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Bundesliga supera € 3 bi e bate recorde de faturamento pela 12ª temporada seguida

A saúde financeira da Bundesliga está muito bem, obrigado: a liga alemã anunciou faturamento recorde na sua edição de 2015/16, a 12ª temporada seguida que isso acontece. Pela primeira vez, a renda dos 18 clubes da primeira divisão do país campeão do mundo ultrapassou a marca dos € 3 bilhões: € 3,24 bilhões, crescimento de 23,7% em relação à temporada anterior (€ 2,62 bilhões).

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Adivinha qual clube liderou esse ranking? O Bayern de Munique faturou € 626,8 milhões, bem à frente do Borussia Dortmund, com € 376,3 bilhões. Juntas, as duas principais equipes da Alemanha representam quase um terço do faturamento de toda a liga. No total, 13 equipes tiveram renda superior a € 100 milhões na última temporada.

Apesar de, pela primeira vez na história, a Bundesliga ter gastado € 1 bilhão em “operação de partida”, ou seja, salário dos jogadores, e mais € 512 milhões em reforços – dos € 373,6 milhões da temporada passada -, a conta fechou no azul, com lucro, após impostos, de € 206,2 milhões, outro recorde e valor maior que os últimos quatro anos somados. Individualmente, 16 dos 18 clubes da primeira divisão faturaram mais do que gastaram em 2015/16.

A mídia (direitos de TV e afins) foi a principal fonte de renda dos clubes alemães, representando 28,7% do faturamento (€ 933,3 milhões), número que deve crescer com o novo acordo milionário de TV, que começa na próxima temporada. Em seguida, aparecem verbas comerciais – 23,8%, ou € 772,5 milhões. A receita com transferências deu um pulo de 131% (de € 230 milhões para € 532,6 milhões) e ocupa o terceiro lugar da lista, à frente do faturamento em dia de jogo. Com média de 42,421 pessoas por partida, a Bundesliga faturou € 527,6 milhões com receitas geradas nos estádios.

“Ainda somos a segunda liga do mundo em termos de volume de negócios no mundo, atrás da Premier League, e a sexta entre todos os esportes”, afirmou o presidente da Liga Alemã de Futebol, Christian Seifert, que chamou a ascensão do RB Leipzig, segundo colocado até agora na sua primeira participação na Bundesliga, de “lição aprendida”.

“Houve muita discussão sobre o Leipzig no começo, porque a Red Bull está por trás deles, é um clube muito novo e houve muitas críticas, porque eles foram fundados por causa do marketing”, disse. “Mas as pessoas no leste da Alemanha estão muito orgulhosas e felizes que alguém resolveu investir na região e que estão na Bundesliga novamente. Muita gente não se importa com o ano em que o clube foi fundado.”

Nem tudo são flores na Bundesliga: esse faturamento absurdo do Bayern de Munique tem tornado a competição, que já foi uma das que mais alternava seus vencedores entre as principais ligas da Europa, previsível. Os bávaros caminham para o quinto título consecutivo. “Se o Bayern de Munique vencer o título 10 ou 15 vezes seguidas, então será um problema, mas ainda não estamos nessa situação”, avaliou. “Eu acho que todos os outros clubes da Bundesliga sabem que serão capazes de competir com o Bayern de Munique, mas isso não é algo que a liga pode influenciar diretamente. A diferença para o Bayern existe, mas vemos muitas oportunidades para clubes como o Dortmund, em termos de receitas internacionais ou de marketing, então acho que essa diferença diminuirá nos próximos anos”.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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