Quem vai ser o árbitro de Boca Juniors x Fluminense na final da Libertadores?
Colombiano Wilmar Roldán, conhecido por dar sorte aos brasileiros, é o mais cotado para apitar a final da Libertadores
Boca Juniors e Fluminense decidem a final da Libertadores no próximo dia quatro de novembro, no Estádio do Maracanã. A expectativa em cima do confronto é enorme, tendo em vista que será a primeira vez que os dois times se enfrentarão em uma decisão. Para um confronto com esse peso, a Conmebol escalou um dos seus mais experientes na decisão.
Um dos primeiros nomes cogitados para assumir o posto na final da Libertadores era o de Jesus Valenzuela, que teve atuação primorosa nos jogos de do Fluminense das quartas de final diante do Olímpia, e na semifinal frente ao Internacional. Mas o venezuelano será o responsável pelo apito da decisão da Copa Sul-Americana, entre Fortaleza e LDU, jogo que acontece sábado (28), às 17h, no Estádio Domingo Burgueño, no Uruguai.
Sendo assim, o nome escolhido para apitar a grande decisão da Libertadores no próximo dia quatro de novembro é Wilmar Roldán, árbitro de 43 anos, que esteve na Copa do Mundo do Brasil em 2014, e é conhecido por apitar três finais consecutivas da principal competição de clubes da América do Sul. Em 2012, foi o dono do apito na decisão que culminou com o título inédito do Corinthians, em 2013, o Atlético-MG foi o campeão diante do Olímpia, também pela primeira vez em sua história, e sob os olhares atentos de Roldán, e em 2014, o colombiano apitou o primeiro jogo da decisão entre San Lorenzo e Nacional do Paraguai.
Wilmar Roldán apitou o empate sem gols entre Boca Juniors e Palmeiras na La Bombonera, no primeiro jogo da semifinal, e foi muito elogiado pela atuação no jogo. Discreto e eficiente em campo, o árbitro conduziu muito bem a partida, considerada muito difícil de se apitar. O juiz colombiano esteve presente em duas partidas do Fluminense na Libertadores desta temporada. Na fase de grupos, Roldán, apitou os encontros do Tricolor diante do Sporting Cristal, em Lima, na estreia do time brasileiro na competição, e depois diante do River Plate, na Argentina.
Conheça mais sobre a carreira do árbitro de Boca Juniors x Fluminense
Aos 43 anos, Wilmar Roldán se encaminha para a sua aposentadoria, e readquiriu seu prestígio junto à Conmebol. O árbitro foi um dos principais nomes da profissão no cenário internacional na década passada, e esteve presente em momentos históricos para times brasileiros. Em 2012, Roldán apitou a vitória do Corinthians diante do Boca Juniors, por 2 x 0, que culminou com o primeiro título continental do clube de Parque São Jorge.
No ano seguinte, foi a vez do Atlético-MG comemorar a conquista da Libertadores sob os olhos atentos e disciplinados de Roldán. Naquela final, o Atlético-MG enfrentou o Olímpia do Paraguai na decisão, e após vencer no tempo normal pelo placar de 2 x 0, venceu a disputa de pênaltis e, assim como o Corinthians, conquistou a Copa Libertadores pela primeira vez em sua história.
Em 2014, Roldán comandou a sua 3ª final de Libertadores consecutiva, ao apitar uma das mais alternativas finais de todos os tempos, e que curiosamente, terminou com um debutante como campeão continental. O São Lorenzo da Argentina, caçoado por toda a comunidade por nunca ganhar um caneco do torneio, superou o Nacional do Paraguai, e também faturou o título da Libertadores com o colombiano como árbitro, nesta ocasião, Roldán apitou somente o jogo da ida.
Quem é Wilmar Roldán
Nascido no dia 24 de janeiro de 1980, em Remedios, na Colômbia, Wilmar Roldán começou sua atuação como árbitro desde muito cedo. Logos aos 14 anos, ele assumiu este ofício em torneios locais e regionais. Por conta de sua personalidade forte, acabou ganhando a alcunha de “O Castrilli de Antioqua”, clara referência à Javier Castrilli, argentino que ficou muito conhecido no Brasil por conta de um pênalti marcado contra a Portuguesa no Campeonato Paulista de 1998, diante do Corinthians.
Wilmar Roldán fez sua estreia como árbitro profissional no dia 23 de fevereiro de 2003, aos 23 anos, em uma partida entre Millonarios e Once Caldas, cinco anos mais tarde, aos 28, se tornou árbitro FIFA. Além de ser um dos mais novos árbitros do futebol colombiano, Roldán se tornou um dos mais jovens a apitar um jogo de Libertadores. Em 2008, o profissional apitou a partida entre Boca Juniors e Atlas do México pelas quartas de final daquela edição.
O ápice da carreira de Roldán aconteceu em 2014, quando foi escalado para apitar a Copa do Mundo do Brasil, na qual foi responsável por duas partidas: a vitória do México sobre Camarões por 1 x 0, e a da Coreia do Sul diante da Argélia por 4 x 2. Além disso, apitou o Mundial Sub-20 da Turquia em 2013, e mediou a final da Copa América de 2015, vencida pelo Chile.
As polêmicas envolvendo Wilmar Roldán
Nem tudo foram flores na carreira do possível árbitro de Boca Juniors x Fluminense. Após 2015, Roldán se envolveu em diversas polêmicas, principalmente após a implementação do VAR, e perdeu espaço no cenário, o que foi retomado aos poucos recentemente. Em 2017, na semifinal da Liberadores entre River Plate e Lanús, o árbitro colombiano não marcou um pênalti claro em favor dos Millonarios, após o defensor do Lanús dar um tapa na bola.
O lance se tornou ainda mais grave após Wilmar se recusar a consultar o VAR. No segundo tempo daquele confronto, o árbitro colombiano marcou um pênalti em favor do Lanús utilizando-se do recurso do árbitro de vídeo, o que causou muita revolta por parte dos torcedores e comissão técnica do River na época. Outra polêmica envolvendo o árbitro, em 2017, aconteceu na Copa das Confederações, na partida entre Alemanha e Camarões. Após consultar o VAR, Roldán acabou expulsando o jogador errado.
Ainda em 2017, pior ano da carreira do juiz, na final da Copa Sul-Americana entre Independiente e Flamengo, o colombiano assinalou pênalti polêmico após contato sutil de Cuellár em Meza. No segundo tempo, Wilmar Roldán se recusou a consultar o VAR, ficando assim por marcar pênalti um pênalti claro sobre Lucas Paquetá, que foi claramente empurrado. Caso o Rubro-Negro marcasse o gol, o jogo iria para a prorrogação.
Retrospecto de Roldán em Libertadores pode ser favorável ao Fluminense
Para os mais supersticiosos, a presença de Roldán na final da Libertadores pode ser um ponto positivo em favor do Fluminense. Nas duas últimas vezes que um time brasileiro esteve na final, e o colombiano apitou, os clubes do Brasil levaram a melhor e levantaram o caneco, casos do Corinthians, em 2012, e o Atlético-MG, em 2013. Portanto, os cariocas estão na expectativa de poder conquistar seu primeiro título internacional, e dessa forma se recuperar da derrota sofrida para a LDU em 2008.
Após 15 anos, o Fluminense volta a uma final de Libertadores, e enfrentará o Boca Juniors, time que esteve no caminho do Tricolor em 2008. Na ocasião, os clubes se encontraram na semifinal da competição, e o time brasileiro levou a melhor, empatando na Argentina por 2 x 2, e vencendo no Maracanã por 3 x 1.