Atuação constrangedora do Atlético-MG no Brasileiro coloca mais pressão em título das Copas
Time alternativo do Galo fez partida bizarra em Goiânia e não garantiu três pontos esperados, aumentando pressão por títulos
O Atlético-MG perdeu para o Atlético-GO por 1 a 0 nesta quarta-feira (6), pelo Campeonato Brasileiro. O Galo está focado na decisão da Copa do Brasil, mas mandou um time bom o suficiente para vencer o lanterna da liga nacional. O problema foi a postura constrangedora do time.
Mesmo com os reservas, era esperado uma vitória do Galo, já que o time que foi a campo tinha qualidade para vencer o Dragão, que já assumiu o rebaixamento, mesmo ainda não sendo matemático.
O problema é que a postura do Atlético foi constrangedora. O jogo todo pareceu um grande final de pelada com os amigos, em que ninguém quer estar em campo. O Dragão não merecia a vitória, mas o Galo merecia muito a derrota, e, no fim, o resultado foi o que o Alvinegro jogou para conseguir.
Constrangedor o primeiro tempo do Atlético. Ser o time reserva antes de uma decisão não justifica o que os atletas (não) estão fazendo em campo.
— Alecsander Heinrick (@alecshms) November 7, 2024
Os três pontos nesta quarta estavam na conta do Galo, mesmo com time reserva e fora de casa, por conta da fragilidade do adversário. Com a derrota, o Atlético se mantém com 41 pontos no Brasileirão e apenas na 10ª colocação, longe do G6 seu objetivo principal.
Com isso, o título em pelo menos uma das Copas que está na final, a do Brasil e a Libertadores, fica ainda mais importante, pois, se o Alvinegro não for campeão, corre sério risco de ficar de fora da próxima Libertadores, algo desastroso para o clube.
Jogadores do Atlético não aproveitam chance
A postura do Atlético, que tinha jogadores em campo com possibilidade de iniciarem a final de domingo, foi constrangedora. Uma falta de vontade não vista antes em nenhum dos jogos no qual o time alternativo foi utilizado.
Vargas foi substituído ainda no intervalo. Alisson variou, mas produziu bem menos do que quando entrou no Maracanã no último domingo. A falta de vontade desses atletas chamou atenção. Kardec e Palacios, que entraram, não contribuíram em nada.
O único jogador de linha que se salvou foi Bernard, que voltou a atuar após mais de um mês fora por uma lesão no joelho. O meia tocou pouco na bola por conta da má atuação geral do Galo, mas, quando teve a posse, criou bons lances. No segundo tempo, o físico pesou e seu desempenho caiu.
Zaracho, o mais cotado para ser titular no domingo contra o Flamengo, entrou no intervalo e fez uma partida discreta, sem brilho ou pontos negativos.
Paulo Vitor substituído no primeiro tempo
Gabriel Milito precisou mudar o Atlético ainda no primeiro tempo por conta de uma situação que não esperava. O jovem Paulo Vitor cometeu uma falta e foi amarelado com menos de cinco minutos de jogo.
Volante de marcação, ele se arriscou cometendo mais duas faltas passíveis de cartão amarelo. Por sorte, o juiz não aplicou a nova punição e o expulso.
Após a terceira falta de Paulo Vitor, Igor Rabello, capitão do Galo na noite, pediu a Gabriel Milito para tirar o volante por precaução. Aos 30 minutos da primeira etapa, Otávio entrou na vaga do jovem atleticano.
Paulo Vitor saiu visivelmente abatido de campo. No banco de reservas, demonstrou ainda mais seu semblante chateado e cobriu o rosto por alguns minutos tentando tampar seu choro de lamentação.
Estreia segura de Gabriel Delfim
Estreando profissionalmente, o goleiro Gabriel Delfim, cria da base do Atlético, foi um dos poucos que se destacou do lado Alvinegro.
No primeiro tempo, fez duas importantes defesas para manter o 0 a 0 no placar, sendo a segunda delas mais difícil. No segundo, basicamente não trabalhou em nenhum momento. No gol do Atlético-GO, que siau já nos acréscimos com Janderson invadindo a área após erro de passe de Fuchs, o goleiro pouco pôde fazer.
Delfim estreou, pois o titular, Everson, foi poupado, e o reserva, Matheus Mendes, foi liberado, por perder a mãe para o câncer nesta semana.