Sporting deu uma pancada no Benfica em pleno Estádio da Luz e deixou os rivais mais distantes na briga pela liderança
Sporting mostrou grande competência e também contou com um pouco de sorte, em partidaça de Matheus Nunes

O Sporting conquistou uma vitória categórica, daquelas para celebrar por muito tempo, no clássico contra o Benfica. O balanço do dérbi pode pender aos encarnados durante os últimos anos, mas o fortalecimento recente dos sportinguistas é evidente e isso garantiu o triunfo dentro do Estádio da Luz. O time de Rúben Amorim jogou como mais gosta, com extrema competência, e também teve a sorte um pouco ao seu lado para concluir o placar em 3 a 1. Depois de um primeiro tempo em que os leoninos foram claramente superiores em sua proposta e poderiam ter feito mais de um gol, os benfiquistas esbarraram na trave na segunda etapa e viram os rivais serem cirúrgicos em suas ações, numa senhora atuação de Matheus Nunes. A chacoalhada só não foi pior porque os anfitriões descontaram no apagar das luzes. Foi mais uma grande noite deste Sporting, que segue firme na briga pelo título com o Porto – e agora faz o Benfica comer poeira, mais atrás na tabela.
Num começo pegado no Estádio da Luz, o Sporting começou em cima do Benfica e abriu o placar aos oito minutos. Foi um belo gol de Pablo Sarabia. Num ataque tramado pela direita, Pedro Gonçalves cruzou com curva e Sarabia se infiltrou na área, batendo de primeira para as redes. Odysseas Vlachodimos não teve o que fazer. O Benfica foi para cima na sequência do primeiro tempo, mas sem passar por Antonio Adán, que faria boa defesa em cabeçada de Álex Grimaldo aos dez minutos.
O Sporting permaneceu o primeiro tempo mais resguardado, mas à vontade em sua proposta de jogo. Os contragolpes leoninos levavam a defesa do Benfica aos apuros e o segundo gol poderia ter vindo antes do intervalo. Pedro Gonçalves acertou a trave aos 38, com leve desvio de Vlachodimos, antes de mandar outro tiro perigoso por cima da meta. Já nos acréscimos, Paulinho balançou as redes, mas o tento acabou anulado por impedimento. Os benfiquistas pareciam no lucro, em primeira etapa que tiveram 70% da posse, mas só duas finalizações.
Jorge Jesus mandou Roman Yaremchuk a campo no segundo tempo e aumentou a presença ofensiva do Benfica. Os encarnados seguiam em cima, mas só passaram a abafar mesmo por volta dos 15 minutos. Gonçalo Inácio salvou uma bola de cabeça na pequena área, Darwin Núñez acertou uma cabeçada na trave e Adán realizou ótima defesa contra João Mário. E quando o gol dos anfitriões parecia maduro, o Sporting é que ampliou aos 17. Num ataque rápido, Matheus Nunes arrancou pela intermediária e escapou do carrinho, antes de enfiar o passe. Paulinho leu muito bem a jogada para receber sozinho na área e dar um toquinho na saída de Vlachodimos.
O azar do Benfica continuava, com Rafa Silva carimbando o travessão. De qualquer forma, os encarnados sentiam o baque e o terceiro gol do Sporting logo viria aos 23. Em mais um avanço veloz, Ricardo Esgaio acertou um grande lançamento para Matheus Nunes. O meio-campista disparou entre os defensores, invadiu a área e, mesmo pressionado, conseguiu superar Vlachodimos. A esta altura, parte da torcida benfiquista deixava o estádio. E numa reação que precisava vir rápido, a frustração se tornou maior depois que Darwin Núñez teve um gol anulado por impedimento aos 37. O desconto só surgiu aos 51, num chute com curva de Pizzi que entrou no canto. O gol tornava o placar menos catastrófico ao time de Jorge Jesus, mas não evitaria o amargor.
Porto e Sporting são os únicos invictos no Campeonato Português. As duas equipes disputam a liderança ponto a ponto, ambos com 35, e a vantagem é dos portistas apenas no saldo de gols. Nesta sexta, o Porto visitou o Portimonense e venceu por 3 a 0 – gols de Pedro Sá (contra), Vitinha e Otávio. Já o Benfica se distancia da briga pelo título, com 31 pontos.