto adversário.

O Fluminense precisa apenas caprichar um pouco mais na finalização se quiser se manter no topo. Em terceiro lugar, atrás de Botafogo e Flamengo, a equipe de Fernando Diniz voltou a jogar bem. Falta é alguma frieza para transformar essa superioridade em placares mais elásticos. Ao Bahia, 14º colocado, com tantas lesões e peças em recuperação, o resultado não foi ruim, quanto menos o desempenho. Defensivamente, Renato Paiva faz um bom trabalho nas últimas rodadas e será recompensado se mantiver a pegada do meio para a frente.

Foto de Felipe Portes

Felipe Portes

Felipe Portes é zagueiro ocasional, cruyffista irremediável e desenhista em Instagram.com/draw.portes
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