Premier League

West Ham frustra show de Kane e retorno de Bale e busca empate após conceder 3 a 0 ao Tottenham

Em um dos episódios de Tudo ou Nada: Tottenham Hotspur, os Spurs venciam por 2 a 0 o West Ham, e José Mourinho diz no intervalo que, na Premier League, uma vantagem de dois gols não é nada. Acontece que nem mesmo uma vantagem de três gols significa que o resultado é imutável. Neste domingo (18), o Tottenham parecia viver a jornada dos sonhos: dominante, vencia por 3 a 0 no primeiro tempo e via Gareth Bale reestrear pelo clube. O triunfo parecia encaminhado, até que o West Ham iniciou sua reação nos dez minutos finais, e o golaço de Manuel Lanzini no último minuto finalizou a história de superação: 3 a 3.

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O início de jogo já indicava em qual ritmo o Tottenham havia entrado para a partida. Aos 45 segundos, Son abriu o placar após ser lançado por Harry Kane do campo de defesa dos Spurs. O sul-coreano recebeu pela esquerda, trouxe para dentro e bateu cruzado, no canto esquerdo de Fabianski para fazer 1 a 0.

O West Ham tentou responder na bola parada, aos cinco minutos, e a cobrança de Cresswell até levou perigo, mas passou rente ao ângulo direito superior de Lloris, acertando a rede pelo lado de fora.

O Tottenham, por sua vez, seguia implacável. Aos oito minutos, Kane iniciou mais um ataque, abrindo com Bergwijn pela direita. O neerlandês tentou o cruzamento para Son, a bola foi afastada, mas os Spurs ficaram com a sobra e trocaram passes na entrada da área. Son, por fim, tocou para Kane, que aplicou uma caneta em Declan Rice mesmo com pouco espaço e chutou forte, de fora da área, para acertar o canto direito de Fabianski e ampliar.

Em mais uma jogada pelos lados, Son tocou para Reguilón, que mandou um cruzamento preciso pelo alto para Kane. O camisa 10 apareceu na segunda trave e cabeceou para o fundo das redes. Era o 3 a 0, com apenas 16 minutos de jogo disputados.

Os Spurs mantiveram o jogo sob controle e pareciam mais próximos do quarto gol do que os Hammers de diminuírem. Aos 27 do segundo tempo, Gareth Bale fez sua reestreia pelo Tottenham, entrando no lugar de Bergwijn. O clima era completamente favorável ao time da casa, e Kane esteve perto de completar seu hat-trick para coroar a grande atuação, acertando a trave aos 34 minutos da etapa final. A partir disso, o jogo viraria de cabeça pra baixo.

Após cobrança de falta levantada na área, Balbuena cabeceou e diminuiu para o West Ham aos 37 minutos. O tento deu confiança à equipe de David Moyes, que se lançou ao ataque. Aos 40 minutos, Coufal cruzou da direita, e Davinson Sánchez desviou contra a própria meta: 3 a 2.

A essa altura, a balança havia se invertido, o momento era do West Ham, e os jogadores do Tottenham pareciam mentalmente afetados. A estratégia do time da casa era se defender como possível e se lançar ao ataque em velocidade quando tivesse a bola. Aos 46 minutos, os Spurs ainda tiveram a chance de matar a partida. O contra-ataque foi puxado, Kane lançou Bale, e o galês deixou Ogbonna no chão e abriu espaço para a finalização. O gol parecia certo, mas a finalização saiu à direita do gol. A mira enferrujada de Bale custaria caro.

Aos 49 minutos do segundo tempo, Cresswell cobrou falta levantando a bola na área, Kane afastou de cabeça, e Harry Winks começou a puxar o contra-ataque. Seu toque longo na bola, no entanto, deixou ela ajeitada para Manuel Lanzini, que pegou de primeira e acertou o ângulo de Lloris, com um desvio no travessão que apenas tornou o gol mais especial. A explosão foi completa entre os jogadores do West Ham; David Moyes estava em êxtase, e Mourinho, é claro, perplexo.

Na análise fria, não se pode jogar fora o domínio do Tottenham e a qualidade das chances que o time criou. Soberano em quase todo o duelo, o time foi atingido em bolas paradas e no lance de infortúnio de Sánchez. A reação do West Ham foi, mais do que qualquer coisa, um triunfo da entrega e da crença, com uma pitada de sorte. De qualquer maneira, um excelente cartão de visitas da Premier League e seus jogos eletrizantes.

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Leo Escudeiro

Apaixonado pela estética em torno do futebol tanto quanto pelo esporte em si. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, com pós-graduação em futebol pela Universidade Trivela (alerta de piada, não temos curso). Respeita o passado do esporte, mas quer é saber do futuro (“interesse eterno pelo futebol moderno!”).
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