Ainda na adrenalina, Tite é assertivo sobre acertos e erros do Flamengo no clássico
Tite elogiou o Vasco e explicou mudanças no Flamengo, que fizeram com que o time vencesse o clássico
A vitória do Flamengo sobre o Vasco da Gama foi muito celebrada pelo técnico Tite, na entrevista coletiva após a partida. Ainda na adrenalina, o treinador explicou algumas escolhas na partida, além de elogiar bastante o arrumado adversário, comandado por Ramón Díaz. Por fim, definiu o clássico entre duas partes, com análise e emoções à flor da pele.
O que Tite disse?
- Analisou as nuances do Flamengo x Vasco
- Explicou as escolhas nas alterações
- Exaltou a entrega de todos os jogadores do Flamengo
- Em específico, celebrou as defesas de Rossi
Como foi o clássico para Tite
— Eu queria colocar mais do que 11, pelo trabalho resolvido. Sobre a atmosfera, ainda não sei te respondeu. Estávamos muito focados no jogo, tentando abstrair tudo de fora. O Vasco nos colocou muita pressão, com um dia a mais de preparação. Tivemos que construir o resultado. Tivemos que fazer trocar por necessidade, quem entrou deu resposta. Fica um misto de análise e emoção.
Tite também analisou outras mudanças e, ao mesmo tempo, elogiou a atuação do adversário, o Vasco da Gama. De acordo com o treinador, foi muito necessário dar uma cara diferente ao time com Everton Ribeiro e Luiz Araújo, mexendo no posicionamento de Gerson.
— O jogo teve muitas etapas diferentes, muitos jogos dentro do mesmo jogo. Até o momento do gol, tínhamos mais posse de bola, de aproximação. O Vasco buscando duelos e transições, com uma equipe montada, estruturada, coordenada. Nós tínhamos que fazer esse ponto de equilíbrio. Esses diferentes timings do jogo são fundamentais. Por isso tivemos tanto foco e concentração. Por isso invertemos o Gerson também. Por isso não colocar o Luiz Araújo na direita, sim o Éverton — concluiu.
Preparador físico explica situações de Gabigol e Arrascaeta
Além de Tite, o preparador físico Fábio Mahseredjian também estava presente na coletiva e pôde receber algumas perguntas dos jornalistas. Ele detalhou um pouco do processo para recuperar os atletas em um calendário enxuto, além de atualizar as situações de Gabigol e Arrascaeta.
— Sobre o Arrascaeta, monitoramos ele, inclusive na Seleção Uruguaia. Eles passaram tudo para nós, de intensidade aos voos. Ele vem de duas lesões consecutivas no músculo do bíceps femoral, que tem sido cada vez mais comum entre atletas. Aceleramos para ele jogar na Copa do Brasil, e agora vamos com calma na recuperação — disse.
— O Gabigol eu vejo margem de evolução, tem feitos treinos com a gente. Esse é o nosso diagnóstico — finalizou.
O Flamengo volta a campo na próxima quarta-feira (25), às 21h30 (de Brasília), para enfrentar o Grêmio, pela 29ª rodada do Brasileirão. O duelo será disputado em Porto Alegre e é o terceiro de Tite à frente do Rubro-Negro. No momento, a equipe está dentro da zona de classificação para a Libertadores e tem 47 pontos.
Veja outros pontos abordados na coletiva
Mais sobre o jogo
— Foi um grande jogo. Antes eu não sabia o que era, agora eu sei o que é o Flamengo e Vasco. Duas equipes extraordinárias, que souberam atacar. Tivemos momentos no jogo, dominamos e errados. Fico feliz pelo resultado final. Pela construção, merecemos o resultado. A emoção fica aflorada. A emoção do torcedor é a nossa também.
— O futebol carioca é único, Flamengo e Vasco é especial. A diferença que pode fazer uma vitória nesse clássico. Trabalhei no Inter, no Grêmio, eles falam muito em virada, no que representa uma vitória no clássico. Saímos aqui do Maracanã muito feliz com a equipe e nossa torcida também. (Fábio)
— Quando temos um jogo rápido, precisamos atacar o espaço. Temos que ter a cabeça boa, se o atleta não tiver a cabeça boa, não vai funcionar. Como é bom, importante, mobilizar a equipe para que todos joguem. Com a entrada do Gabi, perdemos bola aérea, mas ganhamos em mobilidade. São situações de jogo.
Parte fisiológica de Rodrigo Caio e outros atletas
— Chegamos há 20 dias, e o Rodrigo esta treinando muito bem. Ele é um atleta na palavra, é merecedor de jogar. O Tite vai decidir a hora, mas com certeza a situação dele agora nos deixa muito feliz (Fábio).
— O grande desafio da fisiologia de futebol, em um calendário apertado, é fazer o diagnóstico do quanto o jogador ficou desgastado. Pedro e Bruno Henrique ficaram muito desgastados depois do Cruzeiro, poderiam diminuir o ritmo.
Mudanças com Luiz Araújo e Everton Ribeiro
— O jogo teve muitas etapas diferentes, muitos jogos dentro do mesmo jogo. Até o momento do gol, tínhamos mais posse de bola, de aproximação. O Vasco buscando duelos e transições, com uma equipe montada, estruturada, coordenada. Nós tínhamos que fazer esse ponto de equilíbrio. Esses diferentes timings do jogo são fundamentais. Por isso tivemos tanto foco e concentração. Por isso invertemos o Gerson também. Por isso não colocar o Luiz Araújo na direita, e sim o Éverton.
Gerson
— O Gerson trabalhou em diferentes setores, na França foi assim. Na meia esquerda, na direita, perto do atacante. É um jogador que empresta uma característica de jogo apoiado, para depois chegar. Moderno, versátil.
Manter o DNA do Flamengo
— O desenho que o Flamengo historicamente tem, é um meio campo que salte os olhos. Temos Thiago Maia, Pulgar, Gerson, Arrascaeta, Victor Hugo, Éverton Ribeiro. Vamos compor onde os quatro vao ditar o ritmo. O DNA do Flamengo, o time que tem. É uma ideia para ter posse, criatividade.
Rossi
— Sobre o Rossi, ele teve uma defesa determinante. Cada momento tem uma decisão específica para a equipe. É muito difícil neutralizar cabeceio do Vegetti. Ele ataca os cruzamentos como poucos. Era inevitável que em alguns momentos isso fosse acontecer, nesses momentos que o Rossi precisou aparecer. Essas percepções, inteligências do sistema defensivo, são importantes demais. A gente precisa da individualidade e do contexto.