2º – Telê Santana: mestre da arte
Um estigma. No entanto, longe de ser uma maldição. A Copa de 1982 marcou a trajetória de Telê Santana, mais por conta do futebol bem jogado do que pelo fracasso. O suspiro que segue as lembranças é a prova disso. E se o Brasil tivesse levado aquele Mundial? A história seria outra. De qualquer forma, o fato de “quase chegar à perfeição” é o que torna aquele time tão fascinante. E o trabalho do técnico, tão notável.
A fama de azarado perdurou por um bom tempo, sem levar em conta as façanhas por Fluminense, Atlético Mineiro e Grêmio. O São Paulo, campeão de tudo no começo dos anos 90, veio para colocar um ponto final nessa história. Mas, sinceramente, nem precisava de tanto. A contribuição de Telê ao futebol já tinha sido dada. A montanha de títulos só veio abrilhantar ainda mais a forma do Mestre apresentar o jogo como uma arte.
Sede de vencer
Telê Santana da Silva nasceu na cidade mineira de Itabirito, no dia 26 de julho de 1931. Era o terceiro dos dez filhos de seu Zico e dona Corina. Desde a infância, se encantava pelo futebol, especialmente o do Fluminense, time que acompanhava com maior atenção nas transmissões de rádio – há quem diga, todavia, que seu clube de coração era o Atlético Mineiro.
Foi no interior de Minas Gerais que começou a sua carreira como atleta, no pequeno Itabirense. Os traços do espírito de vitória de Telê podiam ser vistos já naqueles dias, quando não admitia derrota alguma no clássico local, contra o União. Defendeu também o América de São João Del Rey até se mudar em definitivo para o Rio de Janeiro.
Esperança tricolor
Aos 19 anos, Telê Santana passou por testes no Fluminense e foi aprovado com o aval de João Coelho Netto, o Preguinho, então dirigente. Inicialmente, foi integrado aos juvenis e venceu o estadual da categoria. Em 1951, subiu aos profissionais pelas mãos do técnico Zezé Moreira. Logo no primeiro Carioca, o garoto brilhou. Deslocado como centroavante por conta da suspensão de Carlyle, marcou dois gols na decisão do Estadual contra o Bangu. O suficiente para logo se tornar ídolo.
O maior feito viria em 1952. Ao lado de Didi e Castilho, venceu a Copa Rio, competição que reuniu clubes como Peñarol, Sporting e Corinthians. Já consolidado no clube, o ponta-direita ganharia o apelido que marcou sua carreira como atleta em 1956. Ninguém menos que o cronista Mário Filho mobilizou a torcida tricolor para dar uma nova alcunha a Telê, em concurso realizado pelo Jornal dos Sports. Até então chamado de Fiapo e Tarzan, por conta de sua magreza, passaria a ser lembrado como “Fio de Esperança”. Era o reconhecimento a um jogador que, além de dominar a técnica, se doava em campo em busca da vitória.
Apesar de toda a qualidade de Telê, seu talento não foi o suficiente para levá-lo à seleção brasileira. A concorrência era pesada e contava com nomes do calibre de Garrincha, Julinho Botelho e Joel. Ainda assim, o ponta do Fluminense chegou a ser convocado para um amistoso contra Portugal, mas não pôde entrar em campo por causa de uma lesão. Nunca mais ganharia outra chance.
Nas Laranjeiras, conquistou o Torneio Rio-São Paulo de 1957 e o Carioca de 1959, antes de se despedir da torcida, em 1960. Foram 557 jogos e 162 gols em sua passagem pelo time de infância. Depois disso, jogaria por Guarani, Madureira e Vasco, longe de repetir o sucesso que teve com a camisa tricolor. Por sua disciplina nos gramados, foi agraciado com o Prêmio Belfort Duarte, dado a quem passasse ao menos dez anos sem nunca ter sido expulso.
