Libertadores

Falas de Cavani e Ancelotti reforçam magnitude da final da Libertadores entre Fluminense e Boca

Fluminense e Boca Juniors decidem Libertadores neste sábado (04), em tarde histórica no Maracanã

Enfim, chegou o grande dia de futebol na América do Sul no ano. Fluminense e Boca Juniors jogam neste sábado (4), às 17h (horário de Brasília), a decisão da Copa Libertadores de 2023, que pode ser o título inédito dos cariocas ou a sétima taça dos argentinos – igualando o Independiente como maior campeão. Com a evolução do esporte no continente sul-americano, cada vez mais a final ganha repercussão internacional e virou pauta em todo mundo: jornais internacionais exaltam o jogo e o treinador do Flu, Fernando Diniz, o técnico do Real Madrid revelou que acompanhará a decisão e o atacante uruguaio Edinson Cavani afirmou que trocaria quase todas as taças da carreira para vencer hoje.

Carlo Ancelotti, apontado como futuro técnico da Seleção Brasileira a partir de junho de 2024, foi questionado antes da partida contra o Rayo Vallecano, por La Liga, se assistirá a decisão. O italiano não apenas confirmou a audiência qualificada, mas até apontou sua torcida, obviamente para Marcelo, ídolo do Real Madrid e treinado pelo experiente treinador.

– Vou assistir ao jogo sim, vestir a camisa do Fluminense sim, principalmente pelo Marcelo. Nada contra o Boca, que é uma grande equipe, mas aqui no Real Madrid nós somos todos torcedores do Marcelo e tomara que ele possa conquistar outro título – afirmou Ancelotti.

Já Cavani, atacante que será titular pelo Boca neste sábado, disse que trocaria tudo que venceu na carreira, com exceção da Copa América pelo Uruguai em 2011, para ganhar a Libertadores em cima do Fluminense. Durante sua carreira na Europa, o centroavante uruguaio foi supercampeão pelo Paris Saint-Germain (21 títulos no total), além de conquistar uma rara Copa da Itália com o Napoli.

– Bastante difícil a pergunta [sobre o que trocaria pelo título da Libertadores], eu passei um caminho muito grande para chegar até aqui. E se todo esse caminho não tivesse sido percorrido, talvez não tivesse chegado até onde estou hoje. Mas a verdade é que trocaria muito, menos a Copa América, com o Uruguai, mas todo o resto que tenho para ganhar a Copa com o Boca. Acho que tudo pode acontecer amanhã – revelou.

“Time do Futuro?”: Principal jornal do mundo exalta estilo de jogo do Flu de Diniz antes de decisão da Libertadores

A newsletter sobre futebol do jornal The New York Times trouxe uma pergunta na manchete: “O Fluminense é o time do futuro?”. O motivo para essa questão é o estilo de jogo do clube, implementado por Diniz, muito diferente da quase hegemônica cultura posicional que reina na Europa. Ao invés de respeitar as funções e deixar a bola chegar nos jogadores nas devidas posições, o clube carioca aposta na “aglomeração” completa dos atletas onde está a bola, com todos progredindo em bloco e sem qualquer amplitude pelo lado oposto da jogada.

– Em vez de ficarem fixos nas posições demarcadas, os últimos 18 meses do time do Fluminense tem sido marcado pela fluidez. Os jogadores se adaptam a qualquer função que o momento exige. Em vez de dar ênfase a uma estrutura bem definida, o quadro é mais flexível. Os jogadores são encorajados a resolver problemas enquanto os veem, inventar soluções e se aproximarem da bola, mesmo que isso signifique correr o risco de deixar outras áreas desguarnecidas – escreveu Rory Smith, colunista do New York Times.

A Sky Sports, um dos principais veículos ingleses, tem uma visão “romântica” do estilo de jogo do Diniz. O site disse que o Fluminense reedita o “jogo bonito” das Seleções Brasileiras de 1970 e 1982.

– O futebol de Fernando Diniz virou fascínio. É um jogo de posse reimaginado. O oposto de Pep Guardiola, segundo o próprio Diniz. – exaltou a reportagem, antes de ouvir especialistas e até o técnico Bruno Pivetti, que foi auxiliar do finalista da Libertadores nos tempos de Audax.

– É muito particular [o estilo de jogo]. Desde a primeira fase da construção, ele quer essa rotação muito intensa dos seus jogadores. Ele tenta envolver os jogadores mais técnicos nessa primeira fase para ajudar o goleiro a manter a bola e a partir daí progredir pelo campo. – detalhou Pivetti.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
Botão Voltar ao topo