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West Ham joga um balde de água fria no Manchester United, que corre risco de ficar de fora da Champions

Derrota em Londres ajudou a dar moral aos Hammers na Conference e dificultou a tarefa dos Red Devils

Quem dissesse, semanas atrás, que o Liverpool arrancaria mais uma vez para a zona de classificação para a Liga dos Campeões, seria qualificado como maluco. Afinal, a grande distância para o G4 e o futebol medonho dos Reds não indicavam isso. No entanto, como o futebol é dinâmico e determinadas equipes podem muito bem sucumbir no fim da temporada, isso virou uma possibilidade real.

Neste domingo (7), o Manchester United precisava afastar a má fase e a impressão ruim que ficou no ar, sobretudo após a eliminação contra o Sevilla, na Liga Europa, além da derrota para o Brighton, na última quinta-feira. O complicado para Erik ten Hag é que isso precisava acontecer às custas de uma equipe que tem muito a perder: o West Ham. Ainda mais em um jogo no London Stadium. O placar foi de 1 a 0 para os Hammers.

Havia muito em disputa no gramado londrino, e venceu quem trabalhou melhor, de maneira mais agressiva para chegar ao objetivo. Os Hammers, que podem até ter um compromisso continental pela semifinal da Conference League, no meio da semana, não temeram o United. E jogaram melhor durante quase todo o confronto. Embora tivesse para si a posse da bola, a equipe de Ten Hag não soube o que fazer com ela.

Desesperado para se livrar de vez do fantasma do rebaixamento, o West Ham fez por onde. Procurou o gol, criou chances e desafiou a defesa dos Red Devils. A recompensa veio:

Em um chute relativamente fraco de Said Benrahma, a bola foi rente ao chão e David De Gea espalmou para dentro do gol. É mais uma falha clamorosa do espanhol, que conviveu com críticas durante toda a sua passagem pelo Manchester United. Ainda que ele tenha momentos brilhantes e defesas importantes, é notório o seu histórico em falhas que custam caro ao clube.

O gol saiu aos 27′, e até o fim da partida, não pareceu que o United pudesse vencer. O empate até esteve ao alcance, mas o West Ham foi melhor. A grande oportunidade de mudar o cenário veio dos pés de Marcus Rashford, mas o goleiro Lukasz Fabianski apareceu de maneira crucial para salvar, no alto da meta.

Fato é que ter perdido Lisandro Martínez por lesão dificultou demais a vida do United no seu trato defensivo. O argentino, tão importante para manter a solidez do setor, quebrou o pé no mês de abril em duelo com o Sevilla. Quem também seria titular e não está disponível, ainda que em recuperação, é Raphaël Varane, que deve voltar nas próximas semanas. Isso não é o todo, mas ajuda a explicar o declínio dos Red Devils nas últimas rodadas.

A vitória dos Hammers foi substancial para tirar o time de qualquer risco iminente de rebaixamento. Já são sete pontos a mais do que o Nottingham Forest, que encabeça o Z3. Por outro lado, o United precisa retomar o ritmo o quanto antes, por vários motivos: o mais urgente é garantir a vaga na próxima Liga dos Campeões.

Em paralelo a isso, no começo de junho, virá a final da FA Cup contra o Manchester City. A missão de Ten Hag é recuperar a moral para o que vem aí. Na Premier League, a equipe de Old Trafford terá Wolverhampton, Chelsea, Bournemouth e Fulham como adversários, e entra como ampla favorita em todos eles. Não há mais margem para erros ou atuações desinteressadas.

Foto de Felipe Portes

Felipe Portes

Felipe Portes é zagueiro ocasional, cruyffista irremediável e desenhista em Instagram.com/draw.portes
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