Polícia pede que os torcedores do West Ham parem de ligar para o número de emergência

É normal que o torcedor fique desesperado quando seu time está em má fase. Um sentimento ruim de impotência. O máximo que ele pode fazer é pagar ingresso, ir para a arquibancada e apoiar ou xingar bastante – aqui no Brasil, existem também os protestos pacíficos ou não tão pacíficos assim e as reuniões com o elenco promovidas por dirigentes que não querem se complicar. O que o torcedor não pode fazer é encher o número de emergência da polícia com ligações sobre a inépcia do seu ataque ou a desorganização da sua defesa.
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O West Ham estreou sob o comando de David Moyes, no último domingo, sendo derrotado por 2 a 0 pelo Watford, o que significa que o clube que há duas temporadas brigou por vaga na Champions League segue na zona de rebaixamento, com apenas nove pontos em 12 partidas. É uma emergência, claro, mas não o tipo de emergência que justifica uma ligação para a polícia.
E parece que muitos torcedores do West Ham têm ligado para o número de emergência – o 999 na Inglaterra – reclamando da equipe e buscando sugestões sobre o que fazer nessa situação, como se a polícia fosse uma espécie de plantão de terapia. “Ligar para o 999 porque o West Ham perdeu de novo e você não sabe o que fazer não é aceitável! É um completo desperdício do nosso tempo. #999apenasparaemergências”, escreveu a Sala de Controle da Polícia de Essex, condado ao nordeste de Londres.
Ringing 999 because @WestHamUtd have lost again and you aren't sure what to do is not acceptable! It is a complete waste of our time. #999foremergenciesonly
— Force Control Room (@EPControlRoom) November 19, 2017
Em ações mais condizentes com o jogo de futebol do que ligar para a polícia reclamando, parte da torcida do West Ham clamou pela saída da diretoria durante a derrota para o Watford e também vaiou bastante Andy Carroll. Moyes, recém-chegado, pediu união aos torcedores. “Precisamos deles agora. Eu sei que é difícil quando você tem queixas, mas eu disse aos jogadores que é difícil jogar quando o público está assim. As pequenas coisas podem fazer muita diferença, mas eu consigo entender a frustração porque não jogamos bem o bastante. Precisamos dar um jeito de unir o clube”, afirmou.
