Libertadores

Milito cita vitória merecida do Atlético-MG, que não mudaria com torcida do Rosario

Atlético venceu o Rosario, com autoridade, no vazio Gigante de Arroyito, mas o jogo não seria muito diferente com torcedores

O Atlético-MG venceu o Rosario Central por 1 a 0 nesta terça-feira (7), na Argentina, e se tornou o primeiro time a garantir vaga nas oitavas da Libertadores. O Galo encarou os argentinos em um estádio completamente vazio, já que a torcida estava punida por incidentes na primeira rodada da competição. Diante desse cenário, o Alvinegro teve um domínio e controle impressionante do jogo, que Milito entende que não seria muito diferente se os torcedores Canallas estivessem nas arquibancadas.

O Atlético teve incríveis 75% de posse de bola, finalizando 16 vezes, sendo seis no gol e uma no travessão, além de trocar mais que o triplo de passes do Rosario (229×706). Os números refletem bem a superioridade e o domínio que o Galo teve do jogo, e isso se deu muito, pois o time de Milito soube anular os pontos fortes do rival, como ele mesmo explicou.

— O Rosario é um time que ataca e defende muito bem, e é muito difícil controlar os contra-ataques deles. Sabíamos que era melhor ter a bola e defender um pouco mais atrás, tirando o espaço grande de Campaz e Malcorra. E também teríamos que ter muita segurança na circulação da bola — destacou Milito.

Para o treinador, o Galo até sofreu algumas perdas de posse que poderiam gerar perigo, mas a defesa e os volantes fizeram um grande trabalho para evitar que isso se tornasse uma situação real de gol.

A vitória foi merecida, pelas oportunidades de gol que criamos. Tivemos um bom controle do jogo — Gabriel Milito.

Falta da torcida fez a diferença para o Atlético?

Com o Rosario punido, muitos podem dizer que toda essa superioridade do Atlético aconteceu por conta do adversário não ter sua torcida para empurrá-lo e pressionar o Galo. No entanto, Gabriel Milito deu a entender que o jogo atleticano não mudaria se as arquibancadas estivessem cheias.

— É um campo com um ambiente maravilhoso. Já estive aqui como jogador e como treinador e eles fazem você sentir. Hoje foi nessas condições (sem torcida). Entendo a importância da torcida, mas, com ou sem eles, os jogadores que tenho tem muita categoria e já jogaram em grandes estádios e com situações adversas. Estão acostumados. Mas não sei se o resultado ou a partida seria diferente. — afirmou o técnico argentino.

Gabriel Milito tem razão quando dá a entender que o jogo talvez não fosse muito diferente com a torcida do Rosario, já que o Atlético, desde a chegada dele, buscou dominar os adversários e controlar as partidas, seja dentro ou fora de casa. Ou seja, em outras ocasiões, o Galo encarou estádios lotados e torcidas calorosas, mas mesmo assim fez o seu jogo. Não à toa, o time está invicto desde a chegada do argentino.

Atlético está classificado e 100%, mas quer mais

Com a vaga garantida para as oitavas da Libertadores, o Atlético ainda tem mais dois jogos para realizar na fase de grupos da competição. Na próxima terça, visita o Peñarol no Uruguai e, no dia 28, finaliza a caminhada contra o Caracas, na Arena MRV. Apesar da classificação garantida e o primeiro, praticamente, também, Milito quer mais do Galo.

— Sempre jogamos com intenção de ganhar. A verdade é que tivemos a oportunidade de vencer as quatro partidas e assim fizemos. Mas isso não acaba por aqui, temos que seguir. É um bom início, mas não terminou — destacou.

O Atlético busca a melhor campanha da fase de grupos da Libertadores, o que garante que ele decidirá todos os confrontos, até as semifinais, como mandante. É algo que pode fazer a diferença, como fez em 2013, quando o clube conseguiu esse feito e terminou levantando a taça da competição no Mineirão.

Foto de Alecsander Heinrick

Alecsander HeinrickSetorista

Jornalista pela PUC-MG, passou por Esporte News Mundo e Hoje em Dia, antes de chegar a Trivela. Cobriu Copa do Mundo e está na cobertura do Atlético-MG desde 2020.
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