Brasil

Relembre deslize da juventude que Cacá comentou em apresentação no Corinthians

Zagueiro Cacá carrega fama negativa por envolvimento com drogas em 2019; veja os clubes por onde o jogador passou

Alguns jogadores têm as carreiras marcadas por erros cometidos fora das quatro linhas. O zagueiro Cacá, apresentado oficialmente ao Corinthians na última sexta-feira (8), carrega consigo uma fama um tanto negativa por conta de um “deslize” — como ele se refere ao episódio — da época de juventude. E em sua primeira coletiva pelo Timão, o defensor não conseguiu fugir do assunto sobre o seu passado.

— Acho que deslize todo mundo tem na vida. Eu tive os meus e aconteceu. Não sei, pode ser que tenha atrapalhado um pouco, mas era jovem e agora procurei melhorar, focar no futebol e se hoje estou aqui é porque fiz por merecer. Uma grande oportunidade, quem não queria jogar no Corinthians? Minha oportunidade chegou e agora é fazer história — afirmou Cacá, hoje com 24 anos, ao ser questionado se havia cometido erros que poderiam interferir na carreira.

A história em questão aconteceu janeiro em 2019, quando Cacá ainda jogava pelo Cruzeiro. Na época, fazia menos de um ano que ele tinha ido de destaque das categorias de base à peça relevante do elenco profissional do time celeste.

Por volta de 1h30 da madrugada do dia 13, o veículo do jogador foi abordado pela Polícia Militar próximo à orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. Os policiais efetuaram a revista de segurança no atleta e encontraram oito buchas de maconha e dois cigarros prontos da mesma substância. Ele foi detido pelo porte ilegal de drogas, mas liberado pouco tempo depois.

À época, a diretoria da Raposa tratou o assunto de forma interna, multou o atleta, e uma temporada depois o negociou com o Tokushima Vortis, do Japão.

Passagem pelo Japão e trajetória antes do Corinthians

Cacá foi formado nas categorias de base do Cruzeiro e ganhou destaque ao integrar a equipe sub-20. Com o empréstimo de Manoel ao Corinthians, em 2019, o jovem zagueiro ganhou mais chances com o então técnico da Raposa, Mano Menezes. O defensor chegou a ter alguma regularidade no time mineiro naquele ano, mas foi somente em 2020 que se tornou titular.

Na temporada seguinte, Cacá foi vendido ao Tokushima, clube japonês pelo qual atuou por pouco mais de duas temporadas. Segundo o defensor, o período em que passou pela Ásia foi o mais rico em amadurecimento pessoal.

— Japonês é muita correria. Me ajudou muito como ser humano. Quem visitou ou passou pelo Japão sente a mudança como ser humano – relembrou o jogador.

Já na janela de transferências do meio do ano passado, ele foi emprestado ao Athletico Paranaense. No retorno ao futebol brasileiro, ele voltou a ter que brigar pela posição e se destacou na titularidade do Furacão, chamando a atenção da concorrência. Porém, em 2024, foi sacado da equipe para dar lugar ao paraguaio Mateo Gamarra, alto investimento do Athletico, que é titular absoluto nesta temporada.

— Tive o prazer de vestir a camisa do Athletico, acho que fiz bons jogos lá. O Athletico preferiu o Gamarra, entendo e sou um atleta. Quero fazer história por onde passo, eles não me escolheram, mas o Corinthians me escolheu e estou aqui para fazer história – afirmou.

Foto de Livia Camillo

Livia CamilloSetorista

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário FIAM-FAAM, escreve sobre futebol há cinco anos e também fala sobre games e cultura pop por aí. Antes, passou por Terra, UOL, Riot Games Brasil e por agências de assessoria de imprensa e criação de conteúdo online.
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