Cinco pontos que explicam por que o Atlético-MG ainda não venceu com Felipão
São seis jogos com Felipão no comando, ainda sem vitória, e trazemos alguns pontos que explicam a má fase do Galo

O Atlético-MG perdeu, no Mineirão, para o Corinthians, e chegou a seis jogos sem vencer. Nesse período, cinco jogos foram sob o comando de Felipão, que ainda não venceu no comando do Galo. Alguns pontos explicam os motivos desse início ruim do alvinegro.
Mudança de direção brusca
O Atlético estava indo bem dentro de campo sob o comando de Eduardo Coudet. O time não era o melhor do país, mas entregava bom futebol na maioria das vezes. O argentino teve alguns obstáculos ao longo de sua trajetória no time, como os ataques à diretoria em abril e a eliminação para o Corinthians na Copa do Brasil.
Apesar disso, era esperado que Coudet seguisse no time, no mínimo, até o fim da temporada. Mas o treinador, inesperadamente, entregou o cargo, o que pegou todos de surpresa. Com isso, a diretoria teve que optar por uma mudança de direção brusca, optando por Felipão, que tem uma metodologia de trabalho completamente diferente de Chacho.
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Pouco tempo de trabalho
A mudança repentina resultou em pouco tempo de trabalho para a nova comissão trabalhar. Felipão praticamente não teve tempo de treinamento em sua primeira semana, já que o time jogou três vezes fora de casa, fazendo seis viagens em sete dias.
O pouco tempo para mudar o estilo do time, inclusive, foi citado pelo auxiliar de Felipão, Carlos Pracidelli, após a derrota para o Corinthians. Ele explicou que o time teve uma semana cheia de treinos, mas que isso não foi suficiente para mudar tudo, que tentaram implementar apenas algumas coisas. Ele também garante que, tendo mais três semanas livres para treinar, o time vai se encaixar melhor.
Psicológico abalado
A escolha por Felipão foi também por um detalhe importante para a diretoria: o psicológico dos jogadores. Eduardo Coudet fazia críticas públicas ao elenco, que não era o suficiente para ser campeão, que precisava de reforços, entre outras coisas.
Felipão, que é conhecido como um “paizão”, chegou com um discurso completamente diferente, dizendo que o time é bom sim, que ele não precisa de reforços, que confia no elenco que tem. Mas só isso não parece o suficiente para retomar a confiança dos atletas atleticanos, que ainda demonstram alguns momentos de fraqueza durante as partidas.
Aproveitamento ruim nas finalizações
As finalizações sempre foram um problema no Atlético desde 2022. Seja com Turco Mohamed, Cuca ou Coudet, o time sempre pecou na hora de finalizar. E com Felipão não está sendo diferente.
Nas cinco partidas sob o comando do experiente treinador, o Atlético finalizou 77 vezes, mas só 23 no gol, sendo que apenas quatro realmente resultaram em gol. É uma média de 0,05 gol a cada chute, o que explica os resultados ruins do time atleticano.
Os números de finalizações do Atlético com Felipão
- Fluminense: 14 finalizações (6 no gol) = 1 gol
- Fortaleza: 18 (4) = 1
- Libertad: 7 (2) = 1
- América: 12 (5) = 2
- Corinthians: 26 (6) = 0
Erros defensivos
Outro ponto que assombra o Atlético há tempos são as falhas defensivas. Com Coudet, a bola aérea se tornou a pior parte do time, que sofreu e ainda sofre muito com as bolas alçadas na área.
Mas não é só isso, o Atlético tem cometido muitas falhas, sejam individuais ou coletivas. Contra o Corinthians, por exemplo, Mariano entregou a bola que gerou o gol adversário. Essas falhas podem estar ligadas, por exemplo, ao psicológico frágil do time, ou ao posicionamento errado da defesa.
Brazil Serie A 27/11/24
D

EC Juventude
3

Atletico Mineiro
2
Brazil Serie A 24/11/24
E

Sao Paulo
2

Atletico Mineiro
2
Brazil Serie A 21/11/24
E

Botafogo
0

Atletico Mineiro
0
Brazil Serie A 16/11/24
D

Athletico Paranaense
1

Atletico Mineiro
0
Brazil Serie A 13/11/24
E

Flamengo
0

Atletico Mineiro
0
Todos os pontos que colaboram para o Atlético ainda não ter vencido sob o comando de Felipão podem ser mudados. Os dois primeiros pontos vão sumir naturalmente com o tempo. Os três últimos vão precisar ser trabalhados justamente nesse período em que os dois primeiros vão estar sumindo de forma natural.