Brasileirão Série A

Fluminense: Diniz diz por que Leo Fernández bateu o pênalti contra o Santos

Com mudanças no time, o Fluminense venceu o Santos, neste domingo (29), por 1 a 0, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. No entanto, o Tricolor só conseguiu fazer o gol da vitória quando alguns dos considerados titulares, que começaram no banco de reservas, entraram durante o segundo tempo. E o técnico Fernando Diniz explicou os motivos das mudanças entre os 11 iniciais e a substituições depois do intervalo.

O que Fernando Diniz falou na coletiva?

  • Diniz explicou o motivo de Léo Fernández ter batido o pênalti;
  • Falou sobre a situação de Marcelo;
  • Comentou sobre a polêmica arbitragem na partida contra o Santos

Neste domingo, o Fluminense entrou em campo sem nomes como Ganso, Keno, Marcelo e Lima. De olho na partida contra o Argentino Juniors, na próxima terça-feira (1), em Buenos Aires, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, Fernando Diniz poupou jogadores que vinham de uma sequência de partidas ou que apresentaram algum tipo de desgaste físico.

– Foi poupar um pouco esses jogadores que precisavam. Alguns estavam vindo em uma sequência muito grande, caso do Lima, jogando os 90 minutos em quase todas as partidas. O Keno foi um jogador que saiu com câimbra lá em Curitiba. Teve uma lesão importante um mês atrás. O Ganso é um jogador que quando a gente pode fazer essa substituição, e a gente tinha jogador hoje para colocar no lugar, a gente faz – explicou Diniz, antes de detalhar a situação de Marcelo.

– O Marcelo a gente tinha até uma estratégia de sair jogando com ele hoje, mas a gente teve uma carga de treino semana passada e essa semana, e ele sentiu um desconforto. Não teve lesão. Ele se colocou à disposição para jogar, mas eu optei por preservar. Tanto é que ele ia entrar. Na hora que eu ia bota-lo, ele e o John Kennedy, saiu o gol e achei que não valia o risco. Mas ele estava à disposição de jogar hoje. Foi mais uma questão de precaução. Tem chances grandes (de ser titular na terça) – completou o treinador.

Diniz explica por que Léo Fernandez cobrou o pênalti contra o Santos

Em jogo muito brigado e de poucas opotunidades, o Fluminense teve a chance de abrir o placar ainda no primeiro tempo. Em lance pelo lado esquerdo da área, João Lucas derrubou Arias e o árbitro assinalou pênalti. Contratado recentemente, o meia Léo Fernandez foi para a cobrança e parou no goleiro João Paulo. E Diniz explicou a decisão do uruguaio bater o pênalti.

– Leo está na hierarquia. Dos jogadores que já trabalhei, ele é dos que melhor bate na bola. Era o cobrador no Toluca, então não era um cara estranho, que quis bater – afirmou Diniz, antes de completar:

– É o cara que mais treina bola parada no time, embora tenha chegado agora, tanto pênalti quanto falta e escanteio. Ele não bateu para fazer graça. Ele está na hierarquia. Eu falei para bater Arias ou ele. Então, ele não bateu porque não tinha hierarquia. Ele está na hierarquia. A ordem era para ser Arias ou Leo, quem estivesse se sentindo melhor. Ele pegou e bateu. Quando erra, quem tem que bater, não tem problema nenhum.

Leo Fernández desperdiçou um pênalti para o Fluminense (Foto: Mailson Santana/Fluminese)

Fernando Diniz diz que não expulsaria Dodô

Com o jogo muito disputado, o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima marcou quase 40 faltas e distribuiu 11 cartões amarelos no Maracanã. No entanto, um lance chamou a atenção pela falta de advertência por parta do juiz. Durante o segundo tempo, o lateral Dodô chegou atrasado em uma disputa e pisou na canela de Yony González. O juiz nem sequer marcou falta, o VAR não foi acionado e a torcida do Fluminense ficou na bronca. No entanto, Diniz disse que não expulsaria o jogador do Santos.

– Por ter o VAR, fica um lance muito feio. O Samuel, num jogo pelo Carioca, foi expulso por muito menos. O Rodinei, lá atrás, naquele campeonato de 2020 foi expulso num lance muito parecido. Não vejo intenção do Dodô, se eu fosse árbitro não expulsaria. Não foi nem imprudência, o Yony é mais rápido. É um lance, talvez, para amarelo – disse Diniz

– – Se sou o árbitro jamais expulsaria o Samuel Xavier, que foi o mais inocente de todos. Tanto que Yony saiu machucado. No lance em si, quando vê no VAR, eu estava perto, quando vai em câmera lenta, parece que vai com intenção. Eu não vi dessa forma. Eu isento, acho que não tem maldade. Quando não tem maldade, não acho que tenha que ter expulsão. Por mais que o lance fique feio. Não vi intenção do Dodô em entrar ou assumindo um risco de machucar. Acho que foi atrasado e fez uma falta muito feia – avaliou o treinador.

No entanto, ao dizer que daria um cartão amarelo para Dodô, Diniz também “expulsaria” o jogador. Afinal, o lateral já tinha sido amarelado por outro lance. Apesar de ter aliviado para o jogador do Santos, o técnico fez um leve reclamação da arbitragem.

– Foi muito confusa, deu muito cartão sem necessidade e não soube conduzir. Foi uma arbitragem ruim, e no primeiro tempo o Santos caiu várias vezes, teve demora para ver o pênalti no VAR e ele deu quatro minutos. No segundo ele deu sete. Pelo tanto de cera que o Santos fez, era para ter dado menos minutos – finalizou Diniz.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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