Itália

Lukaku: “Antonio Conte me tornou melhor em todos os aspectos e darei tudo pela Internazionale”

A primeira temporada de Romelu Lukaku pela Internazionale deixou para trás todos os questionamentos da passagem pelo Manchester United. Foi mais uma vez um dos melhores atacantes do mundo. Fez 34 gols em seu ano de estreia e igualou o recorde de Ronaldo, seu grande ídolo. Em entrevista à Gazzeta dello Sport, o atacante belga creditou muito da sua melhora ao treinador Antonio Conte. Não exatamente muito: praticamente tudo.

Lukaku recebeu o prêmio Giacinto Fachetti no ‘Festival dello Sport’, evento organizado pelo jornal italiano, por ter “mostrado que é um verdadeiro atacante, marcando gol atrás de gol na Itália e na Europa, acrescentando generosidade e altruísmo ao seu pacote técnico completo”. E também por ser um verdadeiro líder.

“Conte me tornou melhor em todos os aspectos”, disse. “Se um jogador quer jogar com Antonio Conte, ele precisa entender que é tudo sobre sacrifício, físico e mental, mas você se sente mais forte em campo, o que não foi fácil para mim, porque eu vivo pelo futebol. Eu sempre tenho o objetivo de ser um bom jogador e vencer troféus, mas eu sabia que ele era o treinador certo e que eu poderia me desenvolver neste time. Desde que comecei, dei 100% todos os dias e agora estamos indo bem. No entanto, precisamos continuar melhorando. Essa é minha mentalidade e essa é a mentalidade do time”, disse.

Lukaku nunca escondeu que teve problemas no Manchester United e, no âmbito geral, com todo o ambiente do futebol inglês, o que sempre transparece quando ele repetidas vezes reafirma o quanto está feliz agora na Inter.

“Desde que cheguei à Inter, as pessoas sempre me trataram com tanto amor. Eu senti a paixão dos torcedores imediatamente. Eu recebi tantas mensagens legais pelo Instagram. Quando você está jogando bem, as pessoas lhe recompensam, que é por isso que eu darei tudo pela Internazionale, de uma maneira que todos os torcedores – mesmo dos outros times – possam me respeitar”, acrescentou.

A história de Lukaku, as dificuldades com a pobreza na infância e os preconceitos, foi muito bem relatada em um texto para o Player’s Tribune antes da Copa do Mundo de 2018. Nesta entrevista, ele sublinhou a importância da mãe Adolphine – personagem de suas comemorações – para a sua vida.

“Eu tinha seis anos quando meu pai se aposentou do futebol profissional e foi quando minha mãe recebeu o diagnóstico de diabetes. Passamos por anos difíceis. Sem ter muito dinheiro, minha mãe trabalhava em restaurantes e meu irmão e eu íamos com ela depois dos jogos. Meus pais não comiam à noite para que eu e meu irmão pudéssemos comer. Tudo isso ficou comigo, então eu sempre quero ajudar mina mãe porque ela fez tantos sacrifícios por nós. Toda vez que marco, eu faço o ‘A’, dedicado à minha mãe Adolphine porque, sem ele, eu não estaria aqui hoje em dia”, afirmou.

Essa consciência, que também aparece quando Lukaku fala sobre racismo, ficou clara na lista de personagens que Lukaku gostaria de ter conhecido: um líder na luta contra o apartheid na África do Sul, um dos mais importantes rappers de todos os tempos e um icônico jogador de basquete. “Meu sonho era conhecer Kobe Bryant, e depois diria Nelson Mandela e Tupac Shakur”, contou.

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Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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