O melhor time sagrou-se campeão: Atlético Nacional leva o bi da Libertadores
Aconteceu algumas vezes. Duas desde que Juan Carlos Osório deixou sua marca no Atlético Nacional. O time colombiano encantava na fase de grupos, mas fraquejava na hora H. Caiu nas quartas em 2014 e nas oitavas no ano seguinte. Agora, porém, não teve jeito: o melhor time da Libertadores levou a taça para casa. Com uma vitória por 1 a 0, em casa, na noite desta quarta-feira, o Atlético Nacional sagrou-se campeão sul-americano.
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Foi o segundo título do clube colombiano, repetindo o feito de 1989. Agora, sem controvérsias, sem papo de cartel de drogas. Com um trabalho de longo prazo, os frutos foram colhidos. Reinaldo Rueda soube dar sequência ao que estava sendo feito e, com vários jogadores talentosos à disposição, como Mejía, Moreno e Miguel Borja, com a experiência de Macnelly Torres, eliminou o Rosário Central nas quartas de final, o tricampeão São Paulo nas semifinais e venceu o bravo Independiente del Valle, na grande decisão, jogando muito melhor que o adversário, por mais que o placar tenha sido enxuto.
O primeiro jogo, no Equador, foi sobre controle. O Atlético Nacional tocou a bola sem pressa, fez um gol e sairia com a vitória, não fosse a resiliência do Del Valle, que conseguiu empatar no final. O segundo, na Colômbia, foi sobre volume. Os donos da casa criaram chances atrás de chances atrás de chances e só venceram por 1 a 0 porque a qualidade que demonstraram ao longo da competição não esteve presente nas finalizações executadas no estádio Atanasio Girardot.
Com a pausa para a Copa América do Centenário, o Atlético Nacional deu uma mexida no seu elenco e trouxe jogadores que começaram suas carreiras pelo clube já no mata-mata da Libertadores. Um deles caiu como uma luva. Miguel Borja fez todos os gols do seu time na vitória agregada por 4 a 1 na semifinal contra o São Paulo. E também foi dele aquele que pode ser chamado de o gol do bicampeonato: depois de perder uma chance clara na primeira ação do jogo, Borja pegou o rebote da trave, em uma bola alçada na área, e encheu o pé para abrir o placar.
Isso foi aos 9 minutos do primeiro tempo. Havia mais de 80 para serem disputados, mas o vencedor poucas vezes esteve em dúvida, exceto para quem acredita que gols desperdiçados merecem ser castigados. Porque o Atlético Nacional jogou fora quase uma dezena de boas chances de matar a partida. Teve, logo em seguida ao primeiro gol, uma furada de Moreno na marca do pênalti; um chute cruzado perigoso de Mejía; duas oportunidades com Borja, uma para fora, outra que parou nas mãos do bom goleiro Azcona; uma cabeçada de Moreno, em lançamento de Torres, que passou rente à trave.
A prorrogação só pareceu próxima na grande chance do Del Valle no jogo, quando Bryan Cabezas deu um belo passe para Angulo ficar cara a cara com Franco Armani, ainda no primeiro tempo. Angulo bateu de primeira, mas muito forte. A bola passou por cima do travessão. Os equatorianos também reclamam pênalti neste lance, de Henríquez em cima de Uchuari:
Você marcaria ou não esse pênalti? O árbitro da partida Nacional x Del Valle não marcou. #LibertadoresFOXSportshttps://t.co/GErFt5jVwn
— FOX Sports Brasil (@FoxSports_br) July 28, 2016
O Atlético Nacional manteve a tensão até o minuto final, sem conseguir matar a partida, enfileirando chutes para fora ou para defesas de Azcona. Até que o árbitro colocou ponto final no suspense: com duas partidas superiores ao Independiente del Valle na final, os colombianos venceram a final por 2 a 1 e são os novos campeões da Libertadores.