Libertadores

Artur Jorge explica como o Botafogo conquistou a Libertadores com um jogador a menos

Botafogo teve o volante Gregore expulso logo no primeiro minuto de jogo e ainda venceu o Atlético-MG por 3 a 1, no Monumental, e ficou com o título da Libertadores

O Botafogo precisou superar uma expulsão com um minuto de jogo para conquistar, de maneira épica, a sua primeira Copa Libertadores. E não foi qualquer vitória. Neste sábado (30), com 10 jogadores em campo, o time de Artur Jorge fez 3 a 1 no Atlético-MG, no Monumental, para garantir o título continental.

Somando os acréscimos, foram mais de 90 minutos jogados após a expulsão de Gregore, que recebeu o cartão vermelho por acertar o pé na cabeça de Fausto Vera em um lance de imprudência.

Mesmo com um jogador a menos, o Botafogo fez um jogo seguro, sem sofrer tanto, e ainda conseguiu ir para o intervalo com 2 a 0 no placar. E isso tudo sem Artur Jorge fazer substituições no time. O português chegou a colocar Danilo Barbosa para aquecer, mas desistiu da ideia.

Depois da conquista da Copa Libertadores, o técnico Artur Jorge explicou qual foi a estratégia usada para ajustar o time após a expulsão de Gregore.

— Estava lendo o plano (ao colocar Danilo para aquecer). Naquele primeiro momento, por prevenção, para podermos fazer a alteração. Mas fomos percebendo que com aqueles jogadores que estavam em campo não abdicar do Igor, do Thiago, do Luis, do Savarino, porque esses poderiam ser os jogadores que nos fariam a diferença para ganhar o jogo – afirmou Artur Jorge em entrevista coletiva.

— Para defender e para tentar empatar e ir para os pênaltis, provavelmente eu tinha conseguido mais com o Danilo. Mas naquele momento são as tais decisões que nós temos de tomar naquele curto espaço de tempo e nós tomamos a decisão de poder ajustar o posicionamento do Marlon, ajustar um pouco mais o Thiago, o Savarino e o Luís e tentávamos a partir dali ver como é que a equipe se comportava – completou o português.

Artur Jorge reforçou que chegou a pensar em colocar Danilo Barbosa, mas disse que a segurança que o seu time passou no começo do primeiro tempo foi decisiva para manter o time sem alterações.

— O Danilo era de fato uma opção para nós e estava ali a ser pensado naquele momento, mas a equipe foi respondendo, não permitiu oportunidades, não permitiu nenhuma situação ao adversário, foi sempre pontuando todos os momentos e nós fomos percebendo que não precisaríamos tirar um dos quatro homens que nós sabemos que estão a fazer a diferença para ganhar o jogo. Naquele momento a opção foi essa, de dentro do plano, fazer a equipe ser capaz de se ajustar para conseguir o que seria manter a equipa equilibrada, defender bem, atacar bem, menos vezes, com menos bola, com menos tempo, mas sempre com muita segurança que o que está a fazer – disse Artur Jorge.

Artur Jorge exalta grupo com elogio inusitado

Logo na sua primeira resposta na coletiva de imprensa, Artur Jorge falou sobre a emoção de ser campeão da Libertadores. Mas logo deu méritos aos jogadores do Botafogo. E com um elogio um tanto quanto inusitado.

— Temos muito de emoção dentro de cada um de nós. Foi uma vitória épica, provavelmente a vitória mais épica de uma final de Libertadores. É um feito enorme – disse Artur Jorge.

—Sabíamos das nossas possibilidades desde o primeiro minuto, mesmo com um homem a menos. Eu, como técnico, só tenho que me render a todos essas atletas, a qualidade humana, futebolística de cada um deles, porque foram animais de competição. Só uma equipe com essa vontade consegue um feito deste tamanho. Estou muito, muito feliz por levar esse troféu para o Botafogo. Meus jogadores trabalharam imensos desde o Aurora com essa objetivo – finalizou o técnico do Botafogo.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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