Sem Messi e sem Casa Rosada: Argentina volta remendada e não deve visitar presidente

Após a suada vitória contra a Colômbia que garantiu o décimo sexto título argentino da Copa América, uma parte da delegação da Seleção da Argentina embarcou para Buenos Aires comemorar.

Mas os torcedores argentinos, que estavam ávidos para comemorar no Obelisco de Buenos Aires com a taça de campeão junto das principais estrelas, vão precisar esperar um pouquinho mais.

Isso porque alguns dos nomes mais importantes e decisivos na trajetória campeã dos hermanos sequer embarcaram e optaram não voar para a capital argentina. Lionel Messi e Dibu Martínez não se juntaram aos seus compatriotas e seguiram caminhos diferentes.

Lesão, férias e Olimpíadas adiam encontro dos jogadores com torcida Argentina

No caso de Messi, que deixou o campo no segundo tempo do jogo com uma lesão no tornozelo direito, o camisa 10 optou por permanecer em Miami, cidade onde mora e atua pelo Inter Miami, da MLS. O mesmo com o goleiro Dibu Martínez.

Apesar de não morar nos Estados Unidos, o dono da meta argentina optou por aproveitar as férias depois de mais uma conquista internacional. O mesmo vale para o lateral esquerdo Nícolás Tagliafico, que também ficou em terras norte-americanas.

Além deles, Julián Álvarez, Nicolás Otamendi e Gerónimo Rulli, também não embarcaram para Buenos Aires e permaneceram nos Estados Unidos. O trio vai compor o elenco sub-23 argentino – comandando pelo ex-zagueiro Javier Mascherano – para a disputa das Olimpíadas de Paris.

A corrida pelo ouro do futebol masculino terá início no próximo dia 24 de julho, dois dias antes da abertura oficial dos Jogos Olímpicos.

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Presidente argentino convida, mas visita à Casa Rosada ainda é mistério

É comum após grandes conquistas as seleções visitaram os governantes e a sede principal do seu país. Mas para os argentinos esse “hábito” tem sido cada vez menos comum.

Assim como na conquista da Copa do Mundo do Catar em 2022, é quase certo que o elenco argentino não visitará a tradicional Casa Rosada, no centro de Buenos Aires, residência oficial do presidente da Argentina.

Em 2022, a decisão de não visitar o local partiu dos jogadores, que não queria politizar a conquista que demorou 36 anos para voltar a acontecer. Na época, o país era presidido por Alberto Fernández.

Já em 2024, o convite partiu de Javier Milei, eleito presidente da Argentina no fim de 2023. Milei, no entanto, deixou a decisão para os jogadores.

— Eu adoraria recebê-los, mas a decisão é deles. Eu respeito a decisão deles, a decisão que eles tomam. E se considerarem que querem vir, serão bem-vindos — disse Javier Milei, presidente argentino.

Dor, troféu e mensagem: Messi amplia história na Seleção Argentina

A participação de Messi na Copa América 2024 não foi das mais brilhantes. Para quem se acostumou com o camisa 10 argentino fazendo gols decisivos e distribuindo assistências, viu um Messi mais contido nos cinco jogos em que esteve em campo.

Com apenas uma assistência e um gol na competição – o que garantiu a vitória sobre o Canadá e a vaga na final contra a Colômbia -, por pouco a Copa América deste ano não termina de um jeito melancólico para o craque.

No início do segundo tempo da final contra a Colômbia, o camisa 10 precisou ser substituído com uma lesão no tornozelo direito. No banco de reversas, o jogador foi visto chorando copiosamente enquanto a sua seleção empatava o jogo.

Mas graças às modificações do técnico Scaloni e o gol salvador de Lautaro Martínez, o que poderia ser uma noite de terror, acabou se transformando em um roteiro de superação, que terminou com Messi conquistando a sua segunda Copa América segunda.

Após levantar o troféu ao lado de Di Maria – que fez o seu último jogo pela Argentina – Messi deixou o gramado sem falar com os jornalistas e logo depois apareceu nas redes sociais para exibir as duas conquistas de Copa América seguidas que levantou. Desta vez, as lágrimas deram lugar ao sorriso do camisa histórico camisa 10 argentino.