Cacá (finalmente) acerta o lado e salva Corinthians, aumentando sina do Athletico
Furacão sofre terceiro empate seguido nos acréscimos, da cabeça do ex-zagueiro, e Alvinegro se salva

Criticado pelo torcedor por incríveis dois gols contra seguidos, responsáveis pelos empates contra Atlético-GO e São Paulo, o zagueiro Cacá deu a volta por cima pelo Corinthians neste domingo (23).
Com 46 no relógio, lá estava o defensor para empurrar de peito uma falta cobrada por Rodrigo Garro que explodiu no travessão e dar um ponto precioso ao Alvinegro pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O empate deve ser celebrado pelo jogo que aconteceu na Ligga Arena. O Furacão dominou o primeiro tempo e saiu em vantagem com gol de Christian.
Para a etapa final, mudou a postura, se defendeu mais e ainda sim foi mais perigoso, vendo a trave ou o goleiro Matheus Donelli salvar o adversário.
Mas o time treinado por Cuca sucumbiu de novo nos acréscimos. Foi exatamente o mesmo cenário dos dois últimos jogos.
Contra o Flamengo, vencendo por 1 a 0, tomou o empate aos 53. Três dias depois, foi a vez do Botafogo repetir a dose, nos 52, para outro 1 a 1.
Fim de jogo em Curitiba! O Timão ficou no empate com o Athletico.
Athletico 1 ? 1 Corinthians
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— Corinthians (@Corinthians) June 23, 2024
Podendo ser vice-líder, o Athletico deve se contentar em ser apenas o quinto. Já os paulistas, mesmo com o ponto conquistado, seguem na zona de rebaixamento com apenas oito somados.
Em 2024, com Mano Menezes ou António Oliveira, o Corinthians fez 13 partidas contra equipes da primeira divisão do Brasil e só venceu o Fluminense, o lanterna do campeonato, perdeu seis e empatou seis.
Jogadores do Furacão em dia especial
A escalação do Athletico mostra que, apesar de trocar muito de técnico, a gestão mantém uma base consolidada de jogadores.
Ironicamente, hoje quatro jogadores completaram números redondos e marcantes de jogos. Thiago Heleno chegou a 350 partidas pelo Furacão, Erick 250, Fernando 200 e Madson 100.
Isso em um time com Léo Linck, cria da base, Christian, no elenco desde 2019, e Nikão, talvez o grande ídolo da história recente e com sete anos de dedicação ao Rubro-Negro.
Homenagens ??⚫️
Fernandinho, Erick e Thiago Heleno receberam placas e camisas em homenagem às marcas conquistadas com o nosso Furacão!? José Tramontin/athletico.com.br #Athletico #Brasileirão pic.twitter.com/lfg4AGzLsQ
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O ótimo 1º tempo do Athletico Paranaense
Time da casa, acostumado ao gramado e empurrado pela torcida, o Furacão envolveu o Corinthians por quase toda primeira etapa.
Tinha mais a bola, rodava querendo encontrar espaço no 4-4-2 corintiano e utilizava bem os lados do campo, seja com laterais ou pontas.
Foi uma jogada pelo lado que deu no gol, aos 44 minutos, quando Lucas Esquivel fez um cruzamento perfeito na área, até longe do gol, para Christian testar para o chão, a bola quicar e tirar a chance de Donelli defender.
Antes, o CAP chegou a partir de erros do adversário. Após um chutão mal feito do goleiro, Gonzalo Mastriani teve espaço na entrada da área e mandou um chute rasteiro que foi rente à trave.
Também de fora que Fernandinho tentou duas vezes. Na primeira, em bola tirada pela defesa paulista, finalizou na rede pelo lado de fora. Depois, o volante mandou fraco, nas mãos de Donelli.
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— Brasileirão Betano (@Brasileirao) June 23, 2024
Corinthians, por outro lado, muito mal no início
Foram poucos bons momentos do time de António Oliveira na etapa inicial. Se defendeu por quase todo tempo, nem sempre bem, e vacilava na saída de bola.
Só subiu ao ataque em momentos específicos. Aos 11, encaixou boa transição defesa ataque, talvez a única, para deixar Wesley quase na cara do gol. O jovem ponta finalizou, e Léo Linck encaixou.
O goleiro athleticano também pegou um cruzamento muito perigoso de Léo Mana, já no fim do primeiro tempo. Por pouco Gustavo Silva não se antecipou ao arqueiro e marcou o que seria o gol de abertura o placar. Quatro minutos depois, o Athletico marcou.
2º tempo tem mudança no cenário, mas Furacão ainda é mais perigoso
Com a vantagem no placar, o time paranaense não repetiu a estratégia da etapa inicial. Buscou ficar menos com a bola, mas isso não significou menos perigo.
Pelo contrário, o Athletico criou as melhores chances dos 45 minutos finais. Cuello quase fez dois golaços iguais. Em um, a batida colocada de longe explodiu no travessão. Na outra, quase igual, Donelli brilhou com defesa.
Falando no arqueiro corintiano, ele já tinha salvado o Alvinegro do segundo quando Mastriani saiu na cara do gol após falta de Fernandinho explodir na barreira. O goleiro ficou gigante e impediu o gol do uruguaio.
E o que o Corinthians fez para tentar mudar isso? Teve a bola e só. Não teve uma boa oportunidade criada bonitinha, bem construída.
Só conseguiu o empate porque Garro bateu uma falta quase perfeita, no travessão, sobrando para Cacá fazer aos 46 minutos.
Incrivelmente, o jogo ficou ainda mais louco após a igualdade do Alvinegro. Zapelli perdeu um gol sem goleiro na segunda trave logo depois, enquanto Lucas Di Yorio ficou a um pé de alcançar um desvio de Julimar e marcar.