Libertadores

Poucos gols são tão chorados quanto o que garantiu o Defensor na próxima fase da Libertadores

Depois da classificação milagrosa do Deportivo La Guaira, o fim da primeira fase preliminar da Libertadores confirmou favoritismos. O Delfín, que havia aberto uma excelente vantagem contra o Nacional de Assunção, voltou a triunfar no Paraguai. Os equatorianos venceram por 2 a 1 e passaram à etapa seguinte sem sobressaltos. Enquanto isso, o Defensor ratificou a vantagem estabelecida na Bolívia, quando bateu o Bolívar e registrou a primeira vitória desde 1988 de um clube uruguaio no território boliviano pela Libertadores. O problema é que a volta em Montevidéu esteve distante da tranquilidade que se sugeria. Os violetas até passaram, mas só depois de um susto imenso. A derrota por 3 a 2, ainda assim, serviu aos interesses dos uruguaios.

A vitória por 4 a 2 no Hernando Siles praticamente antecipava a classificação do Defensor. E a situação parecia ainda melhor no Estádio Luis Franzini, quando Martín Rabuñal abriu o placar. O problema veio no final do primeiro tempo. O Bolívar marcou três gols em menos de 15 minutos. Adrián Jusino, Juan Carlos Arce e Thomaz Santos comandaram a reação dos celestes, que a partir de então precisavam de apenas um gol para avançar. O segundo tempo seguiu tenso, embora os bolivianos tenham diminuído o ímpeto. O alívio dos violetas só se garantiu nos acréscimos. Um gol completamente chorado de Gonzalo Nápoli, em sequência inacreditável da defesa adversária, confirmou a classificação dos uruguaios.

Mais cedo, no Defensores del Chaco, o Nacional até sonhou. Juan Vieyra abriu o placar aos dois minutos e deixou o time a dois gols de forçar os pênaltis contra o Delfín. Só que os tricolores tomaram a virada nos cinco minutos finais do primeiro tempo e não reagiram mais. Roberto Ordóñes e Carlos Garcés confirmaram a passagem dos equatorianos à próxima etapa, com 5 a 1 no agregado.

O Defensor fará outro jogo de peso na segunda fase preliminar, encarando o Barcelona de Guayaquil. Quem passar pegará ou Atlético Mineiro ou Danubio. Já o Delfín será o adversário do Caracas. O vencedor do duelo cruzará com quem sobreviver entre Melgar e Universidad de Chile. Por fim, o Deportivo de La Guaira pega o Atlético Nacional, em cruzamento posterior com o melhor de The Strongest x Libertad.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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