Guia Libertadores 2023 – Grupo F: Boca Juniors, Colo-Colo, Deportivo Pereira e Monagas
Pode não ser o grupo mais difícil, mas o Boca Juniors chega com problemas

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O Boca Juniors seria o favorito, se pelo menos tivesse um técnico, mas ainda está tentando buscar substituto para Hugo Ibarra. Começando um novo trabalho, pode ter algumas dificuldades em um grupo com credenciais: o campeão chileno Colo-Colo, o campeão colombiano Deportivo Pereira e o vice-campeão venezuelano Monagas.
Boca Juniors
O ex-lateral Hugo Ibarra assumiu o Boca após a demissão de Sebastián Battaglia, inicialmente como interino. Após conquistar a Superliga, em condições épicas e com ajuda do River Plate, foi confirmado para a temporada 2023. A convicção de Juan Román Riquelme era tão grande que ele não aguentou a primeira sequência ruim de resultados e foi demitido a uma semana da estreia na Libertadores.
O Boca está atrás de um treinador com perfil mais experiente e já levou um não de Tata Martino – até Luiz Felipe Scolari, teoricamente aposentado, foi especulado. É difícil saber qual será a cara do time que somou apenas 14 pontos nas primeiras nove rodadas do campeonato nacional, já a sete do líder River Plate.
O elenco conta com algumas figurinhas carimbadas. Sergio Romero ainda está lá debaixo das traves, a defesa tem Frank Fabra, Marcos Rojo e Luis Advíncula, e Darío Benedetto é a esperança de gols na frente. É o favorito no grupo, mas com tantas incertezas, se torna difícil entender o que este Boca pode oferecer. Ao menos se classificar deve conseguir e daí em diante, como sabemos, as coisas mudam.
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Colo-Colo

O Colo-Colo teve dois anos atribulados no Campeonato Chileno. Em um deles, precisou disputar os playoffs para evitar um rebaixamento trágico. Respirando mais aliviado, brigou pelo título chileno e chegou a tê-lo nas mãos, mas uma derrocada nas rodadas finais permitiu o tetracampeonato da Universidad Católica. Finalmente o título veio, o primeiro desde 2017, com certa tranquilidade.
Até porque tem um especialista no comando. Gustavo Quinteros, argentino nacionalizado boliviano, foi chamado para evitar a queda. Não apenas conseguiu como dois anos depois conquistou o seu oitavo título nacional na América do Sul. O técnico alterna entre sistemas com três e quatro zagueiros, mas indicou preferência pelo trio de defensores ao analisar o grupo “duríssimo” que terá pela frente.
A saída de Juan Martín Lucero para o Fortaleza será uma baixa importante. O Colo-Colo ainda conta com o veterano atacante Leonardo Gil e espera muito do jovem Damián Pizarro, de 18 anos. Briga pela vaga na próxima fase.
Deportivo Pereira

Precisou de paciência. Disputou a primeira divisão 72 vezes até ser campeão ao vencer o Finalización da última temporada do Campeonato Colombiano contra o Independiente Medellín, nos pênaltis. Fundado em 1944, e com uma história de altos e baixos, era o segundo clube com mais participações na elite sem levantar uma taça.
Estreará na Libertadores com um elenco que conta com poucos medalhões, especialmente após perder o goleiro “Chipi Chipi” Castillo para o Atlético Nacional, um dos destaques do título. Outras baixas importantes foram o atacante Leonardo Castro, autor de 15 gols em 26 partidas do Finalización, que acertou com o Millonarios, e o meia Brayan Muñiz, agora com o Junior Barranquilla.
Conta com a juventude do técnico Alejandro Restrepo, 40 anos, que passou pelo sub-17 da Colômbia e treinou nas categorias de base do Atlético Nacional. Assumiu a equipe principal e chegou a conquistar a Copa da Colômbia (goleando o Deportivo Pereira na final), mas teve vida curta no cargo. Sonha com a classificação, mas ir para a Sul-Americana, com o terceiro lugar, já será um bom resultado.
Monagas

Teve a chance de conquistar seu segundo título venezuelano. E não era uma chance pequena porque enfrentou o Metropolitanos, fundado há cerca de uma década e com pouca experiência de primeira divisão, na final. Foi derrotado nos pênaltis, mas ainda conseguiu sua segunda melhor campanha e ganhou vaga direta nos grupos da Libertadores.
É sua terceira participação na competição e a segunda nesta fase. Na outra, em 2018, foi lanterna na chave do Grêmio. O treinador é Jhonny Ferreira, no comando desde 2016, depois de uma passagem pelo Carabobo. A nova campanha começou bem, com 14 pontos em oito rodadas.
Um dos seus destaques é o garoto Andrés Romero, meia de 20 anos, que esteve com a seleção venezuelana no Sul-Americano sub-20 e representou o time principal em três amistosos no ano passado. É candidato a lanterna e tentará conquistar alguma vitória para escrever uma boa história.