A Bombonera sempre será a casa de Riquelme, e isso ficou provado na despedida de Battaglia

Todo jogador que escreveu uma história longa e bonita em um clube merece uma despedida à altura, mas sabe que estará correndo o risco de acabar ofuscado em sua própria festa por algum de seus ex-companheiros nesse último reencontro. Se você fez parte do Boca Juniors de uma década para cá, então, essa chance é ainda maior. Sebastián Battaglia foi o grande homenageado desta quarta-feira em La Bombonera, em seu jogo comemorativo de despedida, mas quem mais brilhou foi mesmo Juan Román Riquelme. De volta à sua casa, o craque voltou a sentir a pulsação de uma torcida que ama com intensidade – e que, por tudo o que fez, o abraçou incondicionalmente.
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O jogo foi um prato cheio para o torcedor mais saudosista do Boca. Além de Battaglia, que se despedia, e de Riquelme, outros nomes que marcaram diversas conquistas na década passada estiveram presentes, como Palermo, Abbondanzieri, Delgado, Ibarra, o técnico Carlos Bianchi e até mesmo o brasileiro Iarley. No entanto, nenhum deles com um brilho maior do que Riquelme. Ovacionado na entrada em campo, o Diez ouviu seu nome sendo cantado e se emocionou com a recepção da torcida no discurso pré-jogo.
Dentro de campo, Riquelme retribuiu como sempre fez: com um futebol elegante, calmo, altivo e, é claro, com classe na hora de balançar a rede. Ajudou o time pelo qual jogou Battaglia, de azul, a vencer o de amarelo por 6 a 4. Ainda mostrou como era um dos donos da casa, parando o jogo apenas para brincar com Cagna, que havia levado caneta desconcertante de Palermo, e exaltar o ex-atacante, claro.
O homenageado da noite, Battaglia, acabou saindo com dois gols na conta e uma festa emocionante ao fim do jogo, mas teve de dividir os holofotes com o companheiro. É praticamente impossível estar na Bombonera com Riquelme e ser o protagonista absoluto. Mesmo quando a festa é para você.
O gol de Riquelme na despedida de Battaglia