Mundial de Clubes

Técnico do Chelsea já sabe o que esperar de duelo contra o Flamengo: ‘Conhecemos bem’

Após vitória contra o LAFC, Enzo Maresca lamentou que o estádio estivesse vazio para a partida de estreia das equipes

O Chelsea venceu em sua estreia no Mundial de Clubes da Fifa, mas o que chamou atenção não foi apenas o placar de 2 a 0 sobre o Los Angeles FC, na segunda-feira (16). O técnico Enzo Maresca fez questão de comentar o que considerou um cenário inusitado: jogar diante de arquibancadas praticamente vazias em um dos maiores estádios dos Estados Unidos.

A partida aconteceu no Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta, com capacidade para 71 mil espectadores. No entanto, apenas 22 mil pessoas compareceram, deixando quase 50 mil assentos vazios. O horário também não ajudou: o jogo foi disputado às 15h, em plena segunda-feira, o que pode ter contribuído para o baixo público.

Maresca espera clima diferente para Flamengo x Chelsea

Após o apito final, o italiano não escondeu a insatisfação com o clima do jogo. “O ambiente estava um pouco estranho. O estádio estava quase vazio, não estava cheio“, disse o treinador. Mesmo reconhecendo o profissionalismo de seus jogadores, que, segundo ele, se mantiveram focados na partida, o técnico destacou que a expectativa era de um público maior.

“Sabíamos que poderia não ter casa cheia, mas imaginávamos algo diferente. Claro que, no próximo jogo, contra o Flamengo, isso deve mudar. Conhecemos bem a torcida brasileira e sabemos que eles sempre comparecem em peso, independentemente do lugar”, completou Maresca.

Enzo Fernández comemorando gol do Chelsea no Mundial
Enzo Fernández comemorando gol do Chelsea no Mundial (Foto: Imago)

O duelo contra o Flamengo, que também venceu na estreia do Mundial, está marcado para sexta-feira (20), às 15h no horário de Brasília, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia.

O baixo público em Atlanta contrastou com as outras partidas do início da competição. Mais de 60 mil pessoas estiveram presentes no jogo de abertura entre Inter Miami, de Lionel Messi, e Al Ahly, no sábado. No domingo, o Rose Bowl, em Pasadena, recebeu impressionantes 80 mil torcedores para o confronto entre Paris Saint-Germain e Atlético de Madrid.

Outro destaque da segunda-feira foi a torcida do Boca Juniors, que criou uma atmosfera barulhenta no Hard Rock Stadium, em Miami, durante o empate contra o Benfica.

Já o técnico do Los Angeles FC, Steve Cherundolo, adotou um tom mais compreensivo ao falar sobre as arquibancadas vazias. Segundo ele, é cedo para avaliar o sucesso de público do novo formato do Mundial de Clubes com base em apenas uma partida.

“Sobre o público, acho que cada jogo tem suas próprias circunstâncias. Não dá para tirar conclusões a partir de um só jogo. Vamos esperar até o fim do torneio para fazer uma análise mais ampla”, ponderou Cherundolo.

Mundial de Clubes em novo formato ainda busca engajamento nos EUA

O torneio deste ano marca a estreia do novo formato do Mundial, com 32 times e um modelo que lembra a Copa do Mundo de seleções. A Fifa aposta no potencial de mercado dos Estados Unidos, mas os desafios são evidentes. Jogos em horários de expediente e pouca tradição local com o esporte ainda são fatores que impactam a presença de público.

O Atlanta United, por exemplo, costuma ter média superior a 45 mil torcedores em partidas da MLS, o que evidencia que existe público para futebol na cidade. No entanto, o interesse local por um torneio de clubes internacionais ainda parece limitado.

Foto de Guilherme Ramos

Guilherme RamosRedator

Jornalista pela UNESP. Escreveu um livro sobre tática no futebol e, na Trivela, escreve sobre futebol nacional, internacional e de seleções. Passagens por Total Football Analysis, Esporte News Mundo, Jumper Brasil e Premier League Brasil.
Botão Voltar ao topo