Argentina não precisou de Messi para superar as armadilhas de La Paz
Messi foi poupado após ser substituído contra o Equador por cansaço, e a campeã mundial Argentina venceu a Bolívia sem problemas
Por sete vezes a Argentina visitou a Bolívia pelas Eliminatórias Sul-Americanas e não retornou com a vitória. Não foi o caso desta terça-feira, apesar de não ter contado com Lionel Messi. Com um jogador a mais durante cerca de uma hora em La Paz, gols de Enzo Fernández e Nicolás Tagliafico garantiram a segunda vitória da campeã do mundo, por 3 a 0 e com muita tranquilidade.
Messi não foi relacionado
Depois de garantir a vitória por 1 a 0 sobre o Equador com um gol de falta, Lionel Messi foi substituído a instantes do apito final e acabou nem sendo relacionado para a partida em La Paz, embora tenha comparecido ao banco de reservas para apoiar os companheiros.
Nenhuma lesão, apenas desgaste acumulado. Ele próprio admitiu que saiu contra os equatorianos porque estava se sentindo um pouco cansado.
A ausência do craque permitiu que víssemos outros jogadores importantes da Argentina sem um centro de gravidade tão forte. O meio-campo com Alexis Mac Allister, Rodrigo de Paul e Enzo Fernández foi muito bem, defendendo e atacando com qualidade, e Di María assumiu as principais responsabilidades ofensivas, ao lado de Nico González e Julián Álvarez.
Argentina resolve cedo
A Bolívia, goleada sem cerimônias pelo Brasil na última sexta-feira, costuma ser significativamente mais difícil de ser batida na altitude de La Paz e começou apresentando algumas complicações. A Argentina se limitou a batidas de média distância em um primeiro momento, com Rodrigo De Paul mandando perto da trave, e Enzo exigindo grande defesa de Guillermo Viscarra. O goleiro boliviano trabalhou bem novamente para frustrar Álvarez, que havia escapado pela esquerda.
Na marca da meia hora, Álvarez recebeu na entrada da área e deu um tapa de primeira para a direita. Di María dominou e, com consciência, encontrou um cruzamento fechado, preciso e rasteiro para Enzo apenas desviar às redes e abrir o placar. A situação ficou bem mais tranquila aos visitantes aos 35 minutos, quando Roberto Fernández recebeu cartão vermelho direto por uma pisão em Cristian Romero.
E ainda mais após Di María dar a sua segunda assistência da partida, cobrando falta para Nicolás Tagliafico desviar de cabeça e ampliar antes do intervalo.
Em banho-maria
A Argentina teve o segundo tempo absolutamente sob controle, o que foi bom para ela e ruim para os espectadores. De Paul até exigiu defesa de Viscarra com um chute de fora da área, aos cinco minutos, mas houve um longo período de marasmo. Quem apareceu para entreter um pouco os torcedores foi, claro, Di María. Aos 24 minutos, tabelou com Álvarez pela direita, antes do atacante do Manchester City acertar o pé da trave com uma batida cruzada.
Pouco depois, Di María arrancou em velocidade pelo meio, costurando de um lado para o outro, e arriscou de longe. Viscarra defendeu sem grandes problemas. Aos 38 minutos, o canhotinho recebeu livre pela esquerda e virou para Álvarez, que errou o domínio. No entanto, Fernando Saucedo se enrolou com a bola e Exequiel Palacios tocou na esquerda para Nico González.
O ponta da Fiorentina dominou e bateu firme para fechar o placar, dando a Lionel Scaloni a permissão para fazer quatro substituições quase ao mesmo tempo e mostrando de vez que a partida havia acabado.