West Ham: Paraíso dos treinadores

No Brasil, a dança de técnicos chega a níveis cada vez mais absurdos. O Flamengo, por exemplo, já teve cinco treinadores, só neste ano. No outro extremo dessa escala está o londrino West Ham. Desde 1902, quando contratou seu primeiro ´manager´, o clube teve ao todo 10 técnicos. Isso mesmo: em média, cada treinador ficou mais de 10 anos no cargo.
O mais incrível é que, até 1989, haviam sido só cinco treinadores: Syd King, Charlie Paynter, Ted Fenton, Ron Greenwood e John Lyall. Depois, começou uma rotação maior, com Lou Macari, Billy Bonds, Harry Redknapp, Glenn Roeder e o atual técnico, Alan Pardew, contratado em 2004.
Além disso, o West Ham andou saindo nos noticiários aqui no Brasil devido ao interesse da MSI (empresa dona do Corinthians) em comprá-lo. O negócio não foi adiante, mas acabou chamando a atenção para esse clube de médio porte do futebol inglês, que obteve acesso para a primeira divisão na última temporada.
Do estaleiro para o campo
O West Ham foi fundado em 1895, originalmente com o nome de Thames Iron Works. Seus fundadores eram trabalhadores da empresa de mesmo nome, um estaleiro localizado no rio Tâmisa, na região leste de Londres. Em 1900, o clube tornou-se uma companhia limitada e passou a ser chamado de West Ham United.
Em 1904, mudou-se para o estádio de Boleyn Ground (Upton Park), na região nordeste de Londres, onde permanece até hoje. Em 1919, uniu-se à Football League e foi promovido para a primeira divisão somente em 1923.
A melhor época na história do West Ham foram as décadas de 60 e 70. Entre as temporadas 1963/4 e 1979/80, o clube ganhou seus títulos mais importantes: três Copas da Inglaterra (FA Cup) e uma Recopa.
No Campeonato Inglês, o clube nunca teve êxito. Durante a sua história, alternou-se entre a primeira e a segunda divisão. Esteve na Premier League desde seu começo, em 1992/3, porém, em 2003, depois de quase seis meses sem ganhar uma partida em casa, o clube foi rebaixado. Isso forçou a venda de jogadores fundamentais como Joe Cole e Glen Johnson (ambos para o Chelsea), para evitar uma crise financeira.
Na Segundona, o time se reestruturou. Em 2004/5, ano em que conseguiu o acesso de volta à elite, a campanha dos Hammers esteve longe de ser tranqüila. O time sofreu para ficar em sexto lugar e arrancar uma vaguinha na repescagem, na qual o time superou o favorito Ipswich e o Preston para subir de volta à Premier League.