Ações contra o Santos na Fifa se aproximam a R$ 50 milhões
Peixe tem sido alvo de processos por conta de dívidas com clubes e profissionais
Penúltimo colocado no Campeonato Brasileiro, o Santos só tem oferecido dor de cabeça e preocupação ao seu torcedor nesta volta à Série A. O analgésico que pode amenizar esses sintomas na torcida é a chegada de reforços na próxima janela de transferências, que abre em junho e fecha em setembro deste ano.
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— Santos FC (@SantosFC) May 13, 2025
Ocorre que o Peixe tem desgastado consideravelmente a sua imagem na Fifa, nas últimas semanas, por conta de dívidas com clubes e diferentes profissionais. Em razão disso, corre sério risco de ser proibido de registrar novos jogadores pela entidade.
Se colocarmos na ponta do lápis todas as pendências financeiras que o Santos tem atualmente na Fifa, a dívida chega a R$ 43,7 milhões. Esse valor, no entanto, pode subir para R$ 46,5 milhões se o Alvinegro não honrar mais um dos seus compromissos.
Quem cobra o Santos na Fifa?
Do final de abril pra cá, o Santos viu o técnico Pedro Caixinha e seus auxiliares recorrerem à entidade cobrando R$ 15 milhões pela rescisão contratual, no dia 14 de abril. Essa ação, porém, ainda não tem data prevista para ser julgada.
Em contrapartida, na última sexta-feira (9) a Fifa condenou o Peixe a pagar o equivalente a R$ 16 milhões ao Arouca, de Portugal, que vendeu o zagueiro João Basso ao Santos, em 2023, mas não recebeu o valor combinado pelo negócio.
Na ocasião, a Trivela conversou com dirigentes portugueses e os mesmos deixaram claro que, por conta do atraso nos pagamentos, não têm qualquer interesse em parcelar a quantia a partir de agora.
Já no sábado (10), o UOL informou que a Fifa havia condenado o Santos a depositar R$ 12,7 milhões ao Monaco, da França, pelo não pagamento de uma das parcelas referentes à aquisição do meio-campista Jean Lucas, também em 2023.
A soma desses três processos já representam os R$ 43,7 milhões.
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Santos pode ser acionado na Fifa por Jair
Esses R$ 43,7 milhões podem receber um acréscimo, caso o Santos não repasse urgentemente o percentual da primeira prestação da venda de Jair ao próprio zagueiro.
De acordo com o apurado pela Trivela, o defensor, que foi revelado pelo Santos, mas negociado com o Botafogo no começo deste ano, tem direito a receber 20% do valor total do negócio, que foi sacramentado por 15 milhões de dólares (quase R$ 85 milhões).
Como a transação foi definida por meio de pagamentos parcelados, o Peixe tem que repassar um percentual a Jair assim que receber as respectivas prestações.
Ainda conforme as informações obtidas pela Trivela, na assinatura de contrato de Jair com o Botafogo, o Santos recebeu a primeira parcela do clube carioca no valor de 2,5 milhões de dólares (cerca de R$ 14 milhões).
Baseado no acordo, o Peixe deveria ter repassado imediatamente 500 mil dólares (R$ 2,8 milhões na cotação do dia) ao jogador. Como isso não ocorreu, o atleta, auxiliado por um escritório jurídico, tem uma ação pronta para encaminhar à Fifa.
Santos busca soluções para os casos
Em entrevista coletiva após o empate por 0 a 0 com o Ceará, nesta segunda-feira (12), no Allianz Parque, o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, afirmou que têm buscado soluções para “equacionar as dívidas”.
— Os transfer ban, se formos analisá-los, veremos que são inerentes às gestões anteriores. Não estou aqui para fazer análises disso, mas sim do trabalho da atual diretoria. Se foi ontem, anteontem ou 10 anos atrás, não importa. Assumimos sabendo da responsabilidade de equacionar dívidas. Pagamos R$ 130 milhões no ano passado. Evitamos outros três transfer ban por meio de acordos. Estamos, mais uma vez, obtendo recurso da Fifa para conseguir acordo do Basso junto ao Arouca — iniciou o mandatário.
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— Estamos na possibilidade desses acordos serem revertidos para o Santos encontrar equilíbrio financeiro. A gestão é profissional. Se não fosse, o Santos não alcançaria os resultados desde 2024. Esses resultados foram alcançados pela credibilidade da gestão. Tanto que saímos da Série B, hoje alcançamos um outro nível e continuaremos trabalhando — completou Teixeira.
Ainda conforme as palavras do presidente, o Santos não descarta negociar atletas que estão no clube para obter parte ou a totalidade dos recursos necessários visando o pagamento de todas pendências.
