É vantagem? Com Rosario Central punido, Atlético-MG terá estádio vazio pela frente
Gigante de Arroyito, casa do Rosario Central, não poderá receber os torcedores para o jogo contra o Atlético nesta terça-feira
O Atlético-MG se prepara para mais uma partida de Copa Libertadores nesta terça-feira (7). O Galo vai a Argentina encarar o Rosario Central, que não terá ao seu lado a sua imponente torcida, punida após incidentes na estreia da competição. Para o elenco atleticano e o técnico Gabriel Milito, não enfrentar torcedores rivais não necessariamente é uma vantagem.
O Rosario Central, assim como grande parte dos times argentinos, tem uma torcida bem ativa, que faz diferença em vários jogos, empurrando o time rumo a vitórias. Mas, esses mesmos torcedores, causaram uma grande confusão na estreia do clube na Libertadores, contra o Peñarol. Ao fim do jogo, um torcedor atirou um pedaço de pedra em direção ao campo, atingindo o rosto do lateral Maxi Oliveira, do time uruguaio que, assim como seus companheiros, estava aplaudindo seus próprios torcedores.
Maxi sofreu um corte e ficou com o rosto todo ensanguentado, precisando sair do campo direto para o hospital. Diante desse cenário, a Conmebol puniu o Rosario com o jogo seguinte pela competição, este contra o Galo, acontecendo com portões fechados, além de uma multa de 50 mil euros a ser paga.
Punição é vantagem para o Atlético?
Não precisar sofrer a pressão da torcida do Rosario Central é um ponto importante para o Atlético. Mas, para o técnico Gabriel Milito, que é argentino, jogou e treinou clubes contra o adversário desta terça, chega um momento do jogo que o torcedor não faz mais tanta diferença em campo, e sim a tática do clube e a qualidade dos jogadores.
— Se é vantagem (jogar com portões fechados) só iremos saber quando começar o jogo. Joguei como jogador e treinei times que foram até Rosario e, quando esse estádio está cheio, você sente, muito. Mas é um jogo de 11×11, e a partir de um momento, os torcedores já não “jogam”. Se você atua com segurança e com as ideias de claras de como jogar, teremos opções. Respeitamos os rivais e sabemos que são uma equipe muito forte — destacou Milito, que espera um jogo parelho como foi na Arena MRV, do qual o Galo saiu vencedor.
Não considero vantagem ou não jogar com ou sem público — Gabriel Milito.
??? En Arroyito siempre hay fiesta y hay carnaval pic.twitter.com/KgPoPM5Y8N
— Rosario Central (@RosarioCentral) February 18, 2024
Já entre os jogadores, o capitão Hulk destacou que prefere jogar com torcida, mesmo fora de casa e destacou a concentração necessária em jogos do tipo: “Eu gosto de jogar com torcida, mesmo que seja do adversário. A atmosfera é melhor. Enfim, concentração tem que estar a mil para a gente fazer um grande jogo e voltar com os três pontos”.
Concentração, inclusive, foi um tema levantado em 2023, quando o Atlético iniciou a Libertadores na fase preliminar da competição contra o Carabobo, da Venezuela. No jogo em solo venezuelano, o estádio estava praticamente vazio, e o Galo fez um jogo fraco. Na saída de campo, Edenilson destacou que: “O estádio vazio, às vezes, dá a sensação que é um jogo que não vale”. Ou seja, jogar sem pressão ou apoio, pode fazer diferença na concentração dos atletas em campo, que podem se desligar em algum momento.
Diferente do Galo, Rosario não vive boa fase
Enquanto o Atlético está invicto a 11 jogos sob o comando de Gabriel Milito, o Rosario Central não vive boa fase. O time argentino não passou da primeira fase da Copa da Liga Argentina, torneio que eles venceram em 2023 e amarga quatro jogos sem vencer, um deles, para o próprio Galo. A última vitória foi na estreia da Libertadores, contra o Peñarol.
O time argentino, no entanto, chega mais descansado para o jogo desta terça. Enquanto o Galo fez sete jogos desde que encarou o Rosario, os argentinos só entraram em campo três vezes. A última há duas semanas, no empate com o Caracas também pela Libertadores.