Após parada por chuva, Bahia aproveita bagunça do Fluminense de Diniz para vencer
Fluminense sai na frente com Cano, mas sofre a virada do Bahia depois de mudanças de Fernando Diniz darem errado no segundo tempo

Em jogo paralisado pelas fortes chuvas em Salvador, o Bahia venceu o Fluminense por 2 a 1, de virada, com gols de Caio Alexandre e Cauly, e conquistou os primeiros três pontos no Campeonato Brasileiro. Cano abrira o placar para o time de Fernando Diniz, que mexeu mal no segundo tempo, abriu demais o meio-campo e ajudou os donos da casa a saírem com a vitória na Fonte Nova.
BBMP! O primeiro triunfo do @ecbahia no #BrasileirãoBetano! pic.twitter.com/bYFF5o9f6M
— Brasileirão Betano (@Brasileirao) April 17, 2024
Fluminense começa bem e sai na frente do Bahia
O jogo mal havia começado e o Fluminense já estava à frente do placar. Com as linhas altas para pressionar a saída de bola do Bahia, o Flu roubou uma bola no ataque aos três minutos, com Arias, que roubou de seu xará e compatriota, e passou para Cano, que dentro da área, não perdoou.
A vantagem foi construída com o gol do argentino, entretanto, não durou muito tempo em campo. Não que o time de Fernando Diniz tenha sofrido logo depois, mas a chuva que assolava a cidade de Salvador mudou tudo na Fonte Nova.

Eram jogados 16 minutos do primeiro tempo quando Rogério Ceni perdeu a paciência na beira do campo e o árbitro João Vitor Gobi chamou os capitães Fábio e Éveron Ribeiro para conversar. O gramado sofria com a tempestade e a bola pouco rolava, impedindo que o jogo acontecesse.
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Bahia x Fluminense é paralisado por conta das chuvas
O Fluminense vencia o Bahia por 1 a 0 quando a bola efetivamente parou de rolar na Fonte Nova. A decisão do trio de arbitragem, em concordância com o delegado da partida e os capitães e treinadores das duas equipes, foi pela paralisação do jogo.

O árbitro João Vitor Gobi seguiu à risca o protocolo da CBF e retornou ao gramado 30 minutos depois para checar as condições. A equipe de arbitragem fez testes com a bola no gramado e percebeu a impossibilidade da continuidade do jogo naquele momento. Gobi voltou aos vestiários e comunicou aos dois times que daria mais 30 minutos de paralisação, voltando em 15 para checar.
A bola voltaria a rolar 55 minutos depois da primeira paralisação, já que, quando a arbitragem retornou ao campo, as condições eram melhores: a chuva diminuiu, a drenagem do gramado melhorou e funcionários do Bahia e do estádio deram uma força com rodos nas laterais. Houve ainda 10 minutos de aquecimento para os dois times.
Jogo volta, e Bahia empata com golaço de Caio Alexandre
A partida voltou do mesmo jeito que prometia antes de a bola rolar: com as duas equipes proporcionando bom jogo. Também por conta de suas próprias deficiências defensivas, Bahia e Fluminense foram para cima no ataque, e o time da casa se deu melhor quando o gramado ajudou.
Um dos primeiros lances foi polêmico. Cano avançou por dentro e foi derrubado por Caio Alexandre, que deu um carrinho com o pé tocando a canela do argentino. Bem posicionado, João Vitor Gobi deu amarelo, e apesar da jogada dura, o árbitro de vídeo não o chamou para revisar.

Depois que Marquinhos preferiu o chute e perdeu a oportunidade de aumentar, aos 30, o Bahia aproveitou a chance cinco minutos depois, justamente com Caio Alexandre, que correu risco de expulsão.
A jogada começou em um erro de Lima no meio-campo, e os donos da casa ganharam escanteio. Cauly cobrou, a defesa cortou no pé de Caio Alexandre, que balançou na frente de Samuel Xavier e soltou uma bomba no ângulo para empatar.
Diniz mexe mal, e Bahia vira sobre o Fluminense com Cauly
Que Fernando Diniz é ofensivo, ninguém duvida. Mas o treinador parece ter uma necessidade de afirmar isso em todas as partidas, ou assinar soluções inventivas a todo momento. Mais uma vez, o técnico apostou mais na sorte que o juízo, só que na Fonte Nova, não deu certo.
A placa que subiu aos sete minutos do segundo tempo indicou que Lima sairia e John Kennedy iria para o campo. Mas o problema do Fluminense, àquela altura, estava longe de ser falta de agressividade no ataque ou presença de área. Era pressão na bola. O meio-campo que já marcava pouco ficou ainda mais aberto e se tornou um prato cheio para o Bahia.
já vi gente nesse rede social falando que o CAULY não joga nada…
agora imagina se jogasse? pic.twitter.com/lfmXIJ0RIZ
— Goleada da Zoeira (@goleadadazoeira) April 17, 2024
Aos 15, Cauly virou o placar. Luciano Juba achou Jean Lucas livre por dentro, no espaço deixado por John Kennedy, e o volante tocou para o camisa 8, que driblou Manoel, invadiu a área e fez um golaço na Fonte Nova.
Para piorar, Fernando Diniz colocou Alexsander, Douglas Costa, Kauã Elias e Isaac, sacando Manoel, Diogo Barbosa, Samuel Xavier e Cano. Sem zagueiros ou laterais em campo mas com seis atacantes, o Fluminense se tornou a música de Beth Carvalho: sem ataque, sem defesa.
E nem sempre o ataque é a melhor defesa. O Flu e Fernando Diniz receberam essa lição na noite de terça-feira (16).
Próximos jogos do Fluminense
- Fluminense x Vasco – Campeonato Brasileiro – sábado, 20 de abril – 16h (de Brasília);
- Cerro Porteño x Fluminense – Libertadores – quinta-feira, 25 de abril – 19h (de Brasília).