O Tottenham manteve o ritmo alto e prevaleceu no jogo eletrizante contra o United
A partida em Londres foi repleta de oportunidades para os dois times, mas o Tottenham conseguiu ser mais efetivo
O Tottenham Stadium recebeu um jogo importante neste início de Premier League. O duelo entre Tottenham e Manchester United serviria para atestar o nível de ambas as equipes dentro do campeonato. Diante das pretensões, a partida agradou. Foi um primeiro tempo excelente, cheio de oportunidades e bolas na trave. Contudo, se os Red Devils tiveram a superioridade nos 45 minutos iniciais, acabaram amassados pelos Spurs depois do intervalo. Num excelente segundo tempo, o Tottenham preservou o ritmo e garantiu a vitória por 2 a 0. Destaque ao garoto Pape Matar Sarr, fantástico por seu papel no meio-campo londrino.
O Tottenham tinha sua nova cara com o técnico Ange Postecoglu. Guglielmo Vicario, Micky van de Ven, Destiny Udogie e James Maddison eram os novatos escalados como titulares. No ataque, Dejan Kulusevski e Son Heung-min apoiavam Richarlison. Já o Manchester United contava com André Onana e Mason Mount no 11 inicial de Erik ten Hag. Casemiro fechava o meio. Mais à frente, um quarteto formado por Antony, Alejandro Garnacho, Bruno Fernandes e Marcus Rashford.
Primeiro tempo sem gols, mas com emoção
O Tottenham teve o primeiro lance de perigo da partida. Os minutos seguintes, porém, foram todos do Manchester United. Os Red Devils conseguiam trabalhar com velocidade no ataque e encontravam espaços sobretudo pelos lados. Antony teve uma batida por cima e logo o goleiro Vicario começou a trabalhar. O arqueiro fez uma defesaça aos 13 minutos, ao fechar o ângulo de Rashford quando o atacante entrava com liberdade na área. A insistência dos Red Devils era enorme, sem que os Spurs encaixassem os contragolpes.
Rashford voltou a assustar numa cabeçada por cima, livre na área, embora estivesse impedido. Onana só trabalhou aos 25, num tiro rasteiro de Dejan Kulusevski em boa trama em velocidade. Os Spurs melhoravam no duelo, mas não para romper a superioridade do Manchester United. Os Red Devils ficariam na bronca com a arbitragem, por uma bola na mão de Cristian Romero que não resultou em pênalti após revisão. Aos 30, Onana voltou a aparecer numa ótima defesa em chute de Pape Matar Sarr na infiltração.
A partida se tornava mais equilibrada na reta final da primeira etapa, e perigosa ao Manchester United. O time seguia sem aproveitar os espaços. Aos 36, Luke Shaw cruzou e Bruno Fernandes desperdiçou sozinho a cabeçada na área, mandando por cima do travessão. Quase custou caro na sequência, num lance em que os Red Devils deram sorte. Aos 40, Pedro Porro mandou uma paulada no travessão. A sobra ficou viva e Sarr chutou prensado, também na trave de Onana. Richarlison tentou aproveitar o rebote e furou a batida. O cenário era totalmente incerto rumo ao segundo tempo.
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Tottenham se impõe e vence
O Tottenham aproveitou o embalo e voltou melhor do intervalo. O gol não tardou, enfim. E Sarr merecia marcar, depois de protagonizar bons lances. Num ataque rápido pela direita, Kulusevski cruzou rasteiro e a bola desviou em Lisandro Martínez, ficando limpa para o meio-campista definir de primeira na pequena área. A partida se tornou frenética a partir de então. Na resposta do Manchester United, a trave também atrapalhou e barrou o chute cruzado de Antony. Do outro lado, Udogie se infiltrou e forçou uma boa defesa de Onana com a perna. Mal dava para piscar.
A vantagem do Tottenham também dependeu das defesas de Vicario. O goleiro realizou uma intervenção excepcional aos 11, numa cabeçada à queima-roupa de Casemiro. Também teve trabalho contra Bruno Fernandes num lance impedido. Os Spurs, contudo, eram superiores na segunda etapa e tinham mais consistência no ataque. Son tentou chamar a responsabilidade para ampliar e parou num bloqueio fundamental de Shaw. Yves Bissouma também buscou o seu, ao deixar Casemiro falando sozinho, num chute que passou perto da trave. O United fez três mudanças aos 21, com as entradas de Jadon Sancho, Christian Eriksen e Diogo Dalot. Nas primeiras trocas de Postecoglu, Ben Davies e Ivan Perisic entraram, com o apagado Richarlison sacado.
As substituições impactaram na partida e atrapalharam o ritmo. Melhor para o Tottenham, que mantinha a situação sob controle e afastava os riscos. O Manchester United não conseguia ser efetivo, sentindo o desgaste físico, e acabava limitado na criação. Aos 31, Sarr saiu muito aplaudido do lado londrino para dar lugar a Pierre-Emile Hojbjerg. Neste momento, os Spurs pareciam até mais propensos a aproveitar os espaços, mais vivos nos contra-ataques. Foi o que fez a diferença para que a vitória se confirmasse aos 38. Perisic recebeu na esquerda e fez o cruzamento rasteiro. Ben Davies furou e Lisandro Martínez mandou contra as próprias redes. num gol contra. A reta final se tornou protocolar, com o United insosso. Nem os nove minutos de acréscimos ajudaram.
O Tottenham soma a primeira vitória na Premier League, com quatro pontos. O Manchester United estaciona com três pontos. Na próxima rodada, os Spurs visitam o Bournemouth. Já os Red Devils receberão o Nottingham Forest, em busca da recuperação.