Três categorias, tricampeão
A primeira oportunidade de Telê Santana como técnico foi dada pelo mesmo Fluminense, já no fim da década de 1960. E o bom trabalho resultou em uma sequência incrível de conquistas. Com o elenco infanto-juvenil, levou o campeonato estadual em 1967, feito repetido no ano seguinte com os juvenis. Efetivado nos profissionais em 1969, tratou logo de também ser campeão naquele ano. A final emocionante contra Flamengo, em um Maracanã abarrotado, teve vitória do Flu por 3 a 2.
Durante a temporada de 1970, o treinador trocaria o Fluminense pelo Atlético Mineiro. De legado, ficaria o elenco campeão da Taça Roberto Gomes Pedrosa naquele mesmo ano. Ironia do destino, em decisão disputada contra o próprio Galo. A recompensa pela troca, porém, não demoraria a vir.
Inaugurando o hall
Também em 1970, o Atlético se sagraria campeão estadual. Mas a conquista marcante de Telê aconteceria no ano seguinte. O Campeonato Brasileiro acabara de ser criado e, entre os favoritos ao título, estavam Santos, Botafogo e Palmeiras, além do próprio Fluminense. A surpresa de vez, contudo, seria o time mineiro. Durante a campanha, vitórias sobre Flamengo, Internacional, Santos e Vasco.
O regulamento daquele ano previa um triangular decisivo, do qual sairia o campeão. E, depois de baterem o São Paulo, os atleticanos ficariam com o caneco após triunfo sobre o Botafogo. O gol do título viria em uma cabeçada certeira de Dadá Maravilha. Dali saiu o primeiro vencedor do Brasileirão. E, aos 40 anos, Telê começava a construir a imagem mítica do treinador que, independente do título, fazia seus times jogarem futebol.
Início no Tricolor Paulista, alma lavada no Tricolor Gaúcho
Depois de sair do Atlético, Telê teria a sua primeira passagem pelo São Paulo. Ficou por lá entre 1972 e 1973. Entretanto, a falta de respaldo fez com que deixasse o clube pela porta dos fundos. Na briga com Toninho Guerreiro e Paraná, quem levou a pior foi o treinador. Nos anos seguintes, voltaria ao Atlético, mas não passaria de posições medianas no Brasileirão nem conquistaria o Campeonato Mineiro.
O reencontro do comandante com a glória ocorreria após ser anunciado pelo Grêmio, em 1976. O clube da Azenha vivia um dos períodos mais difíceis de sua história. Pior que o jejum de troféus, era ver o rival festejar todos os anos. O Internacional vinha de oito títulos seguidos no Campeonato Gaúcho, além de dois no Campeonato Brasileiro. O sofrimento gremista parecia não ter fim. Até a chegada de Telê.
Entre aqueles que exorcizaram a maldição estavam Tarciso, Ancheta e Éder. André Catimba marcou o tento que dissipou de vez as trevas da sala de troféus Tricolor. Alegria tamanha que o atacante não soube nem mesmo controlar a energia na hora da comemoração, se esborrachando no campo após a tentativa frustrada de cambalhota. Era o encerramento da angústia. E outra prova da intimidade entre Telê Santana e as façanhas.
Do verde à amarela
Telê treinou o Grêmio até 1978. De lá, seguiu para o Palmeiras, que havia deixado para trás os tempos da Academia. Com um elenco formado por jogadores sem muita grife, o técnico extraiu futebol de qualidade. Chegou até as semifinais do Campeonato Brasileiro de 1979, derrotado pelo Internacional. E no Paulistão, não fosse um imbróglio que adiou a realização da fase decisiva e freou a boa fase dos alviverdes, tinha grande chance de vitória.
Os feitos no Grêmio e no Palmeiras acabaram valendo uma chance na seleção brasileira. Treinador durante a Copa de 1978, Claudio Coutinho deixou o cargo em 1980 e Telê foi nomeado em seu lugar. Tinha a dura missão de retomar o futebol vistoso da Copa de 1970, apresentado em doses homeopáticas nos dois Mundiais seguintes.
Convencer sem vencer
O primeiro teste de Telê à frente do Brasil aconteceu no Mundialito do Uruguai, que reunia os países campeões do mundo até então para celebrar os cinqüenta anos de criação da Copa do Mundo. Depois de empatar com a Argentina e golear a Alemanha Ocidental, a seleção verdeamarela cairia na decisão, ante os anfitriões uruguaios. A derrota colocou em xeque a capacidade do time nacional, que recuperaria a credibilidade com a classificação ao Mundial da Espanha. A passagem pelas Eliminatórias, aliás, reservou poucos percalços contra Bolívia e Venezuela.
A construção da imagem daquela seleção, entretanto, viria em excursão feita à Europa, em maio de 1981. No Velho Continente, os comandados de Telê acumularam êxitos contra Alemanha Ocidental, Inglaterra e França em plena casa dos adversários. As boas partidas, somadas à somente duas derrotas em 33 jogos sob seu comando, colocavam o Brasil na condição de favorito antes do Mundial.
Daí em diante, o roteiro vivido na Copa de 1982 é de domínio público. Vitória suada na estreia, contra os soviéticos; goleada sobre a Escócia; show diante da Nova Zelândia; e a classificação à segunda fase, que colocava Argentina e Itália no caminho brasileiro. A atuação contundente contra a Albiceleste de Maradona corroborou o sentimento de quem via aquele time jogar. Era a arte de encantar e de vencer. A Itália seria mais um passo, sucedida pela semifinal, depois pela decisão e, enfim, pela taça. Mas veio Paolo Rossi. Zoff, Scirea, Tardelli, Conti, Bearzot e todo o time que se sagraria tricampeão dias depois. Fez-se tragédia no Sarriá.
Na coletiva após aquele 3 a 2, Telê Santana seria ovacionado pelos repórteres presentes no estádio. Era o fim material da equipe e a criação de um mito. Um exemplo de futebol vistoso, ofensividade, troca de passes. Algo que, medida a realidade da seleção anos depois, parece utopia.
O segundo tropeço
Após o Mundial, Telê deixou a seleção. Foi se aventurar no Oriente Médio, onde treinou o Al-Ahly Jeddah e quebrou o jejum pessoal com os títulos do Campeonato Saudita, da Copa do Rei e da Copa do Golfo. Contudo, a lacuna deixada na equipe nacional não era preenchida por nenhum de seus sucessores. Parreira, Edu Coimbra e Evaristo de Macedo não se encontraram no cargo, e muito menos encantaram como o time de 1982. Telê Santana voltou sem a mesma aura, mas ainda assim superou as Eliminatórias.
O time que viajou ao México era bem menos exuberante que o de quatro anos antes. Os remanescentes estavam longe de apresentar o auge da forma. O próprio treinador parecia marcado por aquela derrota. A equipe não era tão técnica. Era mais precavida. Os resultados magros na primeira fase começaram a melhorar somente a partir das oitavas de final, contra a Polônia. E quando o caminho parecia clarear para o Brasil ante a França, vieram os pênaltis. Tanto no tempo normal, desperdiçado por Zico, quanto na disputa decisiva. Recobravam para Telê a fama de “pé-frio”, alimentada pela derrota no Paulista de 1979 e, principalmente, pelo Sarriá.
Entre os grandes, sem “sorte”
Após a segunda Copa do Mundo perdida, o técnico transferiu o seu azar agora para o Atlético Mineiro. O alvinegro fez campanha exuberante na primeira fase da Copa União, o Campeonato Brasileiro de 1987. O que não foi suficiente para derrotar o Flamengo de Zico, Bebeto e do triunfante Renato Gaúcho, cortado do Mundial no ano anterior. No ano seguinte, tirou a razão dos críticos levando o título do Campeonato Mineiro.
A fraca campanha no Brasileirão rendeu a demissão de Telê e a sua ida ao Flamengo. O treinador teria um bom início no rubro-negro, especialmente após vencer a Taça Guanabara. No entanto, o encanto começaria a se quebrar depois após a derrota para o Botafogo na final do estadual e se romperia de vez durante o Brasileiro. Os meses seguintes guardariam o seu retorno ao Fluminense, onde não ficou mais do que dois meses, e ao Palmeiras, do qual também saiu sem grandes serviços prestados.
O surgimento do Mestre
Foi em outubro de 1990 que Telê Santana começaria a reconstruir a imagem de vencedor. O São Paulo vinha de uma péssima participação no Campeonato Paulista, eliminado em uma fase de repescagem, e queria melhorar seu desempenho no Brasileiro. Telê era o encarregado pela recuperação. De qualquer forma, a simbiose entre clube e treinador demorou um pouco até funcionar. Na estreia, empate por 0 a 0 contra o São José. Oito jogos depois, os são-paulinos passariam aos mata-matas. Porém, depois de derrubarem Santos e Grêmio, prevaleceu o “pé-frio” na decisão do torneio, vencida pelo Corinthians.
O tempo dado a Telê no São Paulo foi vital para a construção de seu reinado. Após terminar a primeira fase com a melhor campanha, o Tricolor derrotou Atlético Mineiro nas semifinais e o Bragantino na decisão para se sagrar campeão Brasileiro no mês de junho. Era o reencontro do treinador com a taça vinte anos depois de beijá-la pela primeira vez. Em dezembro, foi a vez do troco sobre o Corinthians na final do Campeonato Paulista. Pela primeira vez, um técnico completava o ciclo de conquistas nos quatro principais estaduais do Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo).
Com plenos poderes e liberdades, o comandante passou a viver o São Paulo. Passava o dia e até dormia dentro do clube. Cuidava pessoalmente do gramado, na intenção de dar o melhor “brinquedo” aos seus jogadores. À disposição, tinha bons jogadores, como Cafú, Raí, Leonardo, Zetti e, nas temporadas seguintes, Muller, Palhinha, Cerezo. Sua equipe não era o toque de bola de 1982, mas era a movimentação e o empenho que, ainda na década de 1950, lhe renderam o apelido de “esperança”.
A América e, finalmente, o Mundo
Campeão nacional, o São Paulo disputava a Libertadores da América após um hiato de cinco anos. E a chance de estabelecer uma marca internacional começou com derrota para o Criciúma, vencedor da Copa do Brasil em 91. A equipe se recuperou nas rodadas seguintes e, classificada para a segunda fase, acumulou triunfos sobre Nacional, Criciúma e Barcelona de Guaiaquil. Por fim, na decisão, contra o Newell’s Old Boys, o Tricolor reverteu no Morumbi a derrota sofrida na Argentina e pôs a mão na taça depois de disputa de pênaltis. Telê era o melhor das Américas.
Realizado simultaneamente com a Libertadores, o Brasileirão de 1992 contou com o ímpeto dos são-paulinos, que ficaram a um ponto da final. A gana do treinador rendeu também o bicampeonato Paulista, assegurado em dezembro. E entre uma partida e outra da decisão contra o Palmeiras, Telê Santana viajaria ao Japão para preencher parte de seu maior vazio.
Mesmo que não fosse uma Copa do Mundo com a seleção brasileira, o Mundial Interclubes fazia justiça: colocava o treinador como o melhor do planeta. Do outro lado, o Barcelona de Cruyff, apontado por Telê em diversas entrevistas como um exemplo de jogador, sobretudo quanto ao seu papel na Holanda de 1974. Em campo, Stoichkov, Michael Laudrup, Guardiola, Koeman, Zubizarreta e uma constelação de craques. No placar, 2 a 1 para o São Paulo de Raí, que marcou ambos os gols, o segundo deles em uma cobrança de falta memorável.
O maior do Morumbi
A dose foi repetida na Libertadores e no Mundial em 1993. Por defender o título, o caminho foi mais curto na disputa continental e colocou os são-paulinos direto nas oitavas de final. A trajetória contou novamente com o Newell’s , além de Flamengo e Cerro Porteño. A decisão desta vez não dependeu de pênaltis e o Tricolor reconquistou a copa graças à goleada aplicada no Morumbi sobre a Universidad Católica. Já em Tóquio, o rival da vez foi o Milan, superado por 3 a 2 graças à persistência de Muller, que desempatou a quatro minutos do fim.
Somando todos os títulos, inclusive de competições amistosas, Telê Santana acrescentou 21 troféus ao museu tricolor. Entre os mais notáveis, a Supercopa Libertadores de 1993, na qual bateu o Flamengo na decisão, e a Recopa Sul-Americana em 1993 e 1994, com êxitos sobre Cruzeiro e Botafogo. Em 1994, o treinador ainda chegou perto do tri da Libertadores, mas foi derrotado pelo Vélez na final.Naquele mesmo ano, o famoso “Expressinho” levou a Copa Conmebol sob o comando do pupilo de Telê, Muricy Ramalho.
Fim da Esperança
O comandante permaneceu intocável no Morumbi até janeiro de 1996. Com problemas de saúde, se licenciou do cargo por tempo indeterminado. Enquanto estava afastado, Telê chegou a ser sondado pelo Barcelona. Cruyff deixaria o posto livre e o brasileiro era o indicado a manter a filosofia do clube. Não deu. Em maio, ele sofreu um acidente vascular cerebral, que debilitou mais as suas condições.
Contrato rompido com o São Paulo, o técnico ensaiou o retorno ao Palmeiras em 1997. Foi até mesmo apresentado, mas não tinha condições de trabalhar. De volta a Belo Horizonte, onde vivia com a família, seu estado definhava aos poucos. Precisou amputar uma das pernas em 2003. Três anos depois, foi internado com uma infecção intestinal. Não resistiria. Em 21 de abril de 2006, Telê Santana se tornaria apenas memórias.
Treinador de técnica
Ao contrário de muitos técnicos que figuram a lista dos melhores, Telê Santana não era um grande inventor de táticas. Seus times se impunham não pelo sistema, e sim por sua filosofia de jogo. Ao invés de bolar estratégias para limitar os rivais em campo, ele preferia fortalecer as condições de sua equipe.
Em seus treinos, o Mestre ensinava futebol. Em entrevista ao programa Roda Viva em 1992, afirmou: “Tanto se fala no técnico de futebol, do treinamento tático, mas não adianta você fazer o treinamento tático se não tiver o treinamento técnico, se não tiver aprimoramento no futebol. Então, você fala: ‘Bom, vamos armar o time tático. Aqui entra esse, ali entra esse’ Na hora de passar, o jogador passa tudo errado, o que adiantou esse treinamento tático? O que adiantou? Nada”. Insistia nos fundamentos, para que passes, chutes, domínios e cabeceios estivessem afinados. As jogadas eram testadas nos coletivos até que tudo saísse na mais precisa sintonia e naturalidade.
Telê por vezes era rabugento. Como alguém que não precisava fazer média e também sabia como não perder o respeito. Com seus jogadores, era sério, exigente. E também um brincalhão. Apertava as rédeas quando preciso, mas não deixava de fazer os seus afagos, contar suas histórias e motivar seus comandados. Entre os jogadores com quem trabalhou, Telê fez brilhar desde nomes consagrados até aspirantes. Premiava o esforço de cada um e sabia onde encaixá-los em seus times. Na maioria dos clubes pelos quais passou, revelou e elevou o status de vários atletas.
Telê Santana despejava todo o seu conhecimento com a maior simplicidade. Gostava do futebol limpo, empenhado, sem muitas firulas. Meticuloso, prezava pela técnica e pelos fundamentos como quem perseguia a perfeição. E, ainda que tenha falhado vez ou outra, pode-se dizer que ele beirou tamanha proeza.