Contra Galo pensando no Flu, Bahia de Ceni corrige problemas de eliminação para vencer
Ataque tricolor supera dificuldades para marcar três vezes contra o Atlético-MG na Arena Fonte Nova
“Temos feito pouquíssimos gols. Repito, time constrói bem, mas encontra muitas dificuldades [para marcar].”, assim Rogério Ceni definiu a eliminação do Bahia na Copa do Brasil para o Flamengo. Neste domingo (15), poucos dias depois, o time deu uma boa resposta ao problema na vitória por 3 a 0 sobre os reservas do Atlético-MG.
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Pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Tricolor mostrou a dificuldade para criar apenas no 1º tempo, recebendo vaias das arquibancadas na Arena Fonte Nova. Já na etapa final, sem nenhuma alteração no intervalo, o técnico de 51 anos e os jogadores conseguiram mudar o rumo da partida.
Começando cedo, logo aos cinco no relógio, a forte pressão no campo de ataque forçou erro de Brahian Palacios, Thaciano brilhou ao roubar e ganhar no pé de ferro antes de servir Everaldo para belo gol. Foi o fim de um jejum de dois meses e 12 partidas sem marcar para o camisa 9.
Cerca de sete minutos depois, Everton Ribeiro contou com um desvio de Lyanco para “matar” Everson em batida de fora da área e ampliou a vitória baiana.
Já nos acréscimos, foi a vez de Luciano Rodríguez, o Lucho, marcar um golaço da meia-lua no ângulo do arqueiro rival.
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O Galo entrou em campo apenas com Hulk e o goleiro Éverson dos considerados titulares e pagou caro por isso. Sem entrosamento, a equipe penou para que criasse algo efetivo com a bola no pé. Após a entrada dos principais jogadores até pressionou, mas não conseguiu nem diminuir.
O time mineiro enfrenta o Fluminense nesta quarta-feira (18), no Maracanã, pela ida das quartas de final da Libertadores.
Apenas com o Brasileirão para o restante da temporada, o Bahia descansa no meio de semana até o próximo sábado (21), quando faz clássico nordestino com o Fortaleza no Castelão.
Bahia peca no último terço, enquanto Galo pouco faz no 1º tempo
Mesmo com a posse de bola beirando os 65%, o Bahia só chutou 4 vezes, todas longe do gol. Caio Alexandre isolou duas, Everaldo teve uma tentativa bloqueada e Thaciano perdeu um gol que não pode.
No contexto de um time que ronda muito a área adversária e pouco cria de efetivo, o meia que joga de atacante ficou na cara do gol em bonita trama de passes puxada por Everton Ribeiro e Cauly após contra-ataque. Na cara de Everson, chutou completamente torto.
O Galo, por outro lado, sofreu com os reservas e basicamente não deu nenhuma bola fácil aos homens de frente. Só finalizou quando Marcos Felipe tomou uma decisão questionável de sair do gol em lançamento e Palacios chutou sem ângulo para o gol sem goleiro antes que a defesa tirasse.
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Mesmo após entrada de titulares do Atlético, Tricolor segue perigoso
A volta do Bahia para o segundo tempo foi perfeita. Ligado, o time que já era melhor chegou chegando e merecia até mais que os três marcados.
Everaldo teve oportunidade cara a cara, Cauly teve finalização desviada pela defesa após tabelinha, Lucho tentou de fora antes de marcar e Jean Lucas também se aproximou.
O Galo poderia ter tido uma história diferente no jogo aos 11 minutos, quando perdia só por 1 a 0 e Palacios ficou na frente de Marcos Felipe. Só que o colombiano demorou demais para tomar uma conclusão e Juba brilhou com carrinho na medida.
Mesmo após a entrada dos titulares, como Scarpa e Bernard, só voltou a chegar em falta cobrada por Hulk, que exigiu boa defesa do goleiro tricolor.
Dois meses para sair da casa dos 30
A vitória Tricolor contra o Galo, além de garantir a sexta colocação dos baianos na tabela do Campeonato Brasileiro, marcou também a saída do time de Rogério Ceni da casa dos 30 pontos.
Desde a vitória maiúscula por 3 a 1, contra o Athletico-PR, na décima sexta rodada, na Ligga Arena, no longínquo 10 de julho, o tricolor precisou entrar em campo outras 10 vezes para somar, ao menos, 10 pontos.
Foram dois longos meses de espera e atuações ruins, onde amargou quatro derrotas (Cuiabá, Corinthians, Fluminense e Bragantino), três empates (Atlético-GO, Inter e Botafogo) e duas vitórias (Vitória e Grêmio).
Considerando que o Bahia somou 30 pontos nos três primeiros meses de Brasileirão, para somar mais 12, chegar aos 42 e sair da casa dos 30, o time precisou de outros dois meses.