Premier League

Premier League admite erro do VAR em três partidas da última rodada

Os jogos de quinta-feira (9) da VAR. Todos os incidentes tiveram relação com lances de pênalti, e, nesta sexta-feira (10), a liga reconheceu à BBC que houve erro nas três situações, todas elas bastante debatidas nos programas de TV de pós-jogo na Inglaterra.

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Começando por um pênalti não assinalado e que deveria ser marcado, Harry Kane foi empurrado dentro da área do Bournemouth por Joshua King. Após o jogo, José Mourinho fez duras críticas à arbitragem, afirmando que, “no mundo, todos sabem que isso é um pênalti, e quando eu digo todo mundo, quero dizer todo mundo”. “Pessoas poderosas não gostam de ser criticadas”, completou o português.

O segundo incidente aconteceu na partida entre Everton e Southampton. Quando o jogo ainda estava em 0 a 0, o árbitro Lee Mason marcou um pênalti de André Gomes em James Ward-Prowse. No lance, o jogador dos Saints parece se atirar em direção ao português, que sequer se move para o choque com o adversário. Mesmo com a revisão, o lance foi validado, mas Ward-Prowse desperdiçou a cobrança, acertando o travessão. A partida terminou em 1 a 1.

Por fim, no jogo que encerrou a rodada, o Manchester United empatava em 0 a 0 com o Aston Villa, que era ligeiramente melhor na partida, quando Bruno Fernandes girou com a bola para cima de Ezri Konsa e, com o choque, caiu dentro da área. Jonathan Moss, sem hesitar, marcou o pênalti, e a revisão do VAR ratificou a decisão. Na cobrança, o português converteu e ajudou a mudar a partida, que terminaria em vitória por 3 a 0 dos Red Devils.

Por mais inocente que Konsa tenha sido no lance e por mais compreensível que seja Moss ter visto pênalti, a revisão no VAR deveria ter chegado à conclusão de que a falta não aconteceu. Isso foi reconhecido pela Premier League à BBC no rescaldo da rodada, assim como os erros nas duas outras partidas.

Nos estúdios da emissora britânica, Tim Cahill, atuando como comentarista, defendeu que a sala do VAR tenha a presença de um ex-jogador para dar a perspectiva dos atletas nos lances. “Acho que isso os ajudaria muito, ajudaria a entender os movimentos. Quando um jogador cai para cavar um pênalti, dá para sentir. É preciso haver um jogador lá para dar conselhos sobre o que o jogador está fazendo”, argumentou o australiano.

Em sua primeira temporada de utilização, o VAR tem sido alvo de inúmeras críticas na Premier League, sobretudo pela relutância dos árbitros em rever os lances por conta própria na tela posicionada à beira do campo. Continuamente, a liga tem trabalhado em soluções para aumentar a transparência das decisões e o seu nível de acerto, mas informações recentes dão conta de que a Fifa deseja padronizar a utilização do assistente de vídeo em todo o mundo.

“Como imaginar competições internacionais disputadas por equipes acostumadas com diferentes interpretações das regras nos torneios domésticos? É claro que pode haver algumas pequenas diferenças, mas a implementação geral deve ser a mesma”, disse Pierluigi Collina, presidente da Comissão de Arbitragem da Fifa, em entrevista à agência de notícias Reuters.

Foto de Leo Escudeiro

Leo Escudeiro

Apaixonado pela estética em torno do futebol tanto quanto pelo esporte em si. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, com pós-graduação em futebol pela Universidade Trivela (alerta de piada, não temos curso). Respeita o passado do esporte, mas quer é saber do futuro (“interesse eterno pelo futebol moderno!”).
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