Brasileirão Série A

Oscilação durante as partidas continua sendo o maior de tantos problemas do Corinthians

Mesmo saindo na frente do placar, Corinthians teve queda de rendimento em nove partidas sob o comando de Mano Menezes

Faltam cinco rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro de 2023, e a situação do Corinthians não é a que o torcedor, e até mesmo o elenco e comissão técnica esperavam. Em 14º lugar, os 41 pontos somados não permitem que o time respire aliviado, isso porque são quatro pontos a frente do primeiro na zona de rebaixamento e pelo menos quatro outras equipes vivem a mesma situação: Bahia, Cruzeiro, Santos e Vasco.

Os jogos da reta final do Timão não são fáceis. No próximo domingo (12), enfrenta o Grêmio mais que embalado pelo virada em cima do Botafogo, e buscando a liderança da competição. O técnico Mano Menezes reforçou na coletiva a dificuldade que será jogar em Porto Alegre. Depois da Data Fifa, o Corinthians tem confrontos praticamente diretos, com o Bahia, em Itaquera, e Vasco fora, e serão essas partidas que definirão o futuro do alvinegro:

— Não gosto de fazer projeção, nem em conjunto de jogos. Nunca fui treinador que senta com o time e fala “De 15 pontos, temos que fazer tantos”. Isso não funciona, o que funciona é entregar o melhor. O que você acha que vai ser em Porto Alegre no domingo? É dureza em cima de dureza. Quando não conseguir fazer três pontos, tem que fazer um, é o que a tabela exige, é o campeonato que estamos jogando. Não adianta achar tragédia ou maior do que ela é. Temos que continuar produzindo, fazer isso em Porto Alegre, depois tem a parada da Data Fifa, Vasco, Inter e Coritiba, ir somando, que é importante.

Oscilação tática do Corinthians é problema antigo e pode ser fator determinante na reta final 

Desde a chegada de Mano Menezes ao Corinthians, as coisas de certa forma começaram a melhorar em comparação ao trabalho exercido por Luxemburgo, tanto no estilo dos treinamentos, mas principalmente dentro do campo nos 90 minutos de jogo. A equipe se tornou menos espaçada e conseguiu desenvolver um padrão tático que pressiona mais o adversário no seu campo defensivo.

Já são dez jogos com Mano no banco, nove deles pelo Campeonato Brasileiro, com cinco empates, duas derrotas e duas vitórias. Apesar dos resultados diferentes, todas essas partidas têm algo em comum: a oscilação do rendimento do time do primeiro para o segundo tempo. O Corinthians começa bem a partida, pressiona o adversário, cria jogas de perigo e por vezes balança a rede, mas na volta do intervalo as coisas mudam de figura em dimensões absurdas. O time fica mais recuado, perde bolas facilmente e dá espaço para o adversário crescer e criar chances que resultam em gol, prova disso são as partidas com Santos, Fluminense e Atlético-MG.

Essa dificuldade em conseguir manter o despenho em uma linha reta, ou até mesmo, recuperá-lo, já foi ressaltada por Mano Menezes em entrevistas depois de algumas partidas. Nessas oportunidades, Mano sempre ressaltou que era um problema que estava sendo trabalhado, mas ao que tudo indica ainda há muito o que se trabalhar em cima da “fragilidade” do time, que pode ser um dos problemas para a reta final importantíssima para o Corinthians se manter na Série A do campeonato.

Depois do empate com o Galo, Mano falou sobre essa baixa no rendimento entre as etapas, que seria por uma somatória de fatores:

— Por que baixa tanto? Uma coisa é estar com uma parte do bloco mais baixa, outra mais distante, porque recupera a bola e não consegue sair. A gente trabalha diariamente para resolver, jogadores estão empenhados. Depois vem oscilação que a gente ainda não tem consistência para ter por uma somatória de fatores.

Foto de Jade Gimenez

Jade GimenezSetorista

Jornalista, fascinada por esporte desde a infância e transformou a paixão em profissão. Além do futebol, se mantem por dentro de outras modalidades desde Fórmula 1 até NFL. Trabalhou como repórter em TV e rádio cobrindo partidas de futebol, futsal e basquete.
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