Gedo, do Al Ahly: “Quero jogar com o Chelsea na final”

Se Corinthians e Chelsea são cautelosos ao falar de uma possível final entre os dois times, o mesmo não se aplica ao atacante Gedo, do Al Ahly, campeão africano. O jogador não escondeu que sonha em jogar com os ingleses em uma eventual final do Mundial de Clubes.
Gedo, apelido do atacante Mogamed Nagy, disputará o seu primeiro Mundial, mas o Al Ahly já tem experiência na competição, participando três vezes. Perguntando se tinha expectativa de enfrentar algum time, o jogador não titubeou em citar os ingleses.
“Estou muito satisfeito de estar aqui e jogar minha primeira competição da Fifa. Eu espero chegar à final e jogar contra o Chelse a [Fernando] Torres, que é um dos meus jogadores favoritos”, afirmou Gedo. Para isso, porém, o time terá que passar por dois jogos antes: o vencedor de Sanfreece Hiroshima e Auckland na quartas de final e o Corinthians na semifinal.
Com jogadores que já atuaram no Mundial de Clubes, como o experiente e ídolo Mohamed ABoutrika, o atacante foi perguntado sobre quem o clube egípcio iria revelar para o mundo desta vez. “O time tem grandes jogadores e não é fácil escolher um. O que eu sei e que podemos ir longe e eu posso garantir aos torcedores japoneses e que nós daremos um show”.
O atacante foi importante na conquista do Al Ahly na Liga dos Campeões da África, marcando inclusive no jogo final, a partida de volta contra o Espérance. Foram cinco gols marcados na campanha do time, que não teve o campeonato egípcio para disputar por causa dos problemas de violência no país.
“Foi uma temporada que nos testou e a tragédia de Port Said, quando 72 torcedores perderam suas vidas, foi muito difícil para lidar. Me afetou pessoalmente e nós realmente não quisemos jogar futebol mais. A única coisa que nos fez voltar foi a promessa de fazer das famílias mártires para vencer a Liga dos Campeões em honra a eles”, disse o atacante. “Nada pode reparar a perda de um filho. Eu espero que nós termos vencido a Liga dos Campeões tenha ajudado um pouco. É o mínimo que poderíamos fazer por eles”.
A Fifa permitiu que o Al Ahly use braçadeiras negras em seus jogos no Mundial de Clubes em homenagem às vítimas de Port Said.