Corinthians jogou pelo empate, empatou e saiu satisfeito da Fonte Nova
Time de Luxemburgo segue na frente do Bahia e assim evita entrar na zona de rebaixamento na rodada
O resultado na Arena Fonte Nova não poderia ter sido outro para o Corinthians, que mirou no empate contra o Bahia e acertou precisamente no 0 a 0. Bom para Vanderlei Luxemburgo, que diz sair satisfeito com o ponto somado na corrida contra o rebaixamento no Brasileirão.
O empate tem um lado bom evidente para o Corinthians, justamente na classificação. O time de Luxa segue na frente do Bahia e assim evita entrar na zona de rebaixamento nesta rodada, aconteça o que acontecer nos jogos deste domingo (23). O Alvinegro segue na 15ª posição, agora com 16 pontos em 15 jogos, um a menos do que os concorrentes. O próximo compromisso é o clássico contra o São Paulo no jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil, na terça-feira (25), na Neo Química Arena.
O que Luxemburgo falou na entrevista?
- Ele valorizou o resultado fora de casa e a sequência de cinco jogos sem perder;
- Refletiu que o Corinthians “passou sufoco, é normal”, mas também teve chance de vencer;
- “Quando você não pode ganhar, você empata”, disse o treinador.
Corinthians sai satisfeito com o empate
A atuação não foi das melhores, mas o Corinthians gostou do ponto que fez em Salvador. O raciocínio é lógico: o time vem de boa sequência de vitórias, manteve o Bahia atrás na corrida contra o Z-4 e ainda tem uma decisão da Copa do Brasil daqui a quatro dias. O melhor cenário seria vencer um concorrente direto e embalar de vez antes do clássico, é claro, mas o Alvinegro não vive um “melhor cenário” há muito tempo.
– Às vezes esquecemos de valorizar o adversário e o nosso resultado. (…) É valorizar o resultado, e agora mesmo falamos sobre isso [no vestiário]. Quando você não pode ganhar, você empata. Se lá no começo do nosso trabalho tivéssemos ganhado quatro pontos em seis ou sete pontos em nove, nossa pontuação já seria diferente – raciocinou Luxemburgo na primeira resposta que deu na entrevista coletiva.
Cássio foi outro que valorizou o 0 a 0, e ele foi um dos que mais precisaram trabalhar para evitar uma derrota. Valeu a pena, afinal o Corinthians evitou maiores problemas e pontuou como a maioria dos times fazem na Arena Fonte Nova: dos oito jogos que fez em casa neste Brasileirão, o Bahia venceu dois, empatou três e perdeu outros três.
– Nós acabamos perdendo alguns pontos em casa que não poderíamos perder. Mas, se fizer uma leitura do campeonato, é um ponto válido, importante e temos um jogo a menos. Hoje nossa situação é do meio para baixo na tabela, então era pontuar aqui e pensar nas próximas partidas em casa – defendeu o goleiro.
Sufoco é normal, mas o empate é bom
– Dentro do que combinamos para o jogo, estrategicamente, funcionou: um primeiro tempo de maneira mais fechada, acanhada, porque sabíamos que o time deles seria bastante intenso e com marcação adiantada. E no segundo tempo deixaríamos o time mais leve para buscar as jogadas e ter chance de matar o adversário. Passamos sufoco, é normal, mas também tivemos chance de matar o jogo. Valorizo o resultado, porque o Campeonato Brasileiro é muito difícil. De seis pontos, ganhamos quatro e estamos bem. São cinco jogos sem perder e dois jogos fora de casa sem tomar gol [no Brasileirão] – defendeu Luxemburgo.
Como foi Bahia 0 x 0 Corinthians
O Corinthians deu apenas um chute a gol no jogo inteiro. Fez um primeiro tempo desanimador, depois equilibrou um pouco mais e permitiu menos finalizações do Bahia. A pontaria ruim do time da casa foi o que deu o tom da partida: foram 13 chutes para fora do Tricolor, e Cássio resolveu nos outros. Nos acréscimos, no lance que poderia ter decidido a partida, Fausto Vera salvou em cima da linha após bola por cobertura de Thaciano.
Luxemburgo escalou uma linha de cinco defensores, como havia sido contra o Atlético-MG no Mineirão – e também contra o Universitario (PER), mas com o time reserva. Na Fonte Nova, o time entregou a bola ao adversário e esperou, mesmo tendo Renato Augusto, Matías Rojas e Yuri Alberto em campo.
O Corinthians só levou perigo ao Bahia depois do intervalo e de duas trocas: as saídas de Fagner e Giuliano para as entradas de Ruan Oliveira e Adson. Trocou a linha de cinco por um meio-campista a mais e, não por coincidência, ganhou mais força para encontrar espaços e atacar. Adson teve dois bons contra-ataques pela esquerda, mas errou em um e sofreu falta dura no outro.