A bola parada dá, mas também tira: Cruzeiro e Vasco ficam em empate no Mineirão
Vegetti e Zé Ivaldo marcaram os gols do empate movimentado entre mineiros e cariocas
Cruzeiro e Vasco fizeram um jogo movimentado, com direito a gols, expulsão, sangramento e mais na noite deste domingo (29), no Mineirão. No fim, 1 a 1 no placar, com a partida sendo decidida em lances de bola parada.
Vegetti marcou para os cariocas, enquanto Zé Ivaldo empatou para os donos da casa. Matheus Carvalho ainda seria expulso.
O resultado, válido pela 28ª rodada do Brasileirão, deixou o Cruzeiro na oitava colocação, com 43 pontos. Já o Vasco fica em nono, com 36.
Quem foi ao Mineirão viu um bom jogo de futebol, que acabou decidido na bola parada. Ambas as equipes marcaram após dois lances de escanteio, ainda que não de forma direta.
O Vasco anotou depois de rebote, defesa de Cássio e novo rebote. Já o Cruzeiro fez o seu em jogada ensaiada.
No gol cruz-maltino, Zé Ivaldo cochilou e deu condições para Vegetti, sozinho, anotar. Já o gol cruzeirenses saiu após Lucas Piton ficar incumbido de marcar o mesmo Zé Ivaldo, que não teve muitas dificuldades para subir e se redimir.
O jogo
O Cruzeiro chegou para a partida contra o Vasco da Gama com três importantes desfalques: o zagueiro João Marcelo, suspenso, o meia Matheus Pereira, preservado, e o treinador Fernando Diniz, que cumpriu suspensão por expulsão quando ainda comandava o Fluminense.
Sem Diniz, foi o auxiliar Eduardo Barros quem ficou com a missão de comandar a Raposa na partida. O Cruzeiro foi a campo da seguinte forma:
- Cássio (Anderson); William, Zé Ivaldo, Villalba e Marlon; Lucas Romero, Matheus Henrique e Matheus Pereira; Lautaro Díaz, Gabriel Veron e Kaio Jorge.
O Vasco, por sua vez, foi escalado pelo técnico Rafael Paiva com grandes nomes, como Lucas Piton, Phillippe Coutinho e Vegetti, sem preservar seus principais atletas para a disputa da Copa do Brasil.
A equipe carioca entrou em campo assim:
- Léo Jardim; Puma Rodríguez, João Victor, Léo e Lucas Piton; Hugo Moura, Mateus Carvalho e Coutinho; Emerson Rodríguez, David e Vegetti.
Vegetti marca mais um
Apoiado por sua torcida que colocou um grande público no Mineirão, o Cruzeiro iniciou a partida tomando as rédeas do jogo. Logo no primeiro minuto de jogo, Kaio Jorge fez bonita jogada individual e bateu de fora da área, obrigando Léo Jardim a espalmar para escanteio.
Com o passar dos minutos, o jogo se igualou. Nenhum dos times conseguia criar uma blitz e as chances de gol eram esporádicas e não levavam tanto perigo aos goleiros.
A melhor chance do primeiro tempo saiu aos 36, quando Lautaro Díaz ganhou de Léo na velocidade e, após dominar a bola, rolou para Kaio Jorge, que de frente para o gol, mandou uma bomba, que passou muito perto do gol vascaíno.
Mesmo com o Cruzeiro tendo chegado melhor que o Vasco, quem abriu o placar foram os visitantes.
Eram decorridos 41 minutos quando, após rebote em jogada de escanteio, Hugo Moura completou chute de fora, Cássio espalmou e, no rebote, Vegetti, sempre oportunista, estava lá para fazer 1 a 0 para o Vasco.
Barreal entra e ajuda Zé Ivaldo a salvar o Cruzeiro
O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com uma mudança: Álvaro Barreal substituiu Gabriel Veron. Apesar da alteração melhorar o time, que passou a incomodar mais, ela também escancarou uma grave deficiência no elenco celeste.
Barreal, que é um meia-esquerda no Cruzeiro, era a única opção ofensiva no banco de reservas celeste. Sofrendo com elenco curto, lesões e com o sub-20 focado na final do Campeonato Brasileiro da categoria, Eduardo Barros tinha apenas volantes, zagueiros, laterais e goleiros, além do argentino, para colocar em campo.
Mas se Barreal era a principal opção, ele ajudou a resolver o problema do Cruzeiro. Aos 14 minutos, Matheus Henrique cobrou escanteio curto para o argentino e ele fez cruzamento perfeito para Zé Ivaldo cabecear bonito, no ângulo de Léo Jardim, para empatar, fazendo a festa no Mineirão.
Além de igualar o confronto, o gol apontou uma das primeiras grandes melhorias do Cruzeiro de Fernando Diniz. Desde a partida contra o Libertad, o time celeste mudou seu comportamento nas bolas paradas, em especial nos escanteios, e passou a criar chances dessa forma.
A bola aérea ofensiva era um dos pontos de maior questionamento no trabalho de Fernando Seabra. Raramente, o Cruzeiro conseguia criar perigo neste tipo de jogada.
Matheus Carvalho é expulso
A situação do Vasco ficou mais complicada aos 33 do segundo tempo, quando Matheus Carvalho deu entrada violenta em Matheus Henrique e foi expulso, de forma direta, deixando o Vasco com um a menos.
No decorrer do jogo, o Vasco se concentrou em se defender e fazer cera para gastar o tempo de jogo. Já o Cruzeiro foi para o ataque, mas com seus principais jogadores desgastados, acabou perdendo algumas boas chances criadas, sem conseguir tirar o empate do placar.