Libertadores

Guia Libertadores 2023 – Grupo G: Athletico Paranaense, Atlético Mineiro, Libertad e Alianza Lima

É um grupo complicado, com dois brasileiros, um experiente Libertad e um Alianza Lima desesperado por qualquer vitória

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É um grupo bem complicadinho. Athletico Paranaense e Libertad se reencontram, após quatro duelos ano passado, e ainda têm a companhia do Atlético Mineiro, que passou pelas fases preliminares e conta com um forte elenco. Os dois brasileiros têm condições de avançar às oitavas de final, mas os paraguaios podem surpreender, com um time experiente e em boa fase no Campeonato Paraguaio. A credencial de campeão peruano tem pouca implicação prática para o Alianza Lima, que ainda cultiva um jejum incômodo de não vencer uma partida de Libertadores há mais de dez anos.

Athletico Paranaense

Alguns vice-campeões se foram, como Abner e Vitinho, mas o Athletico ainda manteve a sua espinha dorsal, com nomes importantes com o goleiro Bento, Thiago Heleno, Fernandinho e, principalmente, Vitor Roque, que deve chegar mais maduro depois de uma ótima apresentação no Sul-Americano sub-20.

O Furacão também foi buscar experiência no mercado, com a contratação de Willian Bigode, com um histórico de gols melhor que de investimentos. A principal baixa foi a saída de Luiz Felipe Scolari, mas houve continuidade com a promoção do auxiliar Paulo Turra. Os primeiros resultados são promissores.

O Furacão é o único clube da Serie A que continua invicto em 2023 e está a um empate de conquistar o Campeonato Paranaense sem ser derrotado. Ao contrário de anos anteriores, está usando o time principal desde o início. Pode lhe dar uma vantagem em ritmo de jogo para um grupo que não é fácil.

Atlético Mineiro

Paulinho e Hulk, do Atlético Mineiro (Foto: DOUGLAS MAGNO/AFP via Getty Images/One Football)

Investiu pesado para tentar conquistar a Libertadores no aniversário de dez anos do seu primeiro título. Trouxe alguns nomes experientes, como Edenílson, Patrick e Mauricio Lemos, mas o principal destaque é o atacante Paulinho, que já está formando uma das melhores duplas de ataque do continente. Provavelmente a melhor porque poucos times contam com um atacante do calibre de Hulk, que pode decidir qualquer partida.

O treinador também tem rodagem, embora o histórico de Eduardo Coudet não seja dos melhores na Libertadores. A temporada passada não foi tão positiva, com uma dura eliminação para o Palmeiras na competição sul-americana e apenas o sétimo lugar do Brasileirão.

Precisou disputar as preliminares para chegar à fase de grupos, e o fez sem grandes problemas, contra Carabobo e Millonarios. Perdeu um jogo no Campeonato Mineiro, na semifinal, mas caminha para ser campeão, após derrotar o América por 3 a 2 na primeira perna da decisão.

Libertad

Óscar Cardozo, do Libertad (Foto: JUAN KARITA/AFP via Getty Images/One Football)

Depois de passar em branco por sete torneios curtos do Paraguaio, o Libertad emendou duas conquistas em três, com o Apertura do ano passado. Uma campanha avassaladora de 18 vitórias em 22 rodadas que foi acompanhada por uma caminhada interessante na Libertadores. Liderou o seu grupo, à frente do Athletico Paranaense, e estava levando as oitavas de final contra o próprio Furacão aos pênaltis, quando foi vazado por Rômulo nos minutos finais.

A aposta continua sendo na experiência, com dois atacantes que somam 80 anos: Roque Santa Cruz (41) e Óscar Cardozo (39), que marcou quatro vezes no fim de semana em uma goleada por 5 a 0 sobre o Cerro Porteño. Outros quarentões são Cristian Riveros, no meio-campo, e Martín Silva, debaixo da trave, além de Iván Piris na defesa.

Julio Enciso, revelação na última temporada, fará falta após ser vendido para o Brighton. Sob o comando do argentino Daniel Garnero, especialista em futebol paraguaio, dono de uma coleção de sete títulos, o Libertad perdeu o Clausura para o Olimpia, mas começou bem o ano novamente, com oito vitórias em dez rodadas.

Alianza Lima

Hernán Barcos, do Alianza Lima (Liga 1/divulgação)

Depois de evitar o rebaixamento no tapetão, o Alianza Lima emendou dois títulos consecutivos do Campeonato Peruano. O último não foi fácil. O quarto lugar no Apertura foi abaixo do esperado e levou à demissão do técnico Carlos Bustos, campeão em 2021. Guillermo Salas terminou a temporada como interino, conquistou o Clausura e depois bateu o Melgar na grande decisão. Foi, naturalmente, efetivado.

Chegou a 25 títulos e está a um do recorde do Universitario. Igualar essa marca é uma missão para mais tarde. A mais urgente é encerrar um retrospecto horroroso no continente. O Alianza Lima não vence um jogo de Libertadores desde março de 2012. E durante todo esse período, foram apenas cinco empates – e 24 derrotas.

O veterano Hernán Barcos estará novamente de prontidão para tentar ajudar os peruanos, agora acompanhado por Christian Cueva, aquele mesmo. O elenco também conta com o lateral Gino Peruzzi, com passagens por Vélez Sarsfield, Boca Juniors e San Lorenzo. Após um ano de problemas físicos e poucos minutos em campo, o ídolo Jefferson Farfán anunciou sua aposentadoria em dezembro.

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Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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