Lucas Veríssimo pode mudar Corinthians de patamar se estiver saudável
Lucas Veríssimo chega para suprir falta de zagueiros no Corinthians e pode mudar patamar do time
Lucas Veríssimo chega ao Corinthians como o zagueiro de renome que o clube não costuma contratar. Ele assinou por empréstimo até junho de 2024, foi anunciado na tarde desta quarta-feira (26) e é muito bem-vindo no clube. A expectativa é por um impacto imediato e muita versatilidade, desde que ele esteja saudável.
– É um novo início, uma nova história na minha carreira. Só tenho que agradecer ao Corinthians por me abrir as portas e me dar esta oportunidade. Espero que possamos ter uma história muito linda juntos. Estamos juntos, e vai, Corinthians! – disse Veríssimo após na assinatura do contrato com o Corinthians.
Como está Lucas Veríssimo atualmente?
O zagueiro completou 28 anos neste mês e volta da Europa após duas temporadas no Benfica. Ele começou bem e chegou à seleção brasileira em setembro de 2021, mas dois meses depois sofreu uma lesão grave no joelho direito e ficou quase um ano parado.
Veríssimo fez apenas oito partidas na última temporada europeia, que acabou em maio. O jogo mais recente foi nas oitavas de final da Liga dos Campeões, contra o Club Brugge (BEL), em 7 de março. O histórico de lesões foi um dos fatores para que Flamengo e Santos desistissem da concorrência pelo jogador, mas o Corinthians confiou e pagou 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,25 milhões) para tê-lo por um ano.
– O Lucas Veríssimo é um jogador de alto nível, como já temos aqui. Vai somar bem, e isso é muito importante – elogiou Luxemburgo na última entrevista que deu, na terça-feira (25).
De contrato assinado! Fala, Veríssimo! 🗣️
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— Corinthians (@Corinthians) July 26, 2023
Como Lucas Veríssimo pode jogar no Corinthians
Além da segurança na bola aérea, o reforço tem uma versatilidade que pode ajudar muito o técnico Luxemburgo. Veríssimo sabe dar passes para frente e ajudar na construção de jogadas, mas também é capaz de fazer recuperações longas, em velocidade. As duas características podem contribuir muito ao Corinthians, principalmente na comparação com Gil, que nunca foi construtor e já não tem a mesma velocidade de antes.
No último Brasileirão que disputou, em 2020, Veríssimo liderou o Santos em interceptações (média de duas por jogo), na quantidade de vezes em que afastou o perigo (cinco vezes por jogo) e em passes certos (45 por jogo).
Veríssimo se destacou pelo Santos em uma linha com quatro defensores, mas jogou pela direita no esquema de três zagueiros do Benfica de Jorge Jesus. Luxemburgo tem variado entre os dois sistemas no Corinthians, geralmente com Bruno Méndez assumindo papel ora de lateral direito, ora de zagueiro. Se conseguir se firmar, o reforço pode se tornar um pilar da equipe e ajudar o
No Corinthians, Veríssimo não tem nenhum impeditivo burocrático para jogar. Ele vai poder disputar Brasileirão, Copa do Brasil e também a Sul-Americana, desde que seja registrado a tempo do jogo de ida das oitavas de final, contra o Newell’s Old Boys, na terça-feira (1º).
Corinthians finalmente abre o bolso por zagueiro
Desde 2019 o Corinthians não gasta tanto para contratar um zagueiro. Os R$ 5,25 milhões pelo empréstimo de Lucas Veríssimo são um recorde desde a contratação de Bruno Méndez, que no total custou R$ 22 milhões. O uruguaio chegou como promessa, enquanto Veríssimo volta cercado de expectativa por ser um zagueiro pronto.
A chegada de Lucas Veríssimo pode ser um sinal da saída de Bruno Méndez. Ambos são destros e fazem funções semelhantes em campo. O uruguaio exige cerca de R$ 10 milhões em luvas para assinar a renovação do contrato e pode sair de graça se não chegar a um acordo com o Corinthians.
Por muito tempo a diretoria alvinegra relacionou a contratação do reforço à permanência ou não de Méndez. “Ele quer que o Corinthians compre ele de novo. Se tiver que pagar, é melhor pagar pelo Veríssimo”, disse uma figura influente do clube à Trivela durante as negociações.
Veríssimo segue um padrão de contratações do Corinthians, que nos últimos anos acertou empréstimos com zagueiros que tinham pouco espaço ou queriam deixar o futebol europeu. Foi assim com Jemerson, Robson Bambu e Balbuena nas últimas três temporadas, mas nenhum se firmou. Quem ganhou espaço neste período foram os defensores formados na base, como João Victor, Robert Renan e Murillo.