Brasileirão Série A

Nem magia de Matheus Pereira faz Diniz desencantar, e Cruzeiro e Bahia ficam no empate

Em pleno Mineirão, Raposa cede empate no fim e Diniz segue sem vencer no comando da equipe mineira

Fernando Diniz chegou, nesta sexta-feira (18), a sua quarta partida no comando do Cruzeiro. E nada do primeiro triunfo sair. Em ‘jogo de seis pontos', a Raposa vencia o Bahia até os 36 minutos da etapa complementar, quando Lucho González, livre na pequena área, deixou tudo igual e calou o Mineirão.

A ‘magia' de Matheus Pereira na assistência para o gol de Gabriel Veron bem que tentou salvar o Cabuloso, mas não foi possível. Novas falhas defensivas, que mais uma vez interferiram no resultado final.

Empate com sabor de derrota: esse é o sentimento dos jogadores e torcida cruzeirense. Um tropeço que não só coloca em dúvidas o trabalho de Diniz, bem como deixa a equipe mineira estacionada na oitava colocação do Campeonato Brasileiro, agora com 44 pontos.

Caso vencesse, o Cruzeiro ultrapassaria o Tricolor de Aço (46) na tabela e dormiria no G6. O Internacional, que tem os mesmos 46 e ocupa o sétimo lugar, enfrenta o Grêmio neste sábado (19).

A missão da Raposa agora é em outra competição. Na próxima quarta-feira (23), a partir das 19h (horário de Brasília) o Cabuloso recebeu o Lanús, no Mineirão, em partida válida pela ida da semifinal da Copa Sul-Americana.

Diniz faz mudanças pontuais na escalação

Fernando Diniz fez poucas mudanças no time em relação à derrota para o Fluminense, sofrida antes da Data Fifa. Na zaga, Zé Ivaldo foi sacado e deu lugar a João Marcelo.

Sem Matheus Henrique, lesionado, Walace ganhou vaga entre os titulares e fez a ‘volância' ao lado de Lucas Romero. Mais adiante, Álvaro Barreal substituiu Lautaro Díaz — realiza trabalho de equilíbrio e força.

Dito isso, o Cruzeiro entrou em campo com a seguinte escalação: Cássio; William, João Marcelo, Villalba e Marlon; Lucas Romero e Walace; Gabriel Veron, Matheus Pereira e Barreal; Kaio Jorge.

Intensidade, trocação e placar zerado no primeiro tempo

Alta intensidade e muito estudo: o equilíbrio imperou nos primeiros minutos de Cruzeiro x Bahia e deu indícios de como seria o comportamento das equipes. Com estilos de jogo parecidos — de valorização da posse de bola, linhas altas e proposição — Raposa e Tricolor fizeram etapa inicial franca, veloz e com muita trocação.

A verdade é que os times ‘se anularam' em campo, e as defesas, no final das contas, se sobressaíram sobre os ataques. Nos pés de Kaio Jorge, o Cruzeiro teve a melhor chance. Em linda triangulação, o atacante recebeu na entrada da área, encheu o pé e parou em defesa providencial de Marcos Felipe.

A equipe de Rogério Ceni respondeu com duas estocadas. Na primeira, Thaciano balançou as redes, mas foi flagrado em impedimento. Pouco depois, Cássio espalmou chute forte de Biel. O empate parcial ficou de bom tamanho.

Após ‘magia' de Matheus Pereira, Cruzeiro cede empate e tropeça mais uma

Na volta do intervalo, as coisas não mudaram muito: alta voltagem, ataques frenéticos e goleiros em ação a todo instante. O gol parecia maduro. Restava saber qual time abriria o placar. Para alívio de Diniz, foi o Cruzeiro.

Aos 15 minutos, Matheus Pereira achou passe açucarado e deixou Gabriel Veron na cara do gol. O camisa 30 tocou na saída de Marcos Felipe e explodiu o Mineirão.

A alegria da Raposa, no entanto, não durou muito. Com 36′ no relógio, Ademir arrancou pelo lado direito, ganhou da marcação e cruzou na segunda trave. Livre, Lucho Rodríguez chegou batendo de primeira e venceu Cássio.

Próximos jogos do Cruzeiro

  • Cruzeiro x Lanús — Copa Sul-Americana — 23/10
  • Athletico-PR x Cruzeiro — Campeonato Brasileiro — 26/10
  • Lanús x Cruzeiro — Copa Sul-Americana — 30/10
Foto de Guilherme Calvano

Guilherme CalvanoRedator

Jornalista pela UNESA, nascido e criado no Rio de Janeiro. Cobriu o Flamengo no Coluna do Fla e o Chelsea no Blues of Stamford. Na Trivela, é redator e escreve sobre futebol brasileiro e internacional.
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