América do SulSul-Americana

Com três expulsos, o General Díaz foi capaz de um épico na Sulamericana

Em uma quarta-feira na qual a Liga dos Campeões viu nascer um mito, a Copa Sulamericana também teve uma atuação heroica de um nanico do continente. O General Díaz, contudo, não contou com o milagre dos pênaltis e nem com um protagonista. Foi da força coletiva que o clube paraguaio para sua classificação épica. Porque, com três jogadores a menos por 30 minutos e dois a menos por quase 60, é que o time conseguiu arrancar a vaga na próxima fase do torneio dentro do Chile, empatando por 2 a 2 com o Cobresal. Um verdadeiro milagre.

A situação do General Díaz era cômoda na viagem ao norte do Chile. O clube já havia vencido o jogo de ida por 2 a 1 e começava o reencontro muito bem. Roberto Gamarra abriu o placar para os visitantes e, depois que o Cobresal conseguiu o empate, Victor Genes retomou a vantagem aos 33. Porém, o sufoco começaria logo em seguida, por pura falta de controle dos jogadores do Cobresal.

Aos 37 minutos, Gustavo Toranzo e Ángel Vera, a dupla de zaga do time, começou a trocar sopapos por um problema de posicionamento. E o árbitro não quis aliviar, expulsando os dois. O General Díaz precisou multiplicar para se defender, com o goleiro Bernardo Medina fazendo milagres. Ficou pior aos 18 do segundo tempo, quando Marcos Gamarra recebeu o segundo amarelo e também foi para o chuveiro mais cedo. Diante de toda a pressão, Johan Fuentes empatou ao Cobresal aos 41. Mesmo assim, os chilenos precisavam de mais dois gols, algo impossível em tão pouco tempo e contra um adversário tão empenhado.

A Copa Sul-Americana de 2014 é apenas a primeira participação em um torneio internacional do General Díaz, que, em mais de 90 anos de história, só chegou à elite do futebol paraguaio no ano passado. E o duelo no Chile, o segundo jogo. Em um ano no qual os paraguaios foram tão brilhantes com o Nacional na Libertadores, não é de se estranhar que alguns torcedores do clube de Luque já sonhem mais alto.

Abaixo, o vídeo do momento da briga entre os dois zagueiros:

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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