Libertadores

A noite de Libertadores guardou dois golaços: uma pedrada do Melgar e o voleio sublime do Libertad

A semana de Copa Libertadores reserva a estreia de alguns grandes clubes. E a verdade é que a terça-feira guardou um par de golaços, abrilhantando este início da segunda fase preliminar. Enquanto o Atlético Mineiro abriu esta etapa empatando com o Danubio, em movimentado empate por 2 a 2, os jogos da sequência da noite foram mais econômicos. Econômicos na quantidade, mas não na beleza. O Melgar derrotou a Universidad de Chile em Arequipa por 1 a 0, a partir de um míssil. Já em La Paz, o Libertad arrancou o empate por 1 a 1 contra o Strongest graças a um lance de extrema habilidade.

A estrela do jogo no Peru foi Alexis Arias, meio-campista do Melgar. E o jovem de 23 anos deixou Jhonny Herrera plantado em seu gol. A pedrada aconteceu aos nove minutos do segundo tempo. O camisa 16 dominou e soltou a bomba de direita, mandando a bola no ângulo da meta chilena. O experiente arqueiro sequer se mexeu. Pior para La U, que cinco minutos depois ainda isolou um pênalti e terá que buscar o prejuízo em Santiago.

Já no Hernando Siles, tudo parecia nos conformes ao Strongest. Marvin Bejarano abriu o placar no início da etapa complementar. O boliviano dominou cheio de estilo e, sem deixar a belota cair, mandou o chute da entrada da área. O arremate desviou no meio do caminho, dificultando para Martín Silva. O empate do Libertad saiu a nove minutos do fim. Obra de arte assinada por Adrián Martínez. Após um passe por elevação, o argentino fez a bola dormir em seu peito e emendou a meia-bicicleta. Acertou o ângulo de Daniel Vaca, imóvel ante a pintura. Plasticidade primorosa, que facilita o caminho do Gumarelo em Assunção.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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