Brasileirão Série A

Brasileirão conhece 1º rebaixado: América-MG leva baile do Coritiba e confirma sétima queda

A queda do América-MG foi garantida após a derrota para o Coritiba nesta quarta-feira (8) por 3 x 0 em plena Arena Independência

A 33ª rodada do Campeonato Brasileiro confirmou matematicamente o sétimo rebaixamento para segunda divisão da história do América-MG. A queda foi garantida após a derrota para o Coritiba nesta quarta-feira (8) por 3 x 0 em plena Arena Independência. Dois gols do Coxa vieram na etapa inicial, marcados por Bruno Gomes e Marcelino Moreno, e Robson deu números finais no segundo tempo.

O Coelho soma apenas 21 pontos e, mesmo que vencesse as cinco rodadas finais do Brasileirão, só poderia chegar no máximo a 36, um a menos que Vasco e Santos, os primeiros times fora do Z4. Ainda com pequenas chances, o Coxa tem 26 de pontuação e só um milagre salva a equipe do sétimo rebaixamento para Série B.

Mortal no contra-ataque, Coritiba faz dois no América em 35 minutos

Taticamente, o América ficava basicamente em um 4-1-4-1, recompondo no 4-4-2. No ataque, Gonzalo Mastrini era a referência, municiado por Martín Benítez, Emmanuel Martínez e os meias pelo lado (que flutuavam para dentro no momento ofensivo), Felipe Azevedo (esquerda) e Juninho (direita).

O Coxa de Thiago Kosloski (suspenso, substituído por Reginaldo Nascimento) mantinha o 4-1-4-1 que marca este trabalho, com Andrey como o primeiro volante, atrás dos meias Sebastian Gomes e Bruno Gomes, ambos de muita infiltração dentro da área adversária. Pela direita, Robson era um forte escape do Coritiba, enquanto Marcelino Moreno, teoricamente o ponta da esquerda, ficava mais por dentro, movimento para abrir o corredor para o lateral-esquerdo Victor Luis.

Apesar do duelo dos dois piores sistemas defensivos do Brasileirão, os minutos iniciais foram de poucas chances. Em 15 minutos, apenas o goleiro Gabriel Vasconcelos havia trabalhado, em chute de Marlon no meio do gol.

A partida era pouco movimentada, de posse de bola praticamente idêntica, mas se pudesse apontar para um time melhor, era o Coxa. A equipe visitante era mais incisiva e conseguiu transformar sua leve superioridade em gol aos 22 minutos. Em jogada rápida pela direita, Robson teve todo espaço do mundo para cruzar, a bola desviou em Sebastian e Bruno Gomes apareceu na segunda trave para testar às redes.

Após o gol, naturalmente, o América passou a ter mais a bola, enquanto o adversário baixava as linhas. Nesse momento de poucos espaços, Benítez, por ser o mais técnico, era quem mais recebia a bola, mas nem ele conseguia encontrar lacuna na retranca. O Coxa, por outro lado, quando tinha a oportunidade de colocar em velocidade, fazia e incomodava. Um contra-ataque mortal ampliou a vantagem do Coritiba. Lançamento de Natanael para Slimani, que cabeceou para Marcelino Moreno dominar e bater cruzado, sem chances para o goleiro Jori.

Os ataques do Coelho eram previsíveis. Sem nenhum jogador com característica de drible para furar o bloqueio e sobrecarregando Benítez, os cruzamentos, normalmente errados, foram algumas das tentativas falhadas do mandante nesse momento de dois gols de desvantagem no placar.

Gabriel Vasconcelos só voltou a trabalhar com mais de 40 minutos – e em uma “finalização” sem querer do América. Juninho recebeu na esquerda do ataque, próximo à lateral, e mandou um balão para área. A bola tomou o rumo da meta do Coxa e o goleiro teve que afastar para escanteio.

Na sequência, em sobra de bola parada, Bruno Gomes quase fez o terceiro bater de primeira, só que a bola subiu demais. Essa foi a última chance da etapa inicial, que finalizou aos 47 minutos.

América até melhora com trocas no intervalo, mas sofre o terceiro e sucumbe

Justamente para suprir a carência de velocidade e drible no primeiro tempo, Fabian Bustos colocou já no intervalo Everaldo na vaga de Benítez e Adyson em Breno Cascardo, enquanto trocou lateral por lateral na direita: Mateus Henrique por Daniel Borges. Com essas trocas, Martínez se firmou como primeiro volante, tendo a frente Martínez e Felipe Azevedo.

Com mais poderio nos lados do campo, o América teve boa chance com menos de cinco minutos. Cruzamento da esquerda chegou em Juninho, que sozinho cabeceou mal. As mudanças foram essenciais para essa melhora dos mandantes, mas não conseguiu aproveitar esse bom momento.

O Coritiba enfim acordou aos 18. Boa jogada por dentro, Marcelino Moreno cavou e Robson ia ficar de frente para Jori, mas dominou errado e o zagueiro Ricardo Silva fez corte essencial. No escanteio, o goleiro do Coelho afastou o perigo com um soco na bola.

Vendo a dificuldade do Coxa nos minutos anteriores, Reginaldo Nascimento fez mudanças simples, apenas para dar um fôlego ao visitante. Slimani saiu e o atacante Diogo Oliveira entrou, e o lateral-esquerdo Jamerson substituiu Victor Luis. Mostrando a força ofensiva já na primeira jogada, o ala recebeu na entrada da área e bateu no meio do gol de Gabriel. Logo na sequência, o Coritiba cravou o terceiro com Robson. Dessa vez pela direita, Natanael tocou para o atacante tentar uma vez, ser travado, e fazer na segunda tentativa.

Após o gol, Bustos efetuou as duas últimas mudanças do América: Wellington Paulista em Azevedo e Marcinho na vaga de Marlon Lopes. Com isso, Daniel Borges, antes lateral pela direita, foi para esquerda. O experiente Wellington se moveu para uma dupla de ataque com Mastriani. O Coxa respondeu com Matheus Bianqui no lugar de Sebastian Gomes.

Presença de área, Wellington Paulista mostrou o ótimo posicionamento e inteligência na área ao cabecear cruzamento da direita antecipando a defesa adversária. O Coritiba respondeu pouco depois. Contra-ataque puxado por dentro, Robson deixou Diogo Oliveira na cara de Jori, mas o atacante foi contestado na hora do chute e a bola tomou a direção da linha de fundo.

A partir de meia hora, o jogo praticamente acabou. Sem fôlego, ambos os lados não criaram mais. Após dois de acréscimos, o América confirmou o sétimo rebaixamento da história.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius é nascido e criado em São Paulo e jornalista formado pela Universidade Paulista (UNIP). Escreveu sobre futebol nacional e internacional no Yahoo e na Premier League Brasil, além de esports no The Clutch. Como assessor de imprensa, atuou no setor público e privado.
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