Inglaterra

Sinal dos tempos: quem tossir deliberadamente em adversários e árbitros levará vermelho na Inglaterra

Tempos excepcionais exigem medidas excepcionais. Em meio à crise sanitária do Coronavírus, a Federação Inglesa (FA) determinou que jogadores que tossirem deliberadamente em direção a adversários e árbitros poderão ser expulsos, em partidas de todos os níveis da pirâmide inglesa.

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A determinação da FA diz que, se o incidente não for “severo o bastante” para render um cartão vermelho, um cartão amarelo ou uma advertência podem ser aplicados por “comportamento antidesportivo, mostrando falta de respeito pelo esporte”. A infração se encaixará na categoria de “uso de linguagem e/ou gestos ofensivos, insultantes e abusivos”.

Os árbitros estão instruídos a agir quando estiverem “certos” de que alguém tossiu no rosto de um oponente ou membro da arbitragem deliberadamente, o que dá margem para diferentes interpretações dos incidentes.

A novidade, segundo a Sky Sports, passa a valer imediatamente e deve ser aplicada em todas as competições da pirâmide do futebol inglês, passando pelas copas nacionais e pelas diversas divisões.

O documento traz ainda uma recomendação para que os árbitros lembrem os jogadores de evitar cuspir no gramado. Esta ação, no entanto, não é passível de ser considerada uma infração, o que faz sentido, já que é um gesto quase automático por parte dos atletas.

Outras discussões sobre regras do jogo incluem a utilização de cinco substituições por partida, liberada pela IFAB e usada pela Premier League na reta final da temporada 2019/20 (mas ainda não confirmada para a campanha seguinte).

Por fim, os clubes têm discutido com a liga, que por sua vez tratará com a Fifa, o modus operandi do VAR na Inglaterra. A insatisfação com o uso da tecnologia é generalizada no país, e a entidade máxima do futebol já indicou no passado seu descontentamento com o emprego distinto do recurso na Premier League, ensaiando até mesmo implementar uma padronização mundial.

Foto de Leo Escudeiro

Leo Escudeiro

Apaixonado pela estética em torno do futebol tanto quanto pelo esporte em si. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, com pós-graduação em futebol pela Universidade Trivela (alerta de piada, não temos curso). Respeita o passado do esporte, mas quer é saber do futuro (“interesse eterno pelo futebol moderno!”).
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