Libertadores

Mais uma vez, Botafogo supera drama e os próprios erros para avançar na Libertadores

Mesmo repetindo os erros das oitavas de final, o Botafogo conseguiu passar pelo São Paulo, nos pênaltis, e volta a semifinal da Libertadores depois de 51 anos

O Botafogo já fez história em 2024. O time de Artur Jorge precisou superar o drama criado pelos seus próprios erros para avançar a semifinal de Copa Libertadores após 51 anos sem chegar tão longe na competição continental. Depois do empate em 1 a 1 no tempo regulamentar, o Botafogo levou e a melhor por 5 a 4 nos pênaltis.

Assim como na fase anterior, contra o Palmeiras, no Allianz Parque, o Glorioso seguiu o famoso lema do “saber sofrer”, com direito a drama na reta final da partida, levando o empate aos 41′ do segundo tempo. No MorumBIS, o Botafogo foi superior ao São Paulo em boa parte do jogo.

Mas o Botafogo caiu muito de intensidade na segunda metade da etapa final, aceitou a pressão do São Paulo e ainda ficou sem o seu melhor zagueiro nesta noite – aparentemente por opção de Artur Jorge, que tirou Alexander Barboza para colocar Adryelson em campo. Foi pelo alto, uma das especialidades de Barboza, que o Tricolor conseguiu buscar o empate.

Ainda assim, o Botafogo mostrou serenidade para manter a calma nos pênaltis e avançar para as semifinais da competição. Apesar do erro de Vitinho, único botafoguense que perdeu pênalti, o Glorioso conseguiu fazer história e segue sonhando com o título da Libertadores.

Como foi o empate entre Botafogo e São Paulo

Mesmo jogando fora de casa, o Botafogo não fugiu das suas características e começou a partida dominando o jogo no MorumBIS. Pressionando a saída de bola do São Paulo, o time de Artur Jorge levava a melhor nos confrontos físicos e mantinha a mesma intensidade na defesa, sem dar espaço para o Tricolor.

A pressão na saída de bola do São Paulo funcionou e o Botafogo conseguiu abrir o placar logo aos 15′. Savarino roubou a bola de Luis Gustavo, tabelou com Igor Jesus e cruzou para a área. Rafael espalmou e, no rebote, Thiago Almada completou de cabeça para as redes.

Pouco depois, em novo erro da defesa do São Paulo forçado pela pressão do Botafogo, Igor Jesus quase ampliou em chute de fora da área.

O Botafogo conseguiu controlar bem o jogo e praticamente não sofreu durante o primeiro tempo. E parte dessa boa postura defensiva se deu pelo comprometimento de jogadores de ataque, como Luiz Henrique, que muitas vezes apareceu perto e dentro da área do Botafogo.

Sorte estava do lado do Botafogo

Se muitas vezes o botafoguense é conhecido pelo pessimismo e pela famosa frase de que “tem coisas que só acontecem com o Botafogo”, nesta noite o torcedor não pode reclamar de má sorte.

Ainda no fim do primeiro tempo, o árbitro assinalou pênalti em toque da bola no braço de Barboza, após cabeçada de Arboleda. Na cobrança, no entanto, Lucas finalizou por cima do gol de John.

A sorte apareceu mais uma vez ao lado do Botafogo aos 15′ do 2º, quando Luciano cruzou, a bola passou por toda a defesa alvinegra, e Calleri, quase embaixo da trave e sem goleiro, perdeu um gol incrível para o São Paulo.

Botafogo repete erros de fase anterior e cria drama

Assim como no jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, no Allianz Parque, contra o Palmeiras, o Botafogo mais uma vez perdeu fôlego na metade final do segundo tempo. O Glorioso viu o São Paulo dominar as ações do jogo e pressionar em busca do empate.

E uma mexida de Artur Jorge fez o Botafogo perder a sua principal arma defensiva no MorumBIS. O português tirou Alexander Barboza para colocar Adryelson. Barboza fazia ótima partida e tinha praticamente anulado Calleri na primeira etapa. E foi justamente pelo alto e com o centroavante argentino que o São Paulo conseguiu o empate, aos 41′, levando a decisão para os pênaltis.

Na decisão por pênaltis, Tchê Tchê, Danilo Barbosa, Marçal, Thiago Almada e Matheus Martins converteram suas cobranças. Vitinho perdeu, mas, ainda assim, o Botafogo garantiu a vitória por 5 a 4, com John defendendo uma cobrança e Calleri mandando outra no travessão.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
Botão Voltar ao topo