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Sul-Americana: Entre a chance de brilhar no continente e o objetivo no Brasileiro

Já são três anos sem um título continental sequer aos clubes brasileiros. A campanha na Libertadores 2016 decepcionou, de uma maneira geral. Mas uma nova chance surge a partir desta quarta-feira, com os 16-avos de final da Copa Sul-Americana, a etapa inicial para as equipes do país. Eliminado precocemente na Copa do Brasil e disputando um lugar no G-4 do Brasileiro, o Flamengo desponta como principal força. Enquanto isso, a maioria dos demais brasileiros está em uma posição desconfortável no campeonato nacional. Hora de medir prioridades, entre a permanência na elite e a história fora do país.

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Adversário do Figueirense neste primeiro momento, o Flamengo possui elenco até para rotacionar na competição continental, se quiser. Tem condições, porém, de se manter com força máxima nas duas frentes. Afinal, a Sul-Americana não deixa de também ser um caminho para a Libertadores. E, mais do que isso, oferece uma glória continental aos rubro-negros dentro de um jejum que já dura 17 anos, desde a Copa Mercosul de 1999. Se a queda para o Fortaleza decepcionou, é hora de perceber também a oportunidade que acabou se criando do tropeço.

Figueirense, Vitória e Coritiba surgem como franco-atiradores. A ameaça do Z-4 no Brasileirão é clara. Assim, a Copa Sul-Americana serve mais como um acréscimo à temporada. Poupar pode ser necessário, mas esta decisão parece mais condicionada a quão longe eles poderão chegar. Um exemplo claro é o da Ponte Preta em 2013, quando ficou a um triz do título contra o Lanús, mas terminou descendo à Série B.

Nem tão mal na tabela do Brasileiro, embora não possa se descuidar, a Chapecoense tenta repetir o sucesso da última edição. E o primeiro passo será o mais simples: seu desafio inicial é o Cuiabá, campeão da Copa Verde de 2015, que corre o risco de rebaixamento na Série C. Os mato-grossenses vislumbram um lampejo da história. Algo que permite a Chape a sonhar um pouco mais, mesmo que o elenco esteja enfraquecido em relação a 2015.

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Por fim, o duelo que vale como um campeonato à parte: Sport x Santa Cruz, no primeiro clássico internacional dos rivais pernambucanos. A situação na Série A é péssima para os tricolores, enquanto os rubro-negros permanecem de sobreaviso. Por conta disso, os dois treinadores devem realizar mudanças nas equipes. Mesmo assim, o valor da Sul-Americana para o orgulho de ambos é imensurável. No ano do centenário do clássico, os dois jogos valem também pelo Troféu Givanildo Oliveira, que será entregue a quem somar mais pontos nos confrontos diretos em 2016. Além disso, outro fator especial é a realização dos encontros na Arena Pernambuco, primeira vez em 33 anos que o dérbi acontece fora do Arruda ou da Ilha do Retiro.

Já entre os concorrentes, a atenção maior se deve aos colombianos. O Atlético Nacional tenta emendar os títulos continentais, após faturar a Copa Libertadores, mas perdeu alguns de seus protagonistas. Independiente Santa Fe, Junior de Barranquilla e Independiente Medellín são outros fortes representantes do país. Na Argentina, destaque principalmente para o campeão nacional Lanús, que pega o Independiente, além de Estudiantes e San Lorenzo (que, todavia, começou perdendo para o Banfield). No mais, também despontam Emelec e Cerro Porteño.

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Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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