Libertadores

Palmeiras ‘irrita’ por regularidade em esquema impossível de se ler

A regularidade do Palmeiras, nas vitórias e nas derrotas, é irritante. Quando vai mal, é porque insistiu em cruzamentos e teve pouca eficácia para concluir. Quando vai bem, como na tranquila vitória sobre o Bolívar (2 a 0), as razões também costumam ser normalmente as mesmas.

Variação de jogadas, troca de passes, uso preciso da marcação sob pressão e bom aproveitamento de um elenco muito equilibrado. A ponto de o time ter abdicado de Gustavo Gómez, Estêvão e Paulinho, poupados, sem isso afetar a qualidade do seu jogo.

Maurício começou o jogo no ataque, e Murilo fez dupla com Bruno Fuchs. Os dois substitutos foram úteis. O zagueiro completou cruzamento de Piquerez, aos 6 do 1º tempo, para fazer 1 a 0. O meia-atacante fez a assistência para Facundo Torres abrir 2 a 0, aos 12.

Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, em jogo da Libertadores (Foto: Imago)
Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, em jogo da Libertadores (Foto: Imago)

Qual o esquema do Palmeiras, afinal?

As muitas trocas de Abel Ferreira antes e durante os jogos consagraram a espécie de 4-2-4 que o técnico leva a campo. É importante ressaltar o termo “espécie”. Porque, na realidade, é difícil encaixar as formações do time, ofensiva e defensivamente, em uma das numerações clássicas.

Ríos e Martínez, os dois volantes, atacam carregando e infiltrando, por exemplo. Momentos em que os zagueiros vão se posicionar como volantes de criação no campo ofensivo. Os laterais aparecem no corredor externo e como pontas de chegada ao fundo. Meias e atacantes defendem marcando na entrada da área.

Como Abel gosta de dizer, seu objetivo é criar sempre superioridade numérica. Para tanto, é necessário que todos os jogadores desempenhem bens múltiplas funções. E, isso, Abel Ferreira tem com sobras.

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Precificação errada, público ruim

Depois da bem-sucedida experiência com ingressos populares na Arena Barueri, no clássico com o São Paulo (1 a 0), foi uma ducha de água fria, o baixo público nesta quarta-feira.

Com ingressos de até R$ 420, apenas 28.381 torcedores estiveram no Allianz Parque. A renda de 2.358.169,80 foi alta, comprovando que o ticket médio realmente está alto demais.

Se cheio, o Allianz já não é o caldeirão de outros tempos, não seria esvaziado e com o time já classificado que a casa do Alviverde vibraria. Uma pena. O bom futebol que o time jogou merecia ter sido visto por mais torcedores.

Que teria sido melhor se o árbitro não tivesse parado o jogo incessantemente na segunda etapa. Os mais de dez minutos de paralisação, parcamente compensados com os nove acrescidos, só servem na matemática. Porque, na prática, tanta bola parada esfriou o time, que passou a jogar em ritmo de treino – e mesmo assim, criar chances. O Bolivar jogou nocauteado.

Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
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