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Mali aproveita gol contra estranho, supera Burkina Faso e volta às quartas da CAN após 11 anos

Após duas eliminações na fase de grupos seguidas de duas nas oitavas de final, Mali derrotou Burkina Faso e retornou às quartas da Copa Africana de Nações

Foram 11 anos e cinco edições de espera, mas Mali está de volta às quartas de final da Copa Africana de Nações. Nesta terça-feira (30), a seleção comandada pelo técnico Éric Chelle derrotou Burkina Faso por 2 a 1, no Estádio Amadou Gon Coulibaly, pela fase de oitavas de final e se garantiu entre as oito melhores nações da atual edição do torneio continental.

Para se classificar, Mali aproveitou dois enormes vacilos da defesa de Burkina Faso. Logo aos dois minutos do primeiro tempo, o zagueiro Edmond Tapsoba, titular do Bayer Leverkusen e um dos destaques da seleção burquinense, marcou um gol contra bizarro após cabeçada de Amadou Haidara na trave. No início da segunda etapa, Lassine Sinayoko ampliou a vantagem malinesa, enquanto Bertrand Traoré diminuiu pouco tempo depois.

Com a classificação, Mali vai enfrentar a anfitriã Costa do Marfim nas quartas de final. O confronto esta marcado para sábado (3), no Stade de la Paix, em Bouaké. Vale ressaltar que as Águias não chegavam tão longe assim em uma Copa Africana de Nações desde 2013, quando terminaram em terceiro lugar pela segunda vez seguida. De lá para cá, foram duas eliminações na fase de grupos e duas nas oitavas.

Mali sai na frente com gol contra estranho

Mali foi muito superior durante todo o primeiro tempo e foi para o intervalo vencendo por 1 a 0. O único gol antes do intervalo, no entanto, não foi em nenhuma das oito finalizações malinesas, mas sim em um bizarro gol contra de Edmond Tapsoba. Logo aos dois minutos de partida, Amadou Haidara cabeceou na trave esquerda do goleiro Hervé Koffi após cruzamento da direita do capitão Hamari Traoré e o zagueiro de Burkina Faso mandou estranhamente para a própria rede com o pé esquerdo, talvez na tentativa de dominar a bola.

Mesmo com a vantagem, Mali não se acomodou, seguiu controlando a posse de bola e chegando com perigo ao ataque. Adama Traoré arriscou da entrada da área depois de um contra-ataque rápido, mas mal na bola e mandou por cima. Já Kamory Doumbia teve grande oportunidade quase na pequena área após uma boa troca de passes entre Lassine Sinayoko e Traoré, mas chutou em cima de Koffi antes da arbitragem assinalar impedimento.

Hervé Koffi ainda faria outras boas intervenções na primeira etapa. Primeiro, espalmou o chute forte de canhota de Sinayoko depois do atacante girar para cima da marcação dentro da área e ainda deu sorte que Haidara não acertou o alvo ao ficar com o rebote. Minutos depois, o goleiro foi exigido novamente por Sinayoko, dessa vez após Bertrand Traoré errar na saída de bola e o camisa 25 receber passe de Haidara e bater rasteiro com o pé direito.

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Mali amplia, vê a Burkina Faso diminuir e segura a vantagem

Assim como no primeiro tempo, Mali voltou do intervalo mais ligado que Burkina Faso e precisou de pouco tempo para ampliar sua vantagem. Com menos de dois minutos, Lassine Sinayoko recebeu excelente enfiada de bola de Hamari Traoré pela direita, arrancou em velocidade com certa liberdade e bateu rasteiro por baixo das pernas de Hervé Koffi depois de invadir a área para, enfim, balançar a rede.

Com o segundo gol, a classificação malinesa parecia assegurada e questão de tempo, mas Burkina Faso acordou brevemente para dar emoção ao fim do confronto. Depois de ter levado perigo em cabeçada para fora, Mohamed Konate conseguiu um pênalti para a seleção burquinense ao desviar de cabeça e acertar o braço aberto de Boubakar Kouyaté dentro da área. O árbitro libanês Ibrahim Mutaz marcou a infração após auxílio do VAR, e Bertrand Traoré diminuiu ao deslocar Djigui Diarra e acertar o canto direito do goleiro aos 11 minutos.

Burkina Faso passou o restante do segundo tempo com mais posse de bola e se lançando ao campo de ataque na busca pelo empate, mas encontrou muita dificuldade para superar a defesa de Mali, levou pouquíssimo perigo e sofreu com os rápidos contra-ataques do adversário. Koffi voltou a trabalhar ao segurar o chute da entrada da área de Kamory Doumbia, enquanto Diarra fez sua única boa defesa em tentativa de Mohamed Konate na pequena área após bola levantada por Bertrand Traoré.

Na reta final, Burkina Faso apenas recorreu a cruzamentos e bolas alçadas na área. E quase que a estratágia desesperada funcionou, já que aos 44 minutos o zagueiro Issoufou Dayo aproveitou a cobrança de falta de muito longe de Cedric Badolo e desviou de cabeça para rede, mas o defensor estava impedido. Com isso, prevaleceu o placar de 2 a 1.

Foto de Felipe Novis

Felipe NovisRedator

Felipe Novis nasceu em São Paulo (SP) e cursa jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Antes de escrever para a Trivela, passou pela Gazeta Esportiva.
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