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O técnico perfeito para Crespo combina Ancelotti, Mourinho e Bielsa

Hernán Crespo não foi muito bem na sua primeira experiência como técnico principal, depois de trabalhar na base do Parma. Foi rebaixado com o Modena para a terceira divisão na temporada 2015/16 e ainda não assumiu um novo projeto para testar o que aprendeu com tantos grandes treinadores na sua longa carreira. Em entrevista ao Omnisport, contou quais deles o influenciaram mais e projetou o protótipo do técnico perfeito: a mistura entre Carlo Ancelotti, José Mourinho e Marcelo Bielsa.

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“Todos os treinadores ensinam alguma coisa, boa ou ruim, e você precisa filtrar o que gosta e o que não gosta para criar sua própria ideia de futebol”, disse. “O treinador em quem eu mais penso é Ancelotti, pelo relacionamento humano. Foi quebrado um mito quando joguei com ele porque provou que a ideia de que treinadores e jogadores não podem ter uma relação pessoal é falsa. Você pode e ainda ser bem sucedido”.

“Mourinho era o melhor em motivação, desafios e métodos de treinamento. Ele era fantástico. E também Bielsa, pela sua capacidade de melhorar individualmente os jogadores e tirar o melhor de cada um. Se você combinar o melhor de cada um desses treinadores, você alcançaria a perfeição”.

Ex-jogador de Internazionale e Milan, Crespo acredita que os nerazzurri são favoritos para o dérbi do próximo domingo. “Penso desde que o começo da temporada que a Inter tem um time melhor que o do Milan. Desde a chegada de Stefano Piole, você vê isso refletido em campo também. Tudo pode acontecer em 90 minutos, mas a Inter é um time melhor”, disse.

O atacante lembrou um pouco do clima do Derby della Madonnina, bem mais ameno do que outros que ele conhece. “Ao contrário de clássicos como Roma x Lazio, River x Boca, Argentina x Brasil, quando o placar final afeta sua vida privada, o resultado do dérbi de Milão não afeta a sua vida no dia seguinte”, explicou. “Você ainda consegue levar seus filhos para a escola, consegue ir ao supermercado, pode até ouvir algumas piadas dos torcedores, mas nunca cruzam a linha como em outras cidades. Milão permite que você aproveite o futebol e o dérbi é o máximo, mas, quando o jogo acaba, você pode ficar feliz que venceu ou triste que perdeu, mas acaba ali”.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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