Athletico é letal e bate um Palmeiras desequilibrado, com Veiga em tarde terrível
Derrotado por 2 a 0, Palmeiras de Abel Ferreira foi uma bagunça em campo e no banco de reservas

No que deve ter sido a pior atuação sob o comando do técnico Abel Ferreira, e um dos piores da carreira de Raphael Veiga, o Palmeiras perdeu para o Athletico-PR por 2 a 0, na Arena Barueri, neste domingo (12).
Com o resultado, o Furacão vai a 13 pontos e reassume a ponta do Campeonato Brasileiro. Já o Palmeiras, com 8, está fora da zona de classificação para a Copa Libertadores.
Pablo e Gustavo Gómez, contra, construíram o placar para o time do técnico Cuca, que foi mais inteligente e soube controlar o jogo depois de quase sair atrás, no finzinho do 1º tempo, em pênalti desperdiçado por Veiga.
Desequilibrado técnica e emocionalmente, o Palmeiras levou sete cartões amarelo: quatro para jogadores — Mayke, Flaco López, Endrick e Raphael Veiga — e três para a comissão técnica: João Martins, Abel Ferreira e Vitor Castanheira, que levou também o vermelho.
Além do trio português, Mayke, Flaco e Endrick não vão para Criciúma, onde o Palmeiras pega o time da ccasa no domingo (19), às 11h. Andrey Lopes o Cebola, deve ser o comandante em Santa Catarina.
Começo equilibrado
O 1º tempo foi tão equilibrado, que tudo só foi acontecer nos acréscimos. Foi aos 46 que Endrick foi derrubado por Bento. Foi aos 49, que Veiga bateu e errou. E, aos 53, que o Athletico-PR abriu o placar com falta cobrada por Pablo.
O Athletico-PR chegou mais vezes. Weverton teve de fazer boas defesas aos 9 e aos 25, em chutes de Zapelli. Aos 41, o atacante não alcançou bom cruzamento de Nikão, e a bola cruzou toda a pequena área do Palmeiras.
O Palmeiras também chegou, é verdade. Sempre com a participação de Endrick e Estêvão. O ponta quase sempre levava vantagem nas disputas. Endrick, arrancando, deixou Gamarra deitado, aos 30.
As duas melhores chances do time foram de Rony. Aos 45, Zé Rafael roubou de Fernandinho e acionou Rony. Cara a cara com Bento, o atacante bateu em cima do arqueiro.
Aos 46, de novo o camisa 10 saiu cara a cara com o goleiro da seleção. Mas, dessa vez, ele conseguiu pegar o rebote e tocar para Endrick, que foi derrubado pelo goleiro do Athletico. Na cobrança, Veiga desperdiçou. E, quatro minutos depois, o time do técnico Cuca faria 1 a 0.
Vale frisar que a falta que originou o gol do Furacão saiu de uma falta infantil de Endrick na entrada da área do Palmeiras. Que valeu a ele o terceiro amarelo e a suspensão.
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Jogo acabou antes dos 15 da etapa final
Antes dos 15 minutos, o jogo já tinha ido para o buraco para o Verdão. Aos 8, Nikão bateu de fora da área e Weverton teve de fazer excelente defesa. E, aos 13, Gustavo Gómez fez contra, após cruzamento de Cuello.
Abel, que já estava com um time kamikaze, foi além e ficou apenas com Gustavo Gómez em campo como zagueiro. Já para atacar, desde os 20, ele tinha Endrick, Luis Guilherme, Flaco López, Lázaro e Veiga.
Aos 21, pareceu que o Palmeiras poderia ter sua chance no jogo mudada. Após empurrar Endrick, Esquivel levou o segundo amarelo e foi expulso. Mas não.
Aos 28, num lance em que Erick estava sozinho na esquerda, após passe de Fernandinho, o Athletico-PR fez o terceiro, com Cannobio, de cabeça. O VAR, porém, anulou por impedimento.
O VAR, aliás, seria personagem marcante do jogo. Aos 31, por exemplo, Veiga foi expulso direto por carrinho em Fernandinho, mas acabou mantido em campo por decisão do VAR. O juiz suspendeu o vermelho e o transformou em amarelo. E o jogador do Athletico também foi amarelado.
Apesar de não ter sido expulso, Veiga era um a menos. Até por isso, Abel colocou Rômulo em campo, para ter algum tipo articulação de jogada, aos 36. Em vão.